Brasil prepara acordo nuclear com o Irã / coluna

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O Palácio do Planalto já faz consultas a órgãos técnicos para a elaboração de um acordo nuclear com o Irã, que seria assinado em maio, durante visita de Lula àquele país, informa MERVAL PEREIRA.

Acordo Brasil-Irã

O Gabinete de Segurança Institucional, subordinado diretamente à Presidência da República, começou uma série de consultas a órgãos ligados ao programa nuclear brasileiro para receber informações sobre que pontos poderiam servir de base para um eventual acordo com o Irã, a ser assinado na próxima visita do presidente Lula àquele país, em maio.Se confirmado, esse acordo será mais um passo do governo brasileiro no sentido de blindar o governo iraniano, que vem sendo pressionado para submeter seu programa nuclear, que alegadamente existe para fins pacífico mas tem partes clandestinas, à supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica.
O anúncio de que o país já estaria enriquecendo urânio a 20%, o que o torna potencialmente capaz de atingir os níveis necessários para a fabricação da bomba atômica, não foi suficiente para que o governo brasileiro participasse da pressão internacional, insistindo em que está conversando com o Irã para tentar uma saída negociada.

Mas o apoio ao governo de Ahmadinejad retira o Irã do isolamento internacional.

A aceitação de um fato consumado como o enriquecimento de urânio a 20% é explicado nos bastidores pelas autoridades brasileiras como sendo uma posição de autodefesa.

O Brasil já tem permissão de enriquecer urânio a até 20%. Aparentemente, o governo brasileiro não dá relevância ao fato de que o país tem autorização negociada com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para esse nível de enriquecimento, enquanto o Irã está fazendo de maneira clandestina.

Nas instalações de Aramar, em São Paulo, se utiliza uma centrífuga especial para enriquecimento de urânio, que o governo brasileiro protege por ser uma técnica pioneira.

Desenvolvida pela Marinha, é chamada de “levitação magnética”, realizada em uma centrífuga fabricada com tecnologia nacional, que tem velocidade e produtividade maiores.

A inspeção internacional é feita através de amostragem, sem que os inspetores possam ver a centrífuga. É lá em São Paulo que será construído um reator de propulsão naval para o submarino nuclear, mas dificilmente o enriquecimento chegará ao limite de 20%.

Deverá ficar entre 7% e 10%, sendo que os estudos ainda estão em processo.

Em Resende, uma fábrica semi-industrial que deve produzir o urânio necessário para o funcionamento das três usinas nucleares de Angra, o nível de enriquecimento pode chegar a 5%, mas o prazo de licenciamento está chegando ao fim e terá que ser renegociado com a AIEA nos próximos meses.

Também em maio há a reunião internacional para a revisão do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), e a posição brasileira é de não assinar o protocolo adicional que está proposto.

Ele prevê inspeção sobre toda a área, e não apenas pontual, o que vai além das salvaguardas atuais, que são meramente contábeis: um inspetor da AIEA, em visitas sem aviso prévio, conta o urânio que entrou, e depois o que foi enriquecido, e sabe exatamente qual foi o grau de enriquecimento que houve.

O argumento brasileiro é que as salvaguardas existentes hoje são suficientes para estabelecer se o urânio está ou não sendo usado para fins pacíficos. Além do mais, temos dois regimes de salvaguardas, um com a Argentina e outro com a AIEA.

Há também uma proposta de um banco internacional de urânio enriquecido que seria usado por países com questões tão distintas quanto Brasil e Irã, o que não é aceito pelo governo brasileiro.

O fato é que o Brasil, além de ter assinado o TNP, incluiu na Constituição de 1988 a proibição de fabricação e uso de armas nucleares, e o governo, com toda razão, considera que essas evidências, e mais as inspeções contábeis, são suficientes para garantir que o programa brasileiro tem fins exclusivamente pacíficos.

Poucos países dominam a técnica de enriquecer urânio — EUA, Rússia, China, França, Alemanha, Holanda e Inglaterra —, e o Brasil está entre eles. Além do mais, temos hoje a sexta reserva de urânio do mundo com apenas 30% do solo brasileiro pesquisado. A potencialidade é de termos a segundo maior reser va de urânio em poucos anos, só atrás da Austrália.

O problema é que, depois da descoberta do programa nuclear secreto do Irã, a AIEA passou a ser mais rigorosa, exigindo que os países abram cada vez mais seus programas nucleares, especialmente instalações de enriquecimento nuclear com potencial de produzir material utilizável em artefatos nucleares.

Recentemente, já no governo Lula, houve um desentendimento sério entre as autoridades brasileiras e as da AIEA em relação à inspeção de Resende, na tentativa dos inspetores de ver as centrífugas, o que acabou sendo contornado sem que o Brasil precisasse se expor a uma espionagem industrial.

Houve também um quase incidente diplomático por causa de uma tese de doutorado de um aluno do Instituto Militar de Engenharia do Exército (IME), o físico Dalton Ellery Girão Barroso, que destrinchou com cálculos e equações informações consideradas sigilosas sobre uma ogiva nuclear americana.

A agência internacional sugeriu que esse estudo indicava que o país estaria fazendo pesquisas que levariam à bomba atômica, além de revelar segredos que poderiam ser usados por terroristas. O Ministério da Defesa teve que entrar no circuito diplomático para impedir que o livro fosse censurado, como queria a AIEA.

Todo esse cenário indica que uma aproximação cada vez maior do Brasil com o Irã pode trazer problemas para nossas pesquisas no campo nuclear, sem nenhuma vantagem em troca, a não ser uma discutível afirmação política internacional.

Sugestão: Gérsio Mutti

Fonte: O Globo via MRE


25 Comentários

  1. O Irã é um dos maiores mercados para as exportações agrícolas brasileiras e, em breve, poderá voltar a ser o principal destino das exportações brasileiras no Oriente Médio, em 2007, alcançou quase US$ 2 bilhões.

  2. Acordo?

    Eu já cantei essa pedra aqui.
    O Brasil tem centrifuga que ninguém tem.
    O Irã tem foguete e satélite com programa espacial quase completo.
    Tem tecnologias que o Brasil vem perseguindo a anos.
    E como diz o presidente , o interesse é só comercial.

  3. Esse Merval é do mal (rs)

    Na verdade, gosto do estilo dele, mesmo que o sujeito teime em usar mais adjetivos e tirar mais conclusões que o cabível no tipo de análise que ele faz.

    O adjetivo “clandestino” é meio pejorativo e não se aplica ao caso: essas atividades podem estar fora dos protocolos da AIEA e das resoluções da ONU, mas vem sendo acompanhados há tempos. Merval não é diplomata, mas é em cima dessa disciplina (e seus termos) que a discussão deve ser levada.

    E a conclusão pode trazer problemas para nossas pesquisas no campo nuclear, sem nenhuma vantagem em troca é de um simplismo venal, Merval (+rs) Além de estreitar os laços com o Irã (dinheiro é dinheiro), se os persas assinarem um acordo que tenha regras e procedimentos aceitos pela maioria da comunidade internacional, o Brasil ficará por cima da carne seca.

  4. Também discordo que um acordo com o Irã na área nuclear seja ‘sem nada em troca’.
    O Irã é ‘cliente’ de produtos brasileiros, o que já é um grande motivo para tratarmos essa nação com o devido cuidado e respeito.
    Temos interesse também em tecnologias que o Irã tem, como os foguetes e mísseis. Ainda que essa tecnologia não seja a ‘top’ no mundo, é uma forma de aprofundarmos nosso conhecimento nesse assunto. Afinal talvez em breve tenhamos um direcionamento firme na questão de nossos lançadores e satélites.
    E também não podemos assistir passivamente o ‘massacre’ sobre uma nação, que também quer ser independente e soberana. Tem de haver cuidado, pois a região é delicada e o assunto mais ainda, mas um ‘alinhamento automático’ com o ‘norte hegemonista’, futuramente pode fazer de nós a ‘bola da vez’.
    A questão é marcar desde já uma posição favorável ao direito de toda nação em desenvolver tecnologia nuclear sem a ‘marcação cerrada’ da AIEA, instituição que apenas representa os interesses das nações ‘legalmente nucleares’ em manter a situação atual de constrangimento e ameaça implícita para com as demais nações.
    Penso que a diplomacia brasileira está certíssima e deve firmar essa postura atual. Estamos apenas nos defendendo contra quaisquer eventuais ações contra nossos interesses nucleares no futuro.

  5. Senhores,

    oque sucede é simples(Para um observador atento), o Brasil esta fazendo uso daquilo que todas as grandes potencias fazem, “JOGO GEOPOLITICO´´. A posição declarada do Brasil sobre o Irã faz parte de esforços mais amplos para garantir um maior peso para o país nas instituições globais, isso é fato…

    Não se trata de trocar estilingue por uma espingarda de chumbinho(Com o Iran), “a coisa é muito maior´´. Como bem disse João Paulo Veiga, do Instituto para Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, “O Brasil está dizendo que somos um grande país, podemos falar com quem quisermos e não precisamos da intermediação ou aprovação dos EUA ou da ONU para estabelecer as relações que quisermos e seguir nossa própria agenda”, ele disse.

    E entenda-se por “agenda propria´´, a conquista de: NOVOS MERCADOS PARA NOSSAS INDUSTRIAS, VAGA PERMANENTE NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU, ACESSO A TECNOLOGIAS(Em parcerias com quem nos interessar) NAS ÁREAS AERO-ESPACIAL, BELICA, QUIMICA, NUCLEAR E ETC E ETC…

    É assim que as coisas funcionam meus caros, é assim…

    Saudação a todos.

    • Cmdt Melk, acho também que é por ai, a própria UNASUL é resultdado disso, esta nova comunidade caribe-A.Sul também, em todas as iniciativas o Brasil está indo a frente, foi assim no G 20 foi assim em Copenhagen, e no G8…Ao contrário do que podem pensar isto não está preso a governos, são projetos de estado e tendem a ser continuados no futuro.
      O Itamaraty não está dormindo assim como pensam alguns, nem tão pouco agindo por influências de ideologias, é o futuro do Brasil no Mundo que está sendo jogado.
      Cumprimentos
      E.M.Pinto

  6. Ai ai,

    PERGUNTO: Afinal, de que lado está a AIEA???

    Quem poderia responder?? Respondo: Kim Jong-il

    Nicholas, tu és do CS, e pau-mandado da ONU Ianque do fantoche sul-coreano… E a conta dos argelinos?? Poxa, você só lembrou de Ruanda, ali é moleza!!

    Lady Clintom, Obama-Boy, manda ao menos um postal para Hiroshima!!

    …Mas, à parte dessa e de outras ações lesivas contra o Estado brasileiro, perpetradas pelo atual governo, nenhuma delas causou mais danos à soberania brasileira do que a assinatura por FHC, do Tratado de Não Proliferação Nuclear de Tlatelolco (TNP), em 1998.

    Equivaleu ao Brasil a abrir mão de seu maior trunfo, o de dizer ao mundo, que, caso ameacem nosso território e povo, podemos sim desenvolver armas nucleares que inibam a ação de nossos inimigos. Durante décadas, os EUA nos pressionaram de todas as formas para a adesão pelo Brasil a esse tratado. Que equivale a uma rendição total contra quem possui armas atômicas, ou a uma declaração de que não nos defenderemos nunca à altura, para preservar nossa Nação.

    Algo inconcebível e covarde, e que Fernando Henrique Cardoso ratificou, sendo ele visto, após essa capitulação de nosso País, a desfilar com Bill Clinton à tiracolo, pelos principais foruns políticos e econômicos da Europa e EUA. E sabe-se lá que outras benesses FHC teria recebido em troca de nossa soberania real. Caso nunca tivessemos assinado o TNP, jamais veriamos crescer as petulantes declarações e a ingerência internacional sobre nossa Amazônia, cuja mensagem por trás é a seguinte: “Vocês não merecem essa riqueza toda que invejamos, e se quisermos vamos tomá-la. Vocês não têm mais como impedir!”.

    Também fomos prejudicados nas mesas de negociações, pois, ao abrirmos mão de tamanho poder dissuasório e de barganha, nos colocamos ao nível do Chile, Argentina e de outros países menos poderosos. O gigante foi encolhido, e a traição não parou por aí. FHC também assinou o tratado que impede ao Brasil o desenvolvimento de mísseis de médio e longo alcances, os vetores principais para ogivas nucleares. Com FHC os EUA conseguiram tudo o que queriam, desarmar nosso País, que possui riquezas que lhes interessam e de que dependerão.

    Para reverter essa traição, devemos à curto prazo e em etapas:

    – Denunciar a inutilidade do TNP, que inicialmente visava o desarme nuclear total dos países, e que não surtiu efeito algum; retirando-se assim o Brasil desse tratado, que só interessa às potências nucleares que não se desarmam.

    – Retirar de nossa Constituição, o artigo que impede ao Brasil o desenvolvimento de armas nucleares para a sua defesa. Um ardil nela plantado.

    – Efetuar testes subterrâneos que alertem à comunidade internacional de nosso poderio e vontade inabalável quanto à defesa de nossa soberania. Seguida de declaração oficial por nosso Chefe de Estado. E após a produção de algumas ogivas, aderir novamente ao TNP, se ele ainda existir após isso.

    Não devemos temer que a Argentina ou o Chile também desenvolvam seus arsenais nucleares, afinal,
    a destruição mútua sendo garantida, inibirá qualquer ataque contra nós por nossos vizinhos, e entre eles.

    Já uma guerra convencional é muito mais perigosa, pois nela existe a possibilidade de vitória de um dos lados, sendo portanto, sempre uma saida tentadora. Brasil, Argentina e Chile, se não se deixarem prejudicar por ideologias ditatoriais como o socialismo, poderão ainda formar uma aliança para a defesa da América do Sul, garantindo nossas riquezas para o futuro de nosso povos. E isso certamente alijaria os EUA e aliados de seu poder hegemônico sobre a região. O Brasil é o carro chefe dessa “libertação” do nosso sub-continente, e se ele tomar o caminho pelas armas nucleares, será certamente seguido.

    Por isso, os EUA vigiam tanto essa possibilidade que cresce ano a ano, e que com o tempo será inevitável. A ativação da IV frota da marinha americana para nossa região, e as novas bases na Colômbia não virão à toa.

    Mas, basta termos o homem certo no poder, e o devido esclarecimento ao público, que em sua imensa maioria é patriota autêntico, que reverteremos totalmente os danos causados pelo grande êrro de FHC.

    Por Marcos Massarioli ao CMI BRASIL

  7. Eduardo Carvalho :
    Também discordo que um acordo com o Irã na área nuclear seja ’sem nada em troca’.
    O Irã é ‘cliente’ de produtos brasileiros, o que já é um grande motivo para tratarmos essa nação com o devido cuidado e respeito.
    Temos interesse também em tecnologias que o Irã tem, como os foguetes e mísseis. Ainda que essa tecnologia não seja a ‘top’ no mundo, é uma forma de aprofundarmos nosso conhecimento nesse assunto. Afinal talvez em breve tenhamos um direcionamento firme na questão de nossos lançadores e satélites.
    E também não podemos assistir passivamente o ‘massacre’ sobre uma nação, que também quer ser independente e soberana. Tem de haver cuidado, pois a região é delicada e o assunto mais ainda, mas um ‘alinhamento automático’ com o ‘norte hegemonista’, futuramente pode fazer de nós a ‘bola da vez’.
    A questão é marcar desde já uma posição favorável ao direito de toda nação em desenvolver tecnologia nuclear sem a ‘marcação cerrada’ da AIEA, instituição que apenas representa os interesses das nações ‘legalmente nucleares’ em manter a situação atual de constrangimento e ameaça implícita para com as demais nações.
    Penso que a diplomacia brasileira está certíssima e deve firmar essa postura atual. Estamos apenas nos defendendo contra quaisquer eventuais ações contra nossos interesses nucleares no futuro.

  8. A pressão dos EUA fizeram com que o governo iraniano buscasse terreno na região que supostamente era de influência americana e o Brasil oferece ao Irã um peso considerável, dada a importância do país no cenário internacional.

    O Brasil quer uma maior participação na mediação de assuntos internacionais, principalmente no Oriente Médio. E o Irã quer ter um interlocutor importantes a seu favo.

    O esforço do Irã de expandir a relação estratégica com o Brasil é um meio de o Irã atingir os Estados Unidos de forma mais expressiva, agora cabe ao Brasil, saber tira vantagem desta janela que se abre, isto segundo os seus interesses politicos internacionais e comerciais (isto inclui tecnologias sensíveis).

    “… é o futuro do Brasil no Mundo que está sendo jogado.”

    Assino em baixo amigo E.M.Pinto.

  9. COMANDANTE MELK :
    Senhores,
    oque sucede é simples(Para um observador atento), o Brasil esta fazendo uso daquilo que todas as grandes potencias fazem, “JOGO GEOPOLITICO´´. A posição declarada do Brasil sobre o Irã faz parte de esforços mais amplos para garantir um maior peso para o país nas instituições globais, isso é fato…
    Não se trata de trocar estilingue por uma espingarda de chumbinho(Com o Iran), “a coisa é muito maior´´. Como bem disse João Paulo Veiga, do Instituto para Relações Internacionais da Universidade de São Paulo, “O Brasil está dizendo que somos um grande país, podemos falar com quem quisermos e não precisamos da intermediação ou aprovação dos EUA ou da ONU para estabelecer as relações que quisermos e seguir nossa própria agenda”, ele disse.
    E entenda-se por “agenda propria´´, a conquista de: NOVOS MERCADOS PARA NOSSAS INDUSTRIAS, VAGA PERMANENTE NO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU, ACESSO A TECNOLOGIAS(Em parcerias com quem nos interessar) NAS ÁREAS AERO-ESPACIAL, BELICA, QUIMICA, NUCLEAR E ETC E ETC…
    É assim que as coisas funcionam meus caros, é assim…
    Saudação a todos.

  10. DO MEU PRÓPRIO COMENTÁRIO

    “O problema de o Brasil se tornar “madrinha” do Irã é que, se eles pisarem na bola com o mundo, o mundo vai achar que a culpa também é do Brasil, por ajudar o Irã.
    Então nós ficaríamos como “responsáveis” pelas ações do Irã.
    Vejam uma coisa. Agora com o “sinal verde” do Brasil em favor do enriquecimento do Irã, els ja pensam, “o Brasil está do nosso lado, não precisamos da ONU e nem dos EUA”.
    Agora, qualquer erro deles, nós seremos responsabilizados pelo mundo.
    Ou seja, dependendo do real motivo do Irã, ou ganhamos prestígio, ou ficamos queimados por décadas, e ninguém irá chamar o Brasil para liderar movimento nenhum.
    “Imaginem só, deixar um “país” (Brasil) liderar um movimento, sendo que ele foi conivente com os “planos nefastos” de um país terrorista (Irã)”.
    Sou a favor do Irã desenvolver tecnologia para fins pacíficos. Mas não concordo com o Brasil ser “responsável” pela conversa com o mundo ocidental, sendo intermediário desse país. Se ele errar, nós também pagaremos.
    Pensem bem meus amigos.
    Podemos nos tornar celebridades na mesma proporção que poderemos ser “em parte” culpado por “dar corda” ao Irã.”

    OBS: O problema, caso desse errado a negociata com o Irã, é ter o nosso programa nuclear abalado por “supostas provas” de que o Brasil estaria negociando tecnologia nuclear com o Irã.

    Brasil, todo cuidado é pouco.

  11. O Brasil vai rapidamente construindo sua posição de apoio ao Eixo anti-ocidental, Venezuela – Coreia do Norte – Irã. Podemos dar adeus a cadeira no CS. Quero ver como vai ficar esta ‘parceria estratégica’ com a França que da total apoio ao EUA na questão nuclear dos iranianos. Não nos enganemos, estamos em rota de colisão com EUA e toda a UE. Vamos perder mais do que ganhar com isto.

  12. O Iran só quer usar o Brasil pelo projeçao que obteve, nada mais para sair de seu isolamento. Se nos metermos com essa gente daqui a pouco teremos homens bombas por ai…

  13. O fato é o seguinte, o Brasil está sendo bem transparente com o Irã e o mundo.
    Enriquecer urânio para fins pacíficos pode (20%), passou disso é ir contra as resoluções firmadas TNP.
    Fora disso é falacia e política das grandes potencias (diga-se EUA).

    Se o país , mais uma vez seguir o canto da sereia Americana, no final só vai levar prejuízo. No Iraque foi assim, tínhamos grandes contratos de infra-estrutura e vendas de armas,hoje os Americanos e seus “aliado$” estão lá nadando de braçadas, no petróleo e na reconstrução do pais.
    Ah sim, o Brasil dançou, ficou no prejuízo, empresa fornecedoras faliram (ENGESAMENDES JUNIOR).
    E o pior de tudo, foi quando anos depois se confirmou que os motivos, para invasão do Iraque, foram forjados pela administração Bush.

    Os Russos estão nesse momento, batendo de um lado, junto com os americanos e cia e do outro vendendo equipamentos de defesa aérea (S-300) para os Iranianos.

  14. Na minha opinião o Brasil quer que o Irã detone o TNP, se ele obtiver sucesso na empreitada o Brasil esta livre para fazer oque quiser,é por isso que nao assinou o aditivo do tratado, mesmo que nossa constituição proiba, que nossos governantes (GF e as FAAB) neguem, o sonho de toda nação que quer ser grande é ter alguns artefato nucleares no paiol de munição.

  15. Itamar, concordo contigo só com a ressalva de que a Mendes Júnior não faliu não e inclusive ela tava lá pagando dinheiro para a amante do Renan Calheiros, lembra?

    Sobre o jogo da Geopolítica eu acho que o “buraco é mais embaixo”, estamos falando de um programa nuclear que pode ter desdobramentos que vão além do ruim, e além disso criaram um desequilíbrio cruel no poder daquela região, os países árabes vizinhos seriam reféns da situação.

    O TNP sem dúvida não cumpriu com todas as funções com as quais deveria cumprir mas então que o mundo trabalhe em torno de fazer isso valer e não fazer “birra” isolada para ter acesso a tecnologia, ao invés de ficar nessa batalha infrutífera com grandes chances de “acabar mal” o mundo deveria se sentar para ver a renovação do acordo sobre o arsenal americano e russo e cobrar que eles reduzam suas armas.

    O mundo não precisa de armas nucleares, precisa que elas deixem de existir.
    O que é colocado dentro de uma ogiva pode ser milhares de vezes mais útil gerando energia para milhares e milhares de pessoas, evitando que elas congelem no inverno ou refrigerando lares no deserto.

    Esse é um caminho que seguimos, dentro das regras e fazendo o bom uso do negócio, seja como for, optamos por não termos esse tipo de armamento, que concordo ser um grande poder de barganha, mas realmente não quero ter nas mãos o peso da morte de milhões como os EUA e Rússia tem nas mãos.

    Quero que meus descendentes cresçam em um mundo melhor, onde os riscos de você queimar em um cogumelo nuclear não sejam uma constante em seus pensamentos.

  16. Luiz, concordo que errei feio sobre a Mendes Junior pois ela esta mais ativa que nunca.
    “A Mendes Júnior saiu do Iraque em 1991, porque o Brasil acatou uma determinação das Nações Unidas, obrigando que todos os seus cidadãos e empresas deixassem o país de Saddam. Foi naquele ano que se encerrou a parceria estratégica entre Brasil e Iraque, porque nós, como praticamente toda a comunidade internacional, aderimos ao embargo”.
    Reportagem jornal opção:
    http://www.jornalopcao.com.br/index.asp?secao=Destaques1&idjornal=24

    Sobre a energia nuclear, defendo o uso pacífico e a bomba como poder de dissuasão, não indiscriminadamente como fizeram os EUA no Japão.
    Olha o que a Inglaterra esta fazendo nesse momento, na cozinha da Argentina.
    Amanhã poderá ser com o ” meninão grande e desarmado” chamado Brasil.
    Sempre foi e sempre será assim, os poderosos usam o poderio bélico a favor de suas economias.
    Veja no link baixo o que os Russos estão fazendo nesse momento em relação ao Irã:
    http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/herald/2010/02/16/russia-pretende-receber-compensacoes-para-apoiar-eua-nas-sancoes-contra-o-ira.jhtm

    Um abraço

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