Pedido de Khadafi de jihad contra Suíça é inadmissível, diz ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) criticou nesta sexta-feira o líder líbio, Muamar Khadafi, por ter convocado uma “Guerra Santa”, ou jihad, contra a Suíça.

O chefe da ONU em Genebra, Sergei Ordzhonikidze, afirmou que declarações deste tipo feitas por um chefe de Estado “são inadmissíveis nas relações internacionais”.

Ordzhonikidze disse que as Nações Unidas têm o poder, o conhecimento e o treinamento necessários para evitar qualquer tentativa de violação das instalações da ONU em Genebra.

A convocação de Khadafi, na quinta-feira, foi uma reação à recente proibição da construção de minaretes na Suíça.

Khadafi justificou a iniciativa afirmando que o país é “infiel” e está “destruindo mesquitas”.

“Qualquer muçulmano em qualquer parte do mundo que trabalhe com a Suíça é um apóstata (pessoa que abandonou a fé em uma religião), é contra o profeta Maomé, Deus e o Corão”, disse, na quinta-feira.

“As massas de muçulmanos devem ir a aeroportos do mundo islâmico e impedir a aterrissagem de aviões suíços, aos portos e impedir a chegada de navio suíços e inspecionar lojas e mercados para impedir que produtos suíços sejam vendidos.”

“Vamos combater a Suíça, o sionismo e a agressão estrangeira”, completou.

O líder líbio ressaltou que “existe uma grande diferença entre terrorismo e o direito à jihad, ou resistência armada”.

Referendo

No referendo de 29 de novembro, a maioria dos suíços votou a favor de uma lei que proíbe a construção de minaretes.

O governo suíço havia aconselhado a população a votar contra a proposta, argumentando que ela violaria a liberdade religiosa.

O Ministério das Relações Exteriores suíço disse que não comentaria as declarações de Khadafi.

A Líbia rompeu relações com a Suíça em 2008 após a prisão de um filho de Khadafi em um hotel suíço, acusado de maltratar empregados.

Ele foi libertado pouco depois da detenção, e as acusações foram retiradas, mas a Líbia cortou a venda de petróleo para a Suíça, retirou bilhões de dólares depositados em bancos suíços e prendeu dois empresários suíços que trabalhavam em território líbio.

A Líbia afirma que as prisões dos empresários e a do filho de Khadafi não têm ligação.

Fonte:BBC Brasil

10 Comentários

  1. “Vamos combater a Suíça, o sionismo e a agressão estrangeira”, Muamar Kadafi

    Só um líder é capaz de falar verdades. Salve comandante, salve!!

    INDICO: Líbia compra USD 2 biliões de armamento russo

    “A afirmação foi feita depois da visita a Moscou pelo Ministro de Defesa da Líbia, General Abu-Bakr Yunis Jaber. Fontes militares citadas pelo Interfax afirmam que o negócio envolverá 20 caças militares (Su-35, Su-30 e Yak-130), algumas dúzias de tanques T-90, sistemas de mísseis S-300, a modernização de outros 70 tanques e outras armas.
    Desde que a Líbia anunciou o seu desejo de terminar seus programas de armas de destruição massiva em 2003, as relações entre Tripoli e Moscou melhoraram substancialmente. Em 2008, numa visita a Tripoli, Vladimir Putin cancelou biliões de dólares da dívida desta nação norte-africana à URSS.”

    http://port.pravda.ru/russa/02-02-2010/28840-libia_armas_russas-0

  2. Khadafi alem de dizer isso tb disse mais coisas q nao foram incluidas nesta materia, uma das quais foi de acusar a Suica de ser a “mafia do mundo” e ainda acusou a Suica de ser um estado q “financia o terrorismo” e na minha opiniao sao acusacoes com muito fundamento e ate me atrevo a dizer q sao bastante veridicas e crediveis mas vindas deste Homem nao teem qualquer valor perante a comunidade internacional, esta é uma das consequencias de se dizer muito disparate. hehehe

  3. Não esquecer que Lula considera esse tirano um aliado.

    Eu nunca vi uma diplomacia externa tão absurda quanto a brasileira dos últimos 7 anos.

  4. Deixa eu dar meu pitaco: jihad NÃO é sinônimo de resistência armada. Jihad é todo o ato que um devoto faz no sentido de defender a fé islâmica. Apesar da conotação de armas e guerra, uma jihad é mais que isso.

    Eu, por exemplo, ao esclarecer o conceito da jihad para os gentios e fazendo isso em nome do Altíssimo, estou fazendo a “pequena jihad”. A “grande jihad”, em oposição à pequena, é qdo vc batalha consigo mesmo para controle dos pecados capitais. Palavras do Profeta (saws)

    Espero ter ajudado, mesmo sendo um pouco off topic 🙂

  5. Lecen:

    Até a Itália,Grécia,Espanha entre outros países Europeus consideram o “Coronel” um aliado, pois ele é quem fornece muito gás e petróleo.

    Além do que sem ele o combate a imigração clandestina é perdida antes de começar!

    Então a politica externa deles é absurda também!!

    http://www.presseurop.eu/pt/content/news-brief-cover/25591-um-dia-historico-para-kadhafi

    http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2009/06/12/ult34u223222.jhtm

    http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/09/01/aniversario+dos+40+anos+de+khadafi+no+poder+deixa+europeus+constrangidos+8202939.html

    Valeu!

  6. Apesar da belicosidade do velho coronel, “jihad” não é sinônimo de guerra ou de ação armada e sim uma atitude de defesa do Islã. Por favor, não cair no falso conceito apregoado pelos radicais.

    (só para constar, e resumidamente)

  7. E.M. !!!!!

    Desculpe a repetição !!! Escreví o segundo comentári sobre a jihad pq achei que meu primeiro comentário tinha sido recusado (rs)

    Apague o que vc achar melhor (e esse aqui tb)

    abcs

  8. Absolutamente absurda a postura da Libia e parece querer contestar a vontade soberana do povo que diz tanto respeitar. Isso mostra ao mundo e aos nossos politicos e diplomatas ditos pragmaticos com quem estamos lidando.

  9. Mandou bem no esclarecimento athalyba, mas devemos lembrar que assim como muitos radicais podem interpretar errado um termo que é mais profundo, temos de convir que esse termo só foi usado para os fins da história/conhecimento ocidental em situações pouco agradáveis, então é bem justificado o impacto negativo que já foi carregado a palavra.
    Mas ajuda em muito o teu comentário.

    Além disso, creio que os líderes de países islâmicos sabem muito bem o peso que a palavra tem nas sociedades ocidentais e faz parte da tarefa de um chefe de estado escolher suas palavras, portanto imagino eu que o “velho Muamar” teve lá suas intenções de “polemizar” (como é muito do seu feitio).

    Mas… Sem duvida que a proposta do plebiscito suíço era absurda, e o resultado mais absurdo ainda, agora… É a opinião deles, para o território deles e ponto! Eles são soberanos, e podem fazer o que bem quiserem lá!
    Agora um Líder (só o líder) que fala contra os homosexuais por exemplo, aí pode né?
    Claro que pode, ele tá falando para o país e povo dele e pode opinar o que bem entender, só não pode é se intrometer nos assuntos alheios

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