Bundestag aprova mais 850 homens à missão alemã no Afeganistão

Sugestão: Gérsio Mutti

Berlim, 26 fev (EFE).-O Bundestag, a câmara baixa alemã, aprovou hoje por ampla maioria o novo mandato para a missão do Bundeswehr, o Exército alemão, no Afeganistão, que contempla a ampliação do contingente em 850 homens, para 5,350 mil soldados.A favor do novo mandato votaram 429 dos 586 deputados no Bundestag com o apoio dos partidos da coalizão governamental – democratas-cristãos (CDU), social-cristãos bávaros (CSU) e liberais (FDP) – e a maioria dos membros da oposição social-democrata (SPD).

Ao todo, 111 deputados votaram contra e 46 se abstiveram, em uma votação em que Os Verdes haviam anunciado que se absteriam majoritariamente, enquanto a formação da Esquerda rejeitou o novo mandato.

Ao começar a sessão, o presidente do Bundestag (a câmara baixa do Parlamento alemão), Norbert Lammert, expulsou o grupo parlamentar da Esquerda do plenário por organizar um ato de protesto durante o debate sobre a missão alemã no Afeganistão.

Os deputados da Esquerda mostraram cartazes com os nomes das vítimas civis que morreram em 4 de setembro no bombardeio de dois caminhões-pipa em Kundus, em um ataque lançado a pedido do então comandante do contingente alemão na área, Georg Klein, e que matou 140 pessoas.

Lammert insistiu ao grupo parlamentar a abandonar a sala por considerar que esse tipo de “manifestação” vai contra a norma do Parlamento.

Segundo o ministro de Exteriores, o liberal Guido Westerwelle, o aumento no número de soldados será temporário e a partir do fim de 2011 começará o repasse da responsabilidade a Cabul de maneira paulatina.

Westerwelle classificou de “triunfo da responsabilidade e da razão” o novo mandato e ressaltou que este, embora represente um substancial aumento das tropas alemãs, é importante porque ajuda as autoridades locais a assumir as responsabilidades em matéria de segurança e de reconstrução civil do país asiático.

Com isso, o número de militares dedicados à formação de soldados e policiais afegãos aumentará de 280 para 1,4 mil.

A chanceler alemã, Angela Merkel, assegurou que apoia os planos do Governo de Cabul de que o Afeganistão assuma a segurança em 2014, mas se opõe a impor uma data concreta à saída das tropas germânicas desse país para não encorajar os terroristas a atacar em um momento determinado.

Fonte: Bol/UOL

8 Comentários

  1. É assim mesmo, perderam a WWII e agora devem obedeçer ao vençedor em eterno!!!

    Enquanto os outros tiram os soldados de lá, são vocês alemães que devem repor estes retiros, bem merecido mesmo esta estória de mandar os proprios soldados morrerem em guerra do outros, mas ao contrário dos vizinhos, tirar as tropas de lá só depois que o Patrão permitir tá!!

  2. INDICO A REPORTAGEM: Partido alemão é expulso do Parlamento por protesto antiguerra

    Sex, 26 Fev, 09h42
    BERLIM (Reuters) – Deputados do Partido de Esquerda alemão que seguraram cartazes na câmara baixa do parlamento protestando contra a guerra foram expulsos antes da votação desta sexta-feira para decidir se o país aumentará o número de tropas no Afeganistão.
    Os deputados seguraram cartazes com nomes de civis que, segundo eles, foram mortos por um ataque aéreo realizado por ordem alemã em setembro. O ataque de um avião de caça F-15 dos EUA matou ao menos 69 militantes do Taliban e 30 civis, segundo informações do governo afegão.
    O parlamento tem 622 membros de seis partidos. O Esquerda é um dos três partidos de oposição entre os 76 assentos do Bundestag.
    (Reportagem de Erik Kirschbaum)

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