Secretária de Estado do governo Obama vai se encontrar com Celso Amorim
Entre os assuntos a serem tratados estarão a posição brasileira sobre o Irã, o novo governo de Honduras e as atuações dos países no Haiti
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
A secretária de Estado do governo Barack Obama, Hillary Clinton, visita o Brasil e outros países da América Latina na semana que vem. Segundo a Folha apurou junto a fontes diplomáticas, ela deve chegar ao país entre domingo e segunda, e se encontrar com o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim.O governo brasileiro confirmou a visita. Fontes do Palácio do Planalto informaram que o encontro entre Hillary e Amorim deve acontecer no dia 3. Segundo a Folha apurou, alguns assuntos tratados na visita serão a posição do Brasil em relação ao Irã, as discussões sobre a atuação no Haiti e o novo governo de Honduras, além de questões relacionadas à cooperação econômica.
A viagem de Hillary ao país neste ano havia sido confirmada em janeiro e ocorre após a chegada do novo embaixador dos EUA no país, Thomas Shannon. Em dezembro, o Brasil já havia recebido o secretário-assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, Arturo Valenzuela.
Nos últimos meses as divergências entre Brasil e EUA têm crescido. A polêmica mais recente se refere à campanha dos EUA para reunir apoio para a aprovação de novas sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU.
A decisão dos EUA de buscar nova punição foi tomada depois de o Irã anunciar que começará a produzir urânio enriquecido a 20%. Isso alimentou as dúvidas da comunidade internacional sobre o programa nuclear do país e a sua eventual capacidade de desenvolver tecnologia para fabricar a bomba.
O Brasil defende a continuidade das negociações e avalia que novas sanções não resolveriam o problema. O presidente Lula deverá ir ao Irã em maio, retribuindo visita feita por Mahmoud Ahmadinejad, presidente do país, em novembro.
No campo da ajuda humanitária, Brasil e EUA devem discutir sobre a reconstrução do Haiti. Os dois países disputaram o papel de protagonista nas ações no país cuja capital foi devastada por terremoto. O Brasil tem o comando da missão militar da ONU no país.
Os EUA ganham destaque pela superioridade econômica e militar. Em tese, a questão teria sido resolvida após a Conferência Preparatória Ministerial, que atribuiu ao próprio Haiti a liderança na recuperação. Na prática, os dois países continuarão a negociar seus papéis.
Nesta semana, o comandante da missão, general Floriano Peixoto, reiterou em conversa com jornalistas na ONU que os EUA não atuam na segurança, mas na ajuda humanitária.
A retomada do diálogo com o governo de Honduras, do presidente Porfírio “Pepe” Lobo, também deve constar na agenda. Na semana passada, Lula disse ser favorável à volta do país à OEA (Organização dos Estados Americanos) e defendeu que o novo governo promova uma reconciliação nacional com a volta de Manuel Zelaya, deposto em junho. O embaixador Shannon chegou a afirmar, em janeiro, que Brasil e EUA devem continuar “se esbarrando”, após dizer que o Brasil já se tornou uma potência global.
Colaborou SIMONE IGLESIAS, enviada especial a Cancún
Tá aí..se cuba for aceita na OEA outra x…hondura poderá voltar…elas por elas, os esbarões vão contínuar, só trancos, um mínimo de civilidade.
Tô achando que os EUA estão sendo substituidos por Cuba na OEA…rs…rs…Os países latino-americanos estão deixando os gringos de lado, alienando-o, já que o mesmo estupida e caprichosamente insistem em boicotar Cuba. No fim, estão sendo boicotados e Cuba voltando à comunidade das nações latino-americanas. Parece que os gringos estão perdendo mais essa batalha, estupidamente!!!
Vamos ver o que aconteceu entre nós, depois da visita da Clinton, por enquanto não quero especular.
Fui!