Governo Brasileiro Interferiu no Rearmamento das Falklands/Malvinas pelo Governo Inglês

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Nelson During

Editor-Chefe Defesanet

Quando do processo da substituição dos caças Tornado F3 pelos Typhoon ocorrida entre Setembro e Outubro de 2009, o governo brasileiro negou autorizações de sobrevôo para os aviões que levariam para as Falklands/Malvinas peças e membros das equipes de apoio para os novos aviões.

Empregando a rota lhas de Ascenção e com pousos no Rio de Janeiro ou Porto Alegre e depois um longo vôo até a Base de Mount Pleasant, nas ilhas Falklands , os vôos de apoio eram por muitos anos o único meio para receber correio e suprimentos geral..

Mesmo após o início de vôos diretos Argentina- Falklands, os sobrevôos sobre o Brasil permaneceram.Porém, as autoridades de Brasília (diplomáticas e militares), consideraram “excessivo” o número de requisições feitas pelos britânicos em apoio à operação de troca dos caças e negaram os sobrevôos solicitados pelos ingleses.

O Ministério de Defesa inglês publicou em 15 de outubro uma nota informando que os primeiros dois Typhoon tinham pousado na Base Aérea de Mount Pleasant nas Ilhas Falkland/Malvinas (Nota – os ingleses usam o termo Mount Pleasant Complex para não citar o termo Base Aérea). A travessia do Oceano Atlântico levou 18 horas de vôo, com uma parada nas Ilhas Ascenção. Durante a travessia os dois Typhoon foram acompanhados por aviões de reabastecimento (modelos VC10 e TriStar).

A função dos caças nas ilhas Falklands/Malvinas é de garantir a missão Quick Reaction Alert (QRA) . Os quatro Tornado F3 deveriam retornar à Inglaterra até o fim de 2009, o que não está confirmado. Os militares britânicos são agora cautelosos para não anunciar prematuramente decisões que podem servir para coes do governo argentino.

A negativa diplomática aos sobrevôos ingleses levou a um estremecimento nas relações Brasil-Reino Unido no segundo semestre de 2009. As autoridades inglesas inclusive não aceitaram a argumentação brasileira de que os pedidos eram excessivos do ponto de vista de Brasília.

A tensão pode ser medida quando o Ministro da Defesa Nelson Jobim em apresentação na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, no dia 09 de Dezembro, ao mostrar o cenário estratégico do Atlântico Sul detalha a presença Britânica na região. A figura dá a indicação de um cerco ao Brasil por parte de forças inglesas.. A mensagem foi recebida e entendida por Londres .

Página da apresentação do Ministro da Defesa Nelson Jobim no Congresso
no dia 09 Dezembro 2009. Mensagem entendida pelos ingleses.

Tanto entendida que dentro dos estudos para o seu novo Plano Estratégico, os ingleses pela primeira vez, estarão realizando uma conferência entre os Estado-Maiores dos Exércitos dos dois países ainda no primeiro semestre de 2010.

Fonte: Defesa@Net

12 Comentários

  1. O Governo Brasileiro fez bem.

    Os ingleses – campeões da lei – terão de reconhecer mais dia menos dia o direito da Argentina a reclamar o que é seu.

    É uma pena ver tantas Ilhas Atlânticas descobertas por portugueses nas mãos de outros países… rrrrrr

    PS – Tristão da Cunha é o lugar do mundo com maior consanguinidade… o que gera graves problemas de glaucoma e cancro.

    Lá tudo são primos e primas…

  2. Parabéns a posição do Brasil. Deve ficar cada vez mais evidente em nossa política externa, que a presença extrangeira no atlantico sul, bem como no continente não é bem vinda.

    É necessário que o Brasil começe a defender os interesses de nossos parceiros e vizinhos para efetivamente ser reconhecido como líder da região e disposto a defender os interesses da região.

    A presença de extrangeiros na região mina as intenções de integração e de união, baseados em ilusão e apoio internacional na resolução dos problemas internos dos países da região. Para mim, estas tem sido uma das metas do governo lula e deve gerar um aumento da influência do Brasil.

  3. Grande Jobim… Dizer na Comissão, usando este desenho, que o Brasil está cercado pelos Ingleses. Ótima prova de força, do senho eu não esperava, Parabéns!

  4. + só apoiar, pois ñ temos meios militares p ir adiante,ainda ñ, deveriamos, + com os lideres q temos…cadê a IMBEL, o osório etc, etc,por essa é outras q eles abusam , estamos desarmados. Mais está certo em apoiar os hermanos . …

  5. É só a América do Sul querer…
    O que, à semelhança da Europa, não é fácil, pois há países que estão sempre dispostos a agradar…
    Como por exemplo o Chile…

  6. só por curiosidade…não que eu pense que possibilidade de acontecer..
    se ocorresse uma guerra entre brasil e reino unido, o brasil conseguiria se segurar bem? ou seriamos muito humilhados? teríamos possibilidade de atacar também, nem que sejam essas ilhazinhas?
    levando em conta a economia britânica atualmente, a guerra que sustentam no afeganistão…

  7. ao luismarcosfj,

    Dependeria muito do grau de união dos países da UNASUL, uma organização que não existia na época da Guerra das Malvinas e que poderia ser decisiva para ajudar o Brasil contra uma potência estrangeira.

    O Brasil sozinho teria grandes problemas.

    Até conseguiria contra-atacar, porque nossos pilotos são bons e temos marinheiros bem treinados, mas as condições de combate seriam terríveis pela falta de equipamento decente. Por exemplo, não conseguiríamos usar nosso porta-aviões que, como funciona hoje, sem uma grande escolta, é um alvo gigante escrito “atire em mim” e provavelmente teríamos que esconder ele em algum porto deserto e distante.

    Nossa maior deficiência é que não temos um avião capaz de fazer operações anti-navio, contra grandes navios, ou seja, capazes de carregar mísseis anti-navio pesados o suficiente para afundar um grande navio britânico ou de qualquer outro país. Enfrentaríamos problema semelhante ao argentino, acertaríamos o alvo mas não o afundaríamos.

    Precisamos de mísseis anti-navio pesados, como os que os russos construíram para inutilizar os NAs americanos. Poderíamos comprar dos russos mesmo, algumas dúzias já seriam suficientes. Com aquele monstrinho (e um avião capaz de carregá-lo) teríamos condições de responder à altura de qualquer ataque.

    Dos aviões que nos ofereceram nos últimos anos, somente o F-18, o Su-30 ou Su-35, e o Rafale conseguiriam lançar uma carga daquelas. O Gripen não tem a menor chance, e nada com capacidade de carga menor tem alguma utilidade para o Brasil.

    Mas até 2020, precisaríamos ter reslvido esses problemas básicos. Até 2030, teríamos que ter nosso próprio avião multifunção com capacidade anti-navio e nossos próprios mísseis anti-navio com ogivas de altíssima potência, construídas a partir de nanotecnologia, de preferência de dois tipos de cargas para o mesmo míssil ar-superfície padrão: ogivas termobáricas ou de pulso eletromagnético.

    Outra coisa importante, nos faltam aviões-robô, submarnos-robô e lanchas-robô. Esses equipamentos fariam um estrago sem tamanho nos navios menores do adversário. Lanchas rápidas ou hovercrafts armados com míseis superfície-superfície de médio a longo alcance também seriam fundamentais.

    Embaixo d’agua está outra grande deficiência. Para “fechar” o Atlântico Sul, quando submarinos convencionais e nucleares precisaríamos ter? Para negar o uso do Atlantico Sul a qualquer marinha, imagino que precisaríamos de algo como 100 submarinos convencionais, e 10 nucleares. Claro que no futuro, submarinos robôs substituirão parcialmente o papel dos submarinos tripulados. Mas provavelmente precisarão ser levados até alto-mar por navios maiores. Mesmo assim, a conta não muda muito, em 2030, precisaríamos de 100 submarinos-robôs, 30 convencionais / movidos a células-combustível (dentro da nossa ZEE) e de 5 a 10 submarinos nucleares circulando pelo Atlântico Sul, levando novos submarinos robôs e minas anti-navio inteligentes para o centro do oceano e controlando-os simultaneamente.

    Isto significa que até lá precisamos dominar muito bem o fundo dos mares, preferencialmente com um novo tipo de navio-submarino capaz de chegar a profundidades muito maiores do que podemos fazer hoje, e comandar batalhas na superfície a partir de módulos de comunicação replicadores espalhados pelo fundo do mar.

    Para isso, novos sistemas de comunicação voltados para funcionar por grandes distâncias e de forma segura no fundo do mar têm que se desenvolvidos, e teremos que ter bases permanentes no fundo do mar, instaladas no nosso litoral, dentro da nossa ZEE.

    Também é interessante ter vários navios com capacidade aeronaval, principalmente navios com capacidade de lançamento de aviões-robôs, VANTs. Os aviões com grande capacidade de carga, é melhor mantê-los em terra, em bases conjuntas da Marinha e Aeronaltica, instaladas no litoral e nas nossas ilhas. É melhor ter 10 navios de 10 mil toneladas cada, capazes de lançar 100 VANTs cada, do que um super porta-aviões de 100 mil toneladas para carregar 100 enormes caça-bombardeiros tripulados, que poderá ser colocado fora de batalha com uma bomba de pulso eletromagnético ou uma arma nuclear tática.

    Isto poderia nos dar capacidade para impedir que qualquer potência mundial em 2030,sinta-se segura para instalar uma frota de navios no Atlântico Sul e, por exemplo, bombardear nossas plataformas petrolíferas no pré-sal, apenas porque não quisemos ceder às pressões desta potência para lhe entregar nosso petróleo.

  8. Caros colegas, é cedo para desenharmos um cenário de guerra até porque, mesmo que possa parecer, o Brasil tem atualmente razoavel poder de fogo para defender seu território de um ataque externo. Além do mais custa infinitamente mais barato negociar com o Brasil do que impor-se militarmente. Trata-se de uma situação muito diferente do Iraque. A justificativa foi armas de destruição em massa e todo mundo já sabe que não foi, disseram que foi o petróleo na verdade também não foi. Acredito que foi a crise mundial que ja se desenhava e toda vez que isto ocorre, pelo menos que me lembro os EUA inventa uma guerrinha para favorecer o setor da indústria bélica e justificar transferência de dinheiro público aos bilhões de dólares. O Brasil nunca será uma ameaça e sempre será um parceiro de todas as nações bem intencionadas, temos muito a oferecer além de nossa simpatia já conhecida e sabemos nos impor sem sermos arrogantes como americanos e ingleses, ambos já tiveram mais força, hoje tal força está do outro ládo do mundo, na Asia onde temos grandes parceiros como India, China e Coréia do Sul.

  9. É mas ser amigos de todos não é o caminho a ser trilhado pelo Brasil. Temos que ter um poderio bélico considerável, e acredito que hoje o Brasil conseguiria apenas segurar uma guerra por alguns meses, mas não vencê-la. O que eu acredito é que deveríamos rever a compra de caças F-5 em grandes lotes, temos um número razoável de F-5, porém acredito que não são tão capazes assim de segurar caças como Sukhois, F-16 Block 60 ou uma mais moderna eu tenho que me atualizar =], ou caças como F-22 ou o F-35, seríamos alvos fáceis com esse tipo de avião. O 1°GDA, que respeito muito e tenho orgulho de morar próximo a eles, merecem mais que os Mirage 2.000, são aviões velozes e carregam uma carga + ou -, porém o cenário e máquinas de combate hoje mudaram, estão mais modernos e com sistemas ano-luz à frente de todos os caças da FAB. Temos um país com um território gigantesco, mas não temos como defender ou um poderio à altura, hoje me sinto vulnerável, e sabendo que ingleses estão no Atlântico, e norte-americanos querem instalar bases na Colômbia, isso só almenta um pouco a tensão e preocupação, temos que ter cuidado e abrir os olhos em relação a isso, estão nos fechando, nos cercando.

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