Estados Unidos e Venezuela buscam formas de melhorar relações bilaterais

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Sugestão: Gérsio Mutti

CARACAS, 19 FEV (ANSA) – Uma delegação de representantes do Congresso dos Estados Unidos se reuniu ontem em Caracas com deputados venezuelanos para discutir meios de melhorar a relação bilateral.

“Estamos muito satisfeitos com o encontro”, comentou a porta-voz dos norte-americanos, Sarah Stephens, em declarações à agência ABN.Segunda ela, que é diretora-executiva da organização não-governamental (ONG) Center for Democracy in The Americas, durante a reunião “foi abordada a necessidade de se aprofundar a cooperação e melhorar as relações entre Caracas e Washington”.

Stephens explicou que os detalhes do encontro serão levados ao Congresso dos EUA para “desmistificar a política venezuelana, porque nem tudo é branco e preto”.

Por sua parte, o chefe da Comissão de Política Exterior da Assembleia Nacional (Congresso venezuelano), Roy Daza, confirmou a busca pelo “estabelecimento de pontes”, mas advertiu que, para isso, o governo do norte-americano Barack Obama deve parar seus ataques midiáticos e renunciar ao uso de bases militares colombianas.

“Não vamos ceder nem um milímetro nos pedidos que fizemos e nas agressões que funcionários dos Estados Unidos fizeram contra nosso povo e nosso presidente [Hugo Chávez, ndr.]”, ratificou Daza.

Caracas e Washington mantêm contínuas disputas em temas políticos, sendo que a mais recente envolve o acordo militar firmado entre Colômbia e Estados Unidos.

O tratado, assinado em 30 de outubro do ano passado, permite o envio de um contingente de até 1.400 norte-americanos para operar em sete bases colombianas e é visto pela Venezuela como uma “ameaça” para a paz e para a soberania da América do Sul.

Daza também descartou a possibilidade de que as empresas petroleiras Chevron, dos Estados Unidos, e Citgo, da Venezuela, possam servir como um elemento de aproximação.Para ele, é inadequado que relações comerciais influenciem a política.

Há cerca de dez dias, ao anunciar as empresas que receberão licitação para explorar petróleo na Faixa de Orinoco, entre elas a Chevron, Chávez pediu para os EUA reverem sua política externa.

O presidente do país latino-americano disse esperar que “Obama retifique a tempo sua política”, a qual vem sendo marcada por “atropelos em relação à Venezuela”.

Fonte:Bol

5 Comentários

  1. Viu só que a teoria do acordo bilateral pregada por muitas diplomacias globais é ainda atual.

    Já tinha cantado a pedra de que invasão e guerra não ia ter por aqui não, e que os acordos bi-laterais são a solução para reduzir custos de aquisição de energia, fazem bem os USA tentarem reativar acordos assim com a Venezuela, certo que não tem nada haver com os acordos que os USA tinham antes que Chávez fosse eleito, mas creio que alguma vantagem os USA terão sim.

    Sendo que já foi anunciada a retirada do Iraque, aventura que os USA concluiram em pasivo contabíl, chegou a hora de encontrar outras estradas para reduzir o custo da energia que deve importar, queira com guerra ou com acordos, estes produtos primarios devem chegar ao territorio deles por força maior.

    Outro ponto que não se discutiu, e a posição do Brasil, que não vai aceitar conflitos militares e outros tipos de jogos geopoliticos nos arredores de nossa fronteira, e os grandes ocidentais sabem disso e por incrível que pareça, respeitam a nossa posição.

    Vamos ver estes acordo irão pra frente e se teremos um ponto a menos para nos preocupar aqui na América Latina.

    Gostei deste movimento consilhador dos USA, parece que os dois frontes ensinaram a humildade pra eles finalmente, ou será que é uma questão de enfraquecimento militar, vamos ver no que vai dar.

  2. … meu caro Francoorp,

    Vejo apenas como um movimento em ” L “, no grande tabuleiro de xadrez da geopolitica da America do Sul.

  3. A Venezuela carece de “know-how” diplomático, seus diplomatas deveriam fazer cursos no Instituto Rio Branco, inclusive o próprio Hugo Chavez. Isso poderia evitar muitos confrontos e desgastes desnecessários. É preciso saber lidar com os gringos e se Hugo Chavez souber fazer isso, êle não terá problemas com êles e tampouco com o Brasil, lembrando que protetorado americano não tem moral para
    “cantar de galo”!!! Desta feita creio que eventualmente acabaria conseguindo aquilo que realmente é melhor para o povo venezuelano.
    Sds.

  4. Sem dúvida Konner é um jogo geopolítico, e isso demonstra a capacidade de manter a paz que têm a diplomacia.

    Seguir esta estrada de acordos bilaterais é sem dúvida a melhor pra todos, e neste todos coloco o Brasil, pois assim teremos a paz em nossas fronteiras e não a guerra com todas as suas variantes e desconhecidas consequências.

    Abçs

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