Desacordo sobre o Afeganistão derruba governo holandês

http://www.arnongrunberg.com/litho_images/961-1024x768.jpg

O governo holandês anunciou sua dissolução na madrugada deste sábado após uma desavença entre os partidos da coalizão governista em relação a um pedido da Otan para a prorrogação da presença militar holandesa no Afeganistão.A aliança militar ocidental havia pedido a permanência por mais tempo da missão holandesa na província de Uruzgan, no sul do Afeganistão, onde 21 soldados holandeses já foram mortos.

Após mais de 16 horas de uma reunião que falhou em manter a unidade da coalizão de centro-esquerda no poder desde 2007, o primeiro-ministro Jan Peter Balkenende afirmou que apresentará o pedido de dissolução do governo à rainha Beatrix ainda neste sábado.

Com a renúncia, as eleições parlamentares antes previstas para março do ano que vem deverão ser antecipadas.

Aprovação no Parlamento

Dois dos três partidos que formavam a coalizão governista – a Aliança Democrata-Cristã, de Balkenende, e a minoritária União Cristã, eram favoráveis a atender o pedido da Otan para que as tropas holandesas suspendessem os planos de se retirar do Afeganistão em agosto deste ano.

Mas o Partido Trabalhista, o segundo maior da coalizão, se opôs ao pedido e decidiu se retirar do governo.

Cerca de 1.600 militares holandeses participam das forças da Otan no Afeganistão desde 2006. Sua retirada estava inicialmente prevista para 2008, mas já foi adiada uma vez.

Em outubro do ano passado, o Parlamento holandês havia aprovado uma obrigação da retirada das tropas neste ano, mas a determinação ainda não havia sido ratificada pelo governo.

O lançamento em 2001 da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf, na sigla em inglês) para o Afeganistão foi a primeira operação em terra da Otan fora da Europa.

O secretário-geral da aliança, Anders Fogh Rasmussen, disse há seis meses, quando assumiu o cargo, que sua prioridade era a guerra no Afeganistão.

Até junho de 2009, antes do anúncio do envio de reforços pelos Estados Unidos, a Isaf contava com 61 mil militares de 42 países diferentes, incluindo Estados Unidos, Canadá, países europeus, Austrália, Jordânia e Nova Zelândia.

A maioria desse efetivo é de americanos, e no ano passado o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o envio de mais 30 mil soldados do país para o Afeganistão.

Fonte: BBC Brasil

2 Comentários

  1. Tô falando faz tempo, a derrota no Afeganistão é inevitavél!!!

    A aliança vai se desintegrar completamente, e até mesmo os Yankees vão ter que sai correndo de lá, como fizeram no Vietnam, certo o numero de vitimas nem se compara com o Vietnam, mas mesmo assim a vitoria talibã é já uma certeza.

    Foge, Foge!!!

    Certo não é assim simples, a influencia dos meios de comunicação não é mais o bastante para justificar o que estão fazendo lá!!

    A propaganda não tem mais o poder que tinha no inicio da campanha, e os holandeses sendo um poequeno país que deve já lutar com a natureza para existira, vivendo abaixo do nivél do mar, começa a considerar inútil a presença e a perda das proprias de vidas holandesas em terras estrangeiras invadidas pela aliança atlântica.

    Seria diferente se tivesem os capacetes azuis, seria mais fácil e justo para a imprensa local manter o controle das mentes e corações, mas como foi uma invasão não autorizada pela ONU, os capacetes azuis as tropas da OTAN não têm, fica dificil justificar a presença no local, ainda mais para uma população com elevado nível de ecucação.

    Foi só mais um, agora é esperar que as outras peças do dominó caiam também, deixando os Yankees sozinhos no Campo de morte que é o afeganistão, e depois até eles irão embora também, como rabo entre as pernas, e mais uma derrota no Curriculum!

  2. A presença norte-americana no Afeganistão, só se justificou no iníco com a desculpa de “caçar” Osama Bin Laden. Após algum tempo de bombardeios, assassinatos, crimes de guerra e destruição das cidades afegãs, os Estados Unidos ainda não sabem o que estão fazendo lá, Não sabem se vão atrás do Osama, se pegam membros da Al-Qaeda ou se derrotam o Talibãn. O que se sabe é que enquanto não se toma uma decisão ou uma direção, soldados e mais soldados perdem suas vidas de graça, se não são mortos por rebeldes, cometem suicídio. Eu não sou um tipo de ante-americano, porém detesto o comportamento dos Estados Unidos em relação a esses países, e as vezes comemoro derrotas norte-americanas em campos de batalha, é muito fácil mostrar força e poderio bélico com países no mínimo desorganizados, sou a favor e tenho certeza que enquanto eu ainda vivo, vou ver alguma outra potência apertando o freio dos Estados Unidos.

Comentários não permitidos.