Irã prepara carga nuclear para mísseis, afirma AIEA

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Relatório da Agência Internacional de Energia Atômica avalia que o Irã está desenvolvendo uma carga nuclear que pode ser usada em mísseis. Se confirmada, a acusação prova que o programa nuclear iraniano tem fins militares, diferentemente do que vem afirmando Teerã.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) avalia que o Irã está desenvolvendo uma carga nuclear que pode ser usada em mísseis. A informação veio à tona ontem, após mais um relatório da agência da ONU para questões nucleares vazar à imprensa. Se confirmada, a acusação prova que o programa nuclear iraniano tem fins militares, diferentemente do que assegura Teerã.

O relatório seria mais pessimista até mesmo que previsões dos serviços de inteligência dos EUA, os quais estimaram em 2007 que o Irã havia suspendido seu programa nuclear para fins militares ainda em 2003. O porta-voz do Departamento de Estado, P. J. Crowley, afirmou que o documento da AIEA reforça os “atuais temores”.

A agência da ONU garante no documento ter reunido “vastas e confiáveis informações” sobre o suposto programa nuclear militar iraniano. “Elas causam preocupação sobre a existência, no passado e no presente, de atividades nucleares sigilosas com objetivo de desenvolver uma carga nuclear para mísseis”, conclui o estudo.

A mudança de tom da AIEA sugere que seu novo diretor-geral, o diplomata japonês Yukiya Amano, estaria disposto a adotar uma posição mais firme com o Irã do que seu antecessor, o egípcio Mohammad ElBaradei. Há cinco anos o organismo investiga acusações de que o programa iraniano tem fins militares.

O último documento será levado à reunião dos 35 integrantes do conselho da AIEA – entre eles, o Brasil – que será realizada entre os dias 1 e 5.

Contra a vontade de quatro das cinco potências do Conselho de Segurança da ONU e as recomendações da AIEA, o Irã começou a enriquecer urânio a 20% em suas instalações na semana passada.

A decisão desencadeou forte reação: Washington reforçou sua campanha por mais sanções do CS ao Irã e adotou restrições unilaterais, enquanto a Rússia assinou uma carta convocando a AIEA a reforçar inspeções e suspendeu a entrega de mísseis a Teerã.

No relatório divulgado ontem, a agência da ONU confirma que o enriquecimento a 20% já foi iniciado e diz que o processo começou antes de os inspetores internacionais terem acesso às centrífugas de Natanz.

“O período de aviso dado pelo Irã em relação às mudanças (calibração de centrífugas) foi insuficiente para a agência adotar procedimentos de segurança”, denuncia o estudo.

O documento da AIEA ainda atesta que o Irã aumentou seu estoque de urânio de 300 quilos para cerca de 2,06 toneladas desde novembro. A nova quantidade pode produzir até duas bombas atômicas caso o material seja enriquecido a 90%.

O número de centrífugas em operação na instalação de Natanz, porém, caiu de 4 mil para 3.772. Analistas explicam o recuo dizendo que cientistas iranianos têm enfrentado sérios problemas técnicos. As centrífugas iranianas seguem modelos usados nos anos 70.

Segundo o Irã, o relatório é uma “farsa” produzida por seus inimigos. Mas o regime persa não esclareceu as acusações apresentadas.

Ontem, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou que, caso Israel ataque seu país, o grupo libanês Hezbollah responderá e “acabará com o assunto de uma vez por todas”.

Ahmadinejad falou pelo telefone com o líder do grupo xiita, Hassan Nasrallah. Ele pediu ao Hezbollah que mantenha seus homens prontos para atacar Israel.

Fonte: CCOMSEX

11 Comentários

  1. Enquanto os sionistas tiverem armas atomicas , cada pais do oriente vai perseguir a bomba..os persas ñ são diferentes..afinal os sionistas vivem atacando os paises do oriente…eles tem + é q se prepararem p a guerra contra os sionistas, até pa defenderem os massacrados e humilhados ,diariamente , os pobres dos Palestinos…Cadê os ianks e se aliados p ajudarem os Palestinos ?

  2. Existe uma diferença brutal entre uma democracia possuir armas nucleares é uma ditadura. Israel é uma democracia que possui armas nucleares para auto defesa, nunca teve golpes de estado, parlamento funciona, um Tribunal Constitucional independente, e imprensa livre. O Irã é uma ditadura religiosa que quer bombas nucleares para chantagear o mundo e tem como projeto de mundo exportar sua revolução (já vimos onde isto pode parar). A ONU e a OTAN tem que mandar balas nesses caras logo. Que falta faz um Winston Churchill agora!

  3. Nossa mas como tem anti-semita aqui, meu Deus. Um ataque nuclear contra Israel tb atinge os palestinos, ou será que ninguem tem um mapa mundi em casa.

  4. Qual o regime político dos EUA na época em que lançaram duas bombas atômicas sobre o Japão?????

    Qual o regime dos aliados que estão sempre a semear guerras, tomando na “mão” grande a riqueza de outras nações??????

    Democracia é algo muito relativo.;

  5. Sem querer entrar muito nos méritos…
    Não creio que seja muito bom o REGIME (fundamentalismo religioso anti-ocidental) atual do Irã ( que já FOI um dia a grande, humanista e progressista PÉRSIA) ter ‘nukes’…Mas até onde podem ir?
    Mas se alguém não pode, ninguém pode ok ? E nós ? E o arsenal que já existe?
    Agora, se alguém pode, todos podem, não é ? E o Irã?
    Pra Israel é auto-defesa ? Mas é Israel quem ataca todos lá na região…
    Sei lá…parece que aqui é cada uma por todos, Deus por ninguém, e o inferno aguardando todos…
    PS: Defendo nossas nukes e o respectivo sistema de entrega…
    e só pra dar uma de (mais) chato…
    Não podemos ter bombas (pela CF)…mas podemos projetar não podemos? então que tal projetarmos todos os passos pra montar e testar uma,sem esquecer dos ICBM’s brasucas… Deixar tudo prontinho , esquematizadinho…todos os passos, todos fornecedores, todo material (quem sabe até uns ‘quilinhos’ reais de Pu e HEU…),pelo menos no papel…Sem segredos, afinal vai ser só um ‘caso acadêmico’…

  6. Também não concordo com o programa nuclear do Irã, mas Bruno e o que voçê me diz da India, da China e da Russia? Esses paises também não são de democracias muito avançadas.

  7. Pois é Eduardo é por aíh, quem invade ali no oriente são as forças sionistas os ianks eram democracia e lançaram duas (02) bombas atômicas sobre o japão morto…democracia ñ impede barbaridades, então, olho nos sionistas eles fazem mt barbaridades, é seus próprio soldados denunciam as mesmas…O Irã ainda ñ atacou ninguém, pode-se falar o mesmo dos sionistas? ah! eu tenho sangue lusitano, q tiveram + de 600 anos de dominação Árabe…

  8. Irá enriquecendo urânio é como a Alemanha de Hitler com bombas nucleares. Meio caminho para um holocausto nuclear total. Incrível como o anti-semitismo ainda permeia a sociedade contemporânea.

  9. Mas parece que tem uma esperança de luz no fim do túnel…
    Já li por aí que os mais preocupados com uma eventual bomba iraniana NÃO são os israelenses, pois esses já têm como se defender…são os demais países árabes da região.
    Será que poderá sair um pacto de não-agressão entre Irã e Israel ?
    Será que isso não seria o reconhecimento de que a bomba iraniana é irreversível?
    Se isso ocorrer, vamos ver os motivos reais da pressão em cima do Irã, e quem são os verdadeiros interessados em um Irão ‘não-nuclear’.
    Embora eu ache( é só achismno puro) que o Irã NÃO tem bombas, mas imagino que pela gritaria geral, não deva estar longe.
    Depois que foi a pontinha (3,5 ou 5 %), o resto é só ir forçando devagar que chega lá (+ de 90%). Outra ponta complicada é a entrega , mas o Irã tem uns mísseis razoáveis.
    Projetos de bombas são conseguidos por aí…vejam o caso do paquistanês (meio doidão, embora brilhante) Abdul Qadeer Khan, que vendeu alguns pelo mundo afora ( até a Líbia de Kadhafi parece que tava no rolo).
    Depois da ressaca disso tudo, daqui uns poucos anos, talvez o TNP acabe em colapso se o Irã conseguir uma bomba. ‘
    Será que vai ser a vez do Brasil entrar na polêmica em que o Irã está agora? Acho que sim,e tomara que desta vez não haja de nossa parte nenhum arrego como foi a assinatura desse malfadado TNP.
    Antes é preciso denunciar (sair) daquela outra excrecência que é o tratado dos mísseis.
    Sou contra o TNP não por ser apologista de bombas, que acho até úteis (são equalizadores de poder entre nações desproporcionalmente equipadas militarmente), mas sem dúvida um imenso perigo e uma enorme responsabilidade.Antes delas, é preciso um exame muito grande pra ver se a sociedade em questão estaria madura pra possui-las.
    Não gosto de NENHUM tratado inventado, patrocinado ou imposto pelos ‘grandes’ do mundo. Tais acordos e tratados só ferram os demais países…

  10. Cultura popular para enriquecer (ou empobrecer) a discussão, como diria o Tio Ben do Homem-Aranha: “Grandes poderes são seguidos de Grandes Responsabilidades”

    (não sei se era exatamente assim, mas certamente é algo do gênero!)

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