Congressistas dos EUA endossam ajuda do Brasil na questão nuclear


http://www.olemiss.edu/ciss/About/Events/2009/Wicker_2009/Senator_Wicker.jpgMadri, 16 fev (EFE).- Uma delegação de deputados e senadores americanos avaliou hoje de forma positiva em Madri as contribuições que o Brasil pode dar para ajudar a resolver o impasse em torno do programa nuclear do Irã.

“Se o Brasil e outros países podem pôr mais pressão para persuadir o Irã a abandonar a busca de armas nucleares, isso é algo bom”, disse o congressista republicano Roger Wicker, em coletiva de imprensa na embaixada dos Estados Unidos na capital espanhola.

Wicker integrou uma delegação parlamentar composta por membros da Comissão sobre Segurança e Cooperação com a Europa do Congresso dos Estados Unidos (Comissão Helsinque), que se reuniu hoje com membros do Governo espanhol.

O congressista confirmou que um dos assuntos tratados nessas reuniões foi o problema do Irã, e ressaltou que “há um consenso entre a maioria das nações do mundo de que um Irã nuclear é inaceitável”.

Sobre a contribuição do Brasil a solucionar o problema iraniano, o presidente da comissão e chefe da delegação, o senador democrata Benjamin L. Cardin, indicou que “pode ter um papel útil qualquer país que pense que um Irã transformado em um poder nuclear pode ser uma influência desestabilizadora”.

“Damos as boas-vindas nesse sentido a quantos países for possível”, disse Cardin. Os EUA e a União Europeia (UE) defendem uma linha dura tendente a sanções contra o regime iraniano, enquanto o Brasil aposta no diálogo.

Por sua vez, o deputado democrata Eni Faleomavaega ressaltou o novo papel global do Brasil, junto a China e Índia, e avaliou positivamente o fato de o Governo brasileiro querer “continuar o processo de negociação” com o Irã.

“Se há alguma maneira, sob a liderança brasileira, de se dirigir diretamente aos líderes iranianos para convencê-los a atender ao que a maioria da comunidade internacional pede, é preciso seguir esse caminho”, opinou Faleomavaega.

O próprio presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, viu hoje de forma positiva uma possível mediação do Brasil no conflito nuclear e disse que esses esforços seriam “frutíferos”.

“Temos muitos amigos no mundo interessados em ajudar e colaborar e que, como nós mesmos, não estão de acordo com as tensões e buscam a paz”, afirmou.

“Entre eles estão o povo e o Governo do Brasil, com quem mantemos boas relações. O Brasil foi um dos países que defendeu o Irã”, continuou Ahmadinejad. EFE

Sugestão: Gérsio Mutti

Fonte:G1

10 Comentários

  1. Acho interessante esta manifestação dos congressistas americanos sobre o novo papel mundial do Brasil, o que não pode acontecer é eles nos reconhecerem como potência global e nós mesmos não.
    Abraço.

  2. Hahaha, a risada do cabra é a melhor, rsrsrs…

    Mas acho que o título da notícia dá a entender que o governo brasileiro está a fazer algo de monta a respeito da crise (ao invés de apenas apoiar incondicionalmente a ditadura militar fundamentalista-terrorista), coisa bem distante da realidade.

    E dá a entender que os EEUU realmente acham que sem a mediação brasileira “a vaca vai pro brejo”, coisa ainda mais distante da realidade.

    E que eles realmente se importam com o governo brasileiro amigo de financiadores de terrorismo, coisa muito, mas muito e muito mais ainda distante da realidade.

    Enfim, respeitosamente, achei um título triplamente infeliz.

    Sds.

  3. O Irã , diante da pressão internacional , conta com o Brasil para , ao invés da Europa , ou Rússia , para enriquecimento do seu urânio.O Brasil poderá neste caso tirar proveito da mediação, e projetar-se no mercado de enriquecimento.

  4. Podemos estar entrando nessa de gaiatos e dançarmos feio. Dependo do resultado disso podemos dar adeus para sempre a uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Rússia, China e EUA quando decidirem será entre eles, quem tiver do outro lado do muro vai dançar. Acho a política brasileira para Venezuela e Irã burra, e pelo jeito, se não bater uma luz de inteligência no Itamarati, vamos perder muito prestigio internacional.

  5. Pelo jeito Ricardo,
    Você acha que ,com apoio ,ou sem apoio , eles iriam dar essa possibilidade ao Brasil?
    Então ficar dizendo amém é a soluçaõ.
    Prefiro dizer “ala al akbar”

  6. Não sei, mais acho que uma possibilidade de negociação real com Teerã, consistiria em que a questão seja deliberada e aprovada via Assembleia Geral, já que a segurança em questões nucleares interessa a todos e não só aos membros do Coselho de Segurança.
    Isto daria a legitimidade para o caso de uso de força, e também coro para os dirigentes islâmicos. Via Assembléia Geral um possível acordo seria facilitado.
    Os principais problemas seriam o tio Sam e a choradeira de Israel.
    Já que o atual governo decidiu ter uma postura mais “independente” em relação ao irmão do norte, seria uma bela molecagem da diplomacia brasileira, questionar a representatividade do CS, porém, dando adeus a tão sonhada cadeira do orgão.
    Apenas uma opinião…

  7. Em tempo…
    Será que nossa parceira estratégica França nos acompanharia nesta suposta molecagem diplomática, mesmo atacando a legitimidade de um orgão ao qual faz parte?

    Realmente, impagável o sorriso do sujeito.

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