A Neutralidade como princípio de Potência Econômica na aquisição dos caças para a FAB

http://brasil.business-opportunities.biz/wp-content/GLOBE.jpgO debate sobre a concorrência da compra dos caças para a FAB – Força Aérea Brasileira, pelo governo brasileiro, é um assunto extremamente polêmico e envolve uma série de questões, sejam políticas, econômicas e militares. Para que possamos compreender o alcance e as implicações da decisão a ser tomada pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva é preciso voltar um pouco no tempo e na história. Vamos relembrar a Guerra das Falklands/Malvinas que envolveu Argentina e Inglaterra. À época, ao manter dependência da França para suas aeronaves e mísseis, a Argentina perdeu a capacidade de combate, fator crucial que a fez perder a guerra.

Vale lembrar que no período anterior à guerra as forças armadas Argentinas utilizavam equipamentos franceses, americanos e ingleses. Os três países fornecedores das aeronaves eram membros da OTAN, que tem por conceito se ajudar em caso de guerra. Ao atacar território de um país membro, a Argentina passou a agredir na prática os países membros da OTAN, inclusive a Inglaterra, detentora da ilha, ficando vulnerável para adquirir armamentos para sobreviver a uma guerra prolongada, perdendo a possessão da ilha, o que agravou a péssima situação econômica do país, na qual já estava imerso.

No caso do Brasil, a concorrência para a compra dos FX-2 para nossa Força Aérea tem como participante dois países da OTAN, Estados Unidos e França, que oferecem produtos prontos, e não parceria no desenvolvimento de projeto, que beneficiaria o parque industrial nacional como é o caso da Suécia, o terceiro concorrente. De acordo resultados de recente audiência pública realizada no Congresso Nacional sabe-se que nem franceses nem os norte-americanos oferecem a propriedade intelectual compartilhada, apenas a sueca SAAB oferece esta oportunidade ao governo brasileiro.

Além disso, caso o Brasil entre em disputa com um país membro da OTAN, qual seria a conseqüência na produção e reposição de peças destas aeronaves para o país? Certamente poderíamos sucumbir como aconteceu com a Argentina diante do esgotamento de sua capacidade de combate. Um país, ao se tornar candidato à potência econômica, se torna concorrente de diversas Nações, disputando a conquista de acordos comerciais no mundo. Devemos lembrar que o Brasil teve difíceis disputas na OMC com os Estados Unidos, Canadá, etc. Fora o conflito com a França referente aos subsídios agrícolas, que impedem a entrada de produtos brasileiros na União Européia.

No meu entender, este é o momento de o Brasil tornar efetiva sua soberania, mantendo a tradição de ser uma nação não alinhada, país neutro e capacitado a reagir a qualquer ameaça a seu território, ao seu povo e ao seu desenvolvimento e crescimento econômico.

Vamos relembrar um fato importante para o país e que mostra quã grande é a dependência a que me refiro. Ao substituir o antigo porta-aviões Minas Gerais pelo São Paulo, a Marinha Brasileira criou mais um laço de dependência com a França, já que o aeródromo é de origem francesa, servindo a esta Marinha desde 1957 com o nome Foch. O mesmo foi substituído pelo moderníssimo porta-aviões nuclear Charles de Gaulle, nome do presidente Francês, dono de uma das frases mais agressivas contra o nosso país – “Le Brésil n’est pas um pays sérieux” (O Brasil não é um país sério) – mencionada no auge da crise política entre Brasil e França, nos anos 60. Além desta belonave, a Marinha dispõe de mísseis franceses e ingleses, fragatas de projetos inglês, submarinos de origem alemã e aeronaves construídas nos Estados Unidos.

Com a assinatura recente do contrato para a compra dos submarinos, fora o arsenal já existente de origem francesa, em caso de eventual retaliação seria um colapso na defesa nacional e desastre de proporções incalculáveis na vida da população brasileira. O Brasil é, pois, absolutamente dependente de países membros da OTAN. Situação que pode ser mudada agora, a depender da decisão do Presidente da República.

Fernando Arbache – Doutor em Inteligência de Mercado pelo ITA, docente das cadeiras de Logística e Administração de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Professor do Alto Comando da Marinha de Guerra Brasileira, nas cadeiras de Logística e Sistemas de Informação. Pesquisador do ITA, em Inteligência de Mercado e Simulação, e do CNPq. Além disso, é autor do livro Logística empresarial, da editora Petrobras, e Gestão de Logística, Distribuição e Trade Marketing, da Editora FGV.

Fonte: NOTIMP

22 Comentários

  1. Sugiro ao Autor, Doutor Fernando Arbache a leitura do artigo
    A parceria da Suécia com a OTAN
    http://www.nato.int/docu/review/2007/issue3/portuguese/history.html
    Apesar de acreditar ser desnecessário, uma vez que como especialista no assunto e parte integrante desta respeitada instituição cujo nome foi referenciado, certamente o conhece, porém ainda assim sugiro aos leitores do Plano Brasil por o achar relevante e um ponto de partida para as discussões.
    Cordiais Cumprimentos
    E.M.Pinto
    Editor do Blog Plano Brasil

  2. Como e E.M.Pinto já destacou, a Suécia também é comprometida com a OTAN.

    Se formos levar em conta o argumento do autor, a não dependência da OTAN. Então nossa melhor opção seria a dupla ( maravilhosa no meu entender) Su-35 BM + Pak Fá.

  3. Não tenho a pretenção de com este comentário esclarecer, mas, apenas espor meus questionamentos intimos, e na minha ótica, as questões geopoliticas ‘devem’ prevalecer sobre as questões tecnicas, em se tratando da compra dos caças da FAB.

    Uma parceria estratégica é como a parceria entre Estados Unidos e Reino Unido, ou entre Estados Unidos e Japão, que não é só militar, vai além.

    Mesmo com a aproximação militar entre Brasil e França, como fica o restante?

    Na OMC (Organização Mundial do Comércio), eles defendem subsídios agrícolas.

    A França é um dos países que mais tem pressionado o Irã, enquanto Lula se aproxima de Ahmadinejad.

    Como só existem três grandes fornecedores: Estados Unidos – França – Rússia, e há sérias reservas em relação à logística do equipamento russo mais o fato mencionado pelo Sr. MD no que diz respeito a objeção na transmissão de tecnologias, seria natural essa aproximação com a França, quanto aos Estados Unidos, não vou nem comentar por questões óbvias.

    Ha também a necessidade de se construir um mundo mais equilibrado e multipolar, e a França defende uma cadeira permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU.

    Eu concordo que os submarinos deveriam ser franceses, mas, tomada essa decisão, vamos buscar outros fornecedores.

    Uma coisa que eu aprendi, e é muito razoável, é que colocar todos os ovos em uma única cesta é muito arriscado.

    O Brasil se tornará militarmente – muito – dependente da França.

    Realmente não vejo isso com bons olhos, e não é por ser da frança esta dependência, não gostaria da mesma forma em relação a qualquer outra nação, não há sabedoria nisso.

    Exemplo recente e próximo, guerra das Malvinas, sem o embargo de armas da França creio que o desfecho teria sido outro para a Argentina, sem com isso querer dizer que a Argentina teria ganhado a guerra mas, também não descartando esta possibilidade, o fato é que teria sido difente e melhor do foi para a Argentina.

    A história sempre será um grande mestre, quem aprende a olhar para ela e a orientar-se por ela, viverá mais e com menos dissabores.

    É o que me angustia neste assunto: FX-2.

    Quero frizar: — Na minha ótica, as questões geopoliticas ‘devem’ prevalecer sobre as questões tecnicas.

  4. Essa dependência só acaba se é tão sómente se passarmos a produzir nossos armamentos, já tivemoss essa chance e nossos esclarecidos chefes faliram as industria q nos dariam esse suporte,a EMBRAER ja está madurea p criar uma plataforma genuínamente BRASUCA, pq ñ…td p sermos independente de fato.

  5. O interessante desta noticia é que ela novamente vem via NOTIMP, o que ganha a FAB em incentivar tudo isto? São várias e várias noticias postadas lá contra o FX-2 e nenhuma resposta oficial da FAB em seu site.

    Para mim, a FAB tem jogado contra e feito o um papel nojento.

    O Exército também consegue seguir com seus projetos, está ai o pedidos do Guarani e a compra dos helis, tanques, veiculos Agrale, novos desenhos do fuzil e o projeto COBRA.

  6. Longe de colocar em dúvida a formação histórica do dr. Fernando Arbache, é necessária duas fortes correções em seu texto de defesa (implícita) do Grifo:

    1) À época, ao manter dependência da França para suas aeronaves e mísseis, a Argentina perdeu a capacidade de combate, fator crucial que a fez perder a guerra.
    O doutor revela que pouco sabe do conflito. Primeiro pq muito material bélico foi comprado de outros fornecedores (a Inglaterra reclamou com o Brasil que aviões líbios carregados com material bélico estavam fazendo escala aqui). Segundo pq apesar do embargo, a Dassault manteve as visitas técnicas para a integração dos Excocet (Christopher Chant, Super Etendard; Super Profile, Somerset: Winchmore Publishing, 1983, páginas 48 e 49). Terceiro pq colocar esse embargo como sendo “fato crucial” da derrota argentina é uma simplicação atroz, já que são muitos os fatores da derrota dos hermanos.

    2) Charles De Gaulle, nome do presidente Francês, dono de uma das frases mais agressivas contra o nosso país – “Le Brésil n’est pas um pays sérieux” (O Brasil não é um país sério) – mencionada no auge da crise política entre Brasil e França, nos anos 60.
    Em primeiro lugar, foi uma refrega comercial e não uma “crise política”. É só procurar por “Guerra das Lagostas”. Em segundo lugar, a frase não é de De Gaulle e sim do embaixador Carlos Alves de Souza Filho, que a pronunciou dentro de um contexto que procurava afirmar que não somos rancorosos (Um embaixador em tempos de crise – 1979, Editora Francisco Alves, Rio de Janeiro, páginas 120-122)

    Pena que eu não tenha nada a dizer sobre o que está certo na argumentação do doutor … Talvez por eu, em minha obtusidade, não ter visto nada de muito certo ou muito intigador para um bom debate …

    abcs

  7. Ooooooooooooooops !!!

    Longe de colocar em dúvida a formação histórica do dr. Fernando Arbache, SÃO NECESSÁRIAS duas fortes correções em seu texto de defesa (implícita) do Grifo:

  8. Konner, sem dúvida que colocar todos os ovos em uma cesta é um problema…

    Mas olhando para a história vemos bons exemplos também de quem fez apostas parecidas, mas não se limitou a ser meramente um comprador, quem melhor para citar nisso do que:
    Israel
    Compraram e ainda compram equipamento americano em larga quantidade (dado o seu tamanho geográfico), mas não se limitaram somente em comprar, desenvolveram sua indústria para entender os produtos que recebiam e até mesmo para que fossem capaz de manter seus equipamentos com o mínimo de dependência externa.
    Os israelenses desenvolvem sistemas, podem não fazer o avião, mas o preenchimento interno, isso eles fazem e a dependência assim vai ao chão, já que fazer o avião em si é extremamente custoso e não vantajoso para eles.

    O programa F-X2, bem como o dos submarinos, prevê um indice de nacionalização alto para os produtos, ou seja, vamos ter relativa capacidade de nos sustentarmos durante eventuais conflitos.

    Não dá para sair do nada e criar alguma coisa, a capacidade da EMBRAER é em meu ver um tanto “super valorizada”, o que nos impede de desenvolver um caça nacional está muito além do financeiro, existem N barreiras tecnologicas que nos impedem e assim sendo nós somos hoje dependentes de EUA, França e outros, e continuaremos assim por um bom tempo, até passarmos a absorver e minimamente replicar tecnologia.

    Sobre o fornecimento do Gripen e “co-autoria” intelectual citada, eu questiono sobre duas peças chave do sistema:
    1 – MOTOR
    2 – RADAR
    Um é americano e outro é italiano, dois membros da OTAN e dois pontos em que a transferência de tecnologia não vai tocar (a SELEX abriu uma unidade no Brasil, mas eu duvido que frankstein AESA que está sendo criado para o Gripen terá tecnologia transferida para nós… O motor eu nem vou falar sobre)

    Posso parecer radical e peço desculpas se o for, mas o exemplo das Maldivas é muito pouco feliz, em meu ver claro. As razões são extremamente simples: O mundo era outro, outros tempos e as realidades completamente diferentes, em história nós podemos comparar situações quando existem pontos de semelhança mais fortes e profundos que meramente a depência de um ou outro fornecedor. O Vietnã era dependente de produtos soviéticos e teve equipamento ao longo de todo o conflito mesmo contra o todo poderoso Tio Sam!

    E por último, o De Gaulle é uma figura extremamente antipática para mim, mas… Meus avós estiveram envolvidos na vinda dele ao Brasil e só digo uma coisa:
    Colocar um cidadão de quase 1,90 metro de altura para dormir em uma cama com menos de 1,80 metro de comprimento, é pedir para não ser chamado de sério…

    Mas é esse que diz que não somos sérios é que apanhou em todas as guerras que participou e ainda sim senta na mesa “mandando no mundo”, então, temos ou não a aprender com essas figuras?

    Quem sabe até mesmo com os americanos, ainda temos muito o que aprender… Dependência de fornecimento não é o problema mais sério… e sim o problema de não sabermos manter este é o sério problema que estamos tentando corrigir e quem sabe aprender com a história e como Israel passarmos a fazer o certo para depender menos.

  9. Eu acho que o artigo, assim como muitos analistas que tem comentado o assunto, comete 3 erros graves, ainda que indiretamente:

    a) achar que a parceria do Brasil com a França implica em não haver disputas de interesses entre os dois Estados (como no caso da OMC, citada no texto) como se fosse um casamento em lua de mel (uma visão equivocada ao extremo, ao meu ver); ou ainda pior, que tudo se resolva de uma hora para outra e como num passe de mágica. Vale lembrar que a parceria existe (com o acordo assinado) há pouco mais de um ano e é pensada para mais de 20 anos (podendo ser renovado indefinidamente, caso os dois países assim concordem no futuro). Portanto, quem cobra soluções mágicas e em curto prazo ao meu ver está sendo irrealista, ou simplesmente está procurando argumentos (falsos) para desqualificar a parceria.

    b)Tratar a parceria como dependência. Um erro grave, pois a parceria visa capacitação do Brasil no campo industrial-tecnológico-militar. E a capacitação industrial-tecnológico-militar é justamente o caminho para a não-dependência do Brasil (seja lá de quem for).

    c)Manipular e distorcer a história. Tanto a história das relações entre França e Brasil, como a história internacional de um modo geral (isso vale tanto para a tal participação francesa nas Malvinas até para as questões já observadas acima pelos colegas, em relação a Otan etc.)

    A independência que queremos com a parceria com a França é muito simples e vou ser mais direto, para o caso de alguém ainda ter dúvidas: é uma independência relativa dos EUA o que se quer.

    O Brasil está no campo de influência direta dos EUA (América do Sul) e a maneira de equilibrar esse jogo, ou seja, ter um campo de possibilidade de desenvolvimento tecnológico que não seja abafado pelos EUA é somente aliando-se com uma potência européia como a França, que não é inimiga dos EUA (assim como o Brasil não é e nem tem motivos para ser), mas não se coloca como um país de alinhamento automático com a Casa Branca. A França cobra e bate de frente com os EUA quando acha necessário, pois tem peso político no mundo para fazer tal coisa (independência no caso da França não é nulidade e nem tão pouco uma neutralidade ao estilo Poncio Pilatos, que lava as mãos e não assume responsabilidade nenhuma perante o mundo). E isso não tem nada a ver com a OTAN, ao ao menos não se resume a isso.

    Além disso, a parceria do Brasil com a França, além de ampla e objeto de uma construção ainda, tende a ser dos mesmos moldes da parceria entre EUA e Israel, ou semelhante a parceria entre Russia e India, por exemplo. Trata-se de uma parceria estratégica que visa não apenas um comércio de material militar entre os países mas também uma relação de proximidade geopolítica. Ambos ganham com isso, tanto o Brasil como a França.

    abraços a todos

  10. Pessoalmente creio que “Colocar todos os ovos em uma única cesta” é realmente perigoso, no entanto não podemos comparar de forma alguma nossas compras militares oriundas da França com o caso da Argentina, são casos totalmente isolados.

    Por exemplo,compramos todos nossos equipamentos com a famosa Transferência de Tecnologia, o que teoricamente nos daria em questão de 1 ou 2 décadas condições de nos manter com as próprias pernas, ao contrário da Argentina que comprava dos equipamentos Franceses de prateleira, além do mais não podemos culpar os franceses pela derrota da Argentina pois como o próprio texto diz, os equipamentos dos nosso vizinhos tinham procedência AMERICANA e INGLESA , então não se pode culpar um único país.

    Temos um Acordo-Estratégico com os Franceses, o que nossos hermanos não tinham, o que nos credencia de certa forma a ter capacidade para a modificação destes equipamentos, pois com o código-fonte em mãos pode-se fazer ilimitadas modificações, o que os Argentinos também não tinham.

    Por fim,como disse anteriormente, “Colocar todos os ovos em uma única cesta” é perigoso,mas se a devida TT dos países do qual compramos armamentos,seja para a MB,FAB ou EB, for cumprida,e com um pouco de investimento em nossas instituições, acredito em pouco tempo conseguiremos idealizar, projetar e construir nossos próprios meios de defesa.

    Abraço.

  11. A lembrança do Exocet no caso das Malvinas já é quase um clichê, o qual o Athalyba já desmistificou muito bem, creio eu. Se for se falar de suposta colaboração, creio que o vizinho Chile já renderia muito mais histórias.

    De qualquer modo estamos comprando também helicópteros russos, pesquisando a compra de mísseis Terra-ar com chineses e russos e nossa força blindada tem um futuro italiano pela frente. Sem contar com as compras do alemão Leo1A5. Portanto creio que essa história do “perigo francês” soa algo exagerada.

  12. Sou grande entusiasta da parceria estratégica Brasil-França.

    Só que, em minha opinião temos de dar tempo ao tempo, antes de imaginarmos que vamos chegar a um nivel tal como a parceria entre Estados Unidos e Reino Unido, ou entre Estados Unidos e Japão, quiçá Estados Unidos e Israel.

    Até posso estar enganado mas, é só depois de ‘longo transcorrer de tempo’ que podemos provar o valor pratico de qualquer parceria estratégica entre nações.

    É fato que a França está sim grandemente comprometida com um grupo grade e poderoso de nações, sendo assim não arriscaria esta parceria estratégica estremamente importante para ela , muito mais que a jovem parceria estratégica com uma nação emergente, falo isso para induzir-vos ao real pragmatismo que rege a relação entre nações.

    Quanto a analogia sobre o ocorrido com a Argentina, tenho ciência das diferenças, mas até onde me informei, a França estava no transcorrer do cumprimento de um contrato de entrega de mísseis MBDA Exocet para a Argentina quando irronpeu o conflito.

    Num primero momento parou a entrega e, num segundo momento por pressão da Inglaterra sua aliada e de outros aliados em comum com a Inglaterra, abril os codigos fontes dos mísseis MBDA Exocet entregues a Argentina, curiosamente para os que duvidam de tal fato, os corajosos pilotos argentinos que até o momento logravam êxito na utilização deste artefato, não tiveram mais êxito com o restante dos Exocet que possuiam, quero salientar que este míssel estava desequilibrando a favor da Argentina, mas pode ser uma grande coincidência também.

    E, finalmente, não creio que ‘se’ o caça françês for preterido em favor de qualquer um dos outros dois, isto vá por fim de alguma forma a aliança estratégica Brasil-França.

    Sou a favor de um Brasil não alinhado, com multiplos parceiros em tecnologias e equipamentos militares.

    Também posso estar enganado mas, isto quer dizer auto suficiência em tecnologias e equipamentos militares.

    Saudações a todos.

  13. Bravo Hornet, bravo!

    Tudo o que tem saído nos últimos dias na imprensa é contra-informação. A imprensa brasileira não é séria.

    Lucas Urbanski
    Acrescento mais sobre o seu comentário. Se o Brasil repetir o erro de repassar diretamente a TT para a indústria sem desenvolvê-la também no âmbito das FA´s e faculdades, estaremos apenas jogando nosso dinheiro fora.

    T+.

  14. Hi all,

    I disagree with this article

    1)If Brazil wants to attack England, France, USA or any NATO country with US, swedish or french aircrafts… The result will be worst than what happened to argentina. But i’m quite confident it will never happens!

    2)I’m french and i really don’t care about what de Gaule said about Brazil 60 years ago. In France nobody remembers this sentence and Brazil is seen as a wonderfull country.

    3)Gripen and Rafale can’t be compared. Rafale is a far more capable plane and can compete with F-22 (according to US pilots) and PAK-FA… but yes it’s very exepensive plane.

    Cheers from Paris

  15. Já teriamos uma indúistria Bélica atuante se a mesma fosse alimentada com pedidos, vide o caso do astro III, ou do charuá..é temos + q comprar armas chinesas e Rússas, firmar parcerias com essas nações, p nosso crescimento e compreensão das mesmas, até pq eu ñ confio nos ianks, nossa história está aí p mostrar q os mesmos ñ são confiáveis .A embraer tem capacidade p criar uma plataforma de tupiniquim , um grande quadro de engnharia apta, capaz.Então , pq ñ tentar?

  16. Konner,
    Desculpe se fui um tanto agressivo.

    concordo inteiramente que precisamos de tempo e muito tempo para provar dos benefícios da parceira principalmente no que tange a tão sonhada transferência de tecnologia, porém temos de avaliar que essa transferência seria um problema dependendo da variedade de nossos fornecedores.

    Um exemplo é o simples boato de que os americanos teriam colocado um “pé atrás” com o Super Hornet devido a nosso estudo sobre a compra de sistemas anti-aéreos russos (isso que os sistemas anti-aéreos seriam compras de prateleira).

    Além disso temos que nos lembrar que nenhum dos concorrentes do F-X2 é um não alinhado e não estou falando devido ao texto postado pelo editor não. Em caso de conflito, se o Brasil não estiver de acordo com os interesses dos EUA/Otan nossa fonte vai secar de qualquer jeito. Até mesmo se os nossos fornecedores fossem os russos, ou alguém aqui tem dúvida que uma barreira monstruosa tanto área quanto naval iria se formar?

    Enfim, claro que a decisão do caça não irá destruir a aliança que está ainda sendo forjada, mas certamente ela pode ser um “algo à mais”.

    Eu sinceramente só acho que o argumento de eventuais embargos ou suspensão de fornecimento é exatamente o mesmo para TODOS os concorrentes, inclusive aqueles que não estão na atual short list, portanto isso não é válido para favorecer este ou aquele, e sim para criar mais confusão.

    O importante é sem sombra de dúvidas termos um contrato forte e extremamente bem escrito junto de uma política forte para dar o máximo de garantias (que jamais será o suficiente mesmo com todo o esforço) e permanecer fortalecendo nossa posição no mundo, quem sabe até entrando com uma cadeira definitiva no Conselho de Segurança (isso seria fator preponderante para sermos um dos “Intocáveis” do mundo).

    Ah… claro… e assim que esse contrato for assinado seja lá com quem for o cano de dinheiro terá que ser aberto para nossa indústria absorver até o suor que os técnicos gringos deixarem pingar em nosso solo.

  17. Carcará,

    Meu caro, não há do que se desculpar.
    Falas com propriedade e grande razoabilidade.

    Obs: Desculpe, estou enviando o comentário novamente porém, com o ‘nik’ correto.

  18. ..é isso aí, um bom contrato, com itens bem claros, p ñ pairar dúvidas..É com pesadas multas p o ñ comprimentos dos mesmos…É esperar pelos frutos desse acordo. Quem viver verá.

  19. O ITA deveria impugnar e abominar as declarações deste débil mental. Pois ele NÃO pode manchar o nome do “orgulho” da minha nação para dar declarações tão imbecis.

    E gostaria de saber, já que ele é “Professor do Alto Comando da Marinha de Guerra Brasileira” se ele sabe alguma coisa da exclusão dos caças Sukhoi SU-35BM e a Exclusão do Bra”z”il do PAK-FA T-50??

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