Unasul aprova criação de fundo de US$ 100 mil para o Haiti

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Agência ANSA

QUITO – A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) aprovou, ao término de uma reunião realizada hoje em Quito, no Equador, a constituição de um fundo de US$ 100 milhões destinado a custear a reconstrução do Haiti, país atingido por um forte terremoto no dia 12 de janeiro.

Em uma declaração de 12 pontos, o bloco também se comprometeu a enviar barracas para atender às milhares de pessoas que ficaram desabrigadas. O abalo sísmico, que alcançou 7 graus na escala Richter, causou mais de 200 mil mortes e afetou milhões de haitianos.

O encontro de hoje, de caráter extraordinário, foi convocado pelo presidente do Equador, Rafael Correa, que atualmente encabeça a Unasul, e contou com a presença do mandatário haitiano, René Preval, que assistiu às discussões como convidado.

No documento conjunto, os países sul-americanos também abordam a hipótese de cancelar as dívidas do Haiti, nação mais pobre do Hemisfério Ocidental, e apoiam a sugestão de pedir, junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a abertura de uma linha de crédito de US$ 200 milhões.

O empréstimo teria um prazo de pagamento de entre 15 e 20 anos e uma taxa de juros mínima. A garantia seria dada pela Unasul.

Também foi acordado trabalhar pela recuperação do setor agrícola do país centro-americano, o que incluirá políticas de reflorestamento e a doação de sementes e insumos.

Ao fazer sua exposição, o presidente do Haiti, René Preval, chamou a atenção para a necessidade de “remodelar” o país mediante o investimento nas áreas rurais. O objetivo, segundo ele, seria reduzir a dependência da capital Porto Príncipe.

A declaração da Unasul, aprovada por unanimidade, prevê ainda incrementar as ações dos 12 países-membros do bloco em matéria de saúde, mas sempre sob a supervisão do governo haitiano.

Quanto à reconstrução da infraestrutura, a entidade determinou a instalação de albergues destinados a receber as milhares de pessoas desabrigadas e a doação de máquinas ao governo.

Sobre as políticas de reflorestamento, a Unasul ressaltou a importância de estimular a diversificação de fontes e o uso de energias renováveis para que o Haiti não fique refém do consumo da madeira, o que levou à quase extinção da vegetação no país.

A educação também foi contemplada, com a construção de novas escolas. Os edifícios serão dotados de tecnologias anti-sísmicas.

Os países da Unasul também definiram a articulação do envio de ajudas ao Haiti por via marítima e a formação de uma brigada de solidariedade para atuar em seu território.

Fonte: CCOMSEX

1 Comentário

  1. É uma grande decisão da UNASUL e demonstra os benefícios da colaboração conjunta entre os países sul-americanos!

    Para mim, a melhor estratégia de defesa do Brasil, é a busca pelo fortalecimento econômico e a expansão do MercoSul e da UNASUL para toda a America do Sul e África do Sul!

    A estabilidade econômica promove melhorias nas condições sociais do povo e emfraquece os movimentos populistas e de “revolta/revolução” que causam instabilidade e promovem alianças comprometedoras tanto como para o Brasil como para outras nações do continente.

    Aliado ao plano de defesa comum, a estabilidade possibilita o financiamento de programas de desenvolvimento tecnológico para a composição dos sistemas defesa.

    Ao plano de defesa comum, creio ser necessário uma agência homologadora de compra de materiais de defesa, controlada por representações civis e militares de cada nação membro da Unasul, por tanto, promovendo a uniformização e integração dos materiais de defesa dentro da aplicação de cada nação a estratégia de defesa comum do continente.

    Entre outros plano… mas fica para outro momento!

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