Sobre Angra 3 e o programa nuclear brasileiro

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Odair Dias Gonçalves, Laércio Vinhas e Alexandre Gromann

MEMBROS DA COMISSÃO NACIONAL DE ENERGIA NUCLEAR (CNEN)

Diferentemente do que foi afirmado, o pedido de licença de Angra3,apesardeoreatorter sido projetado há mais de 30 anos, incorpora modernos itens de segurança atualizados com base na experiência operacional de mais de 200 reatores do mesmo tipo em operação no mundo, tendo de cumprir rigorosamente os requisitos de segurança previstos em norma, não podendo ser diferente, pois caso contrário não obteria as licenças necessárias.

Levantar a possibilidade de uma repetição do acidente de Chernobyl, fato tecnicamente impossível em relação ao tipo de reator usado no Brasil, é irresponsável e alarmista.http://veja.abril.com.br/280404/imagens/energia2.jpg

Quanto ao trabalho da Cnen no licenciamento da usina, este compete em verificar a conformidade do pro jeto com as normas de segurança, não cabendo avaliações subjetivas. O único envolvimento da Cnen com o projeto de Angra 3 é o processo de licenciamento, que tem como principal foco as questões de segurança, não prohavendo portanto qualquer conflito de interesse.

As diferentes funções exercidas pela Cnen, na pesquisa e desenvolvimento e regulação do setor, em outras áreas das ciências nucleares, que não a geração de energia elétrica, é comum em países com programas nucleares emergentes, como vinha sendo o caso brasileiro.

A proposta de criação da Agência Reguladora Nuclear, nos mesmos moldes das outras agências reguladoras brasileiras, surge exatamente no momento em que o governo federal decide incrementar o Programa Nuclear Brasileiro. O projeto de criação da agência foi submetido e aguarda manifestação dos ministérios envolvidos no Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro (CDPNB). Depois disso será encaminhado à Casa Civil que, caso concorde com o mesmo, o encaminhará ao Congresso, cumprindo assim com os trâmites democráticos.

Odair Dias Gonçalves é presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); Laércio Vinhas é diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear; e Alexandre Gromann é coordenador-geral de Reatores Nucleares da Cnen.

Fonte: CCOMSEX

2 Comentários

  1. Já estamos bem atrasados p a instalação desta usina , deveriam ser + umas cinco, pois daqui à uns anos estaremos com um poderoso parque industrial necessitando de + energia, é temos de explorar a energia eólica é solar em larga escala .

  2. É esta usina já era para ter saído do papel a alguns anos, no entanto sua construção ainda nem foi reiniciada, temos que acelerar projetos no setor energético do país, para pomermos ter uma produção que não comprometa a indústria, maior consumidora de energia no país, não podemos deixar uma barbeiragem destas, de paralisar obras para a infraestrutura do país paradas, pois elas afetam diretamente no desenvolvimento do mesmo.

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