Washington, 7 fev (EFE).- A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, assegurou hoje que a ameaça representada pela rede terrorista Al Qaeda é maior atualmente que a do programa nuclear do Irã.
Em declarações ao programa “State of the Union”, da rede “CNN”, Hillary declarou que “evidentemente, um país como o Irã ou a Coreia do Norte com armas nucleares representam tanto uma ameaça potencial como real”, mas Teerã por enquanto ainda não conta com armas atômicas.
“A maioria de nós acredita que as maiores ameaças provêm das redes transnacionais não-vinculadas a um Estado”, indicou a secretária de Estado, em referência à Al Qaeda. Para Hillary, a rede “perdeu poder” no Afeganistão e no Paquistão, mas está se tornando “mais criativa, mais flexível e mais ágil”.
“Ela é um grupo de terroristas muito comprometidos com sua causa, preparados e perigosos, que sempre buscam oportunidades e oportunidades para atacar. Por isso, temos que permanecer alerta”, afirmou.
A secretária disse que “nosso pior pesadelo” é que membros destes grupos possam utilizar armas de destruição em massa.
Hillary concedeu a entrevista antes que o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, desse a ordem a técnicos iranianos de enriquecerem urânio em um grau maior, a 20%, atitude que representa um novo passo no programa nuclear do Irã.
Os Estados Unidos exigiram ao Irã que responda a uma oferta para refinar no exterior o urânio necessário para operar uma fábrica de medicamentos. Caso contrário, os EUA ameaçam a imposição de sanções mais duras.
A secretária de Estado defendeu a política de sua Administração para o Irã em tentar o diálogo. Ela assegurou que, embora Teerã não tenha respondido à proposta, mostrou resultados até agora.
Segundo ela, a falta de resposta do Irã fez com que outros países como a Rússia comecem a ver Teerã do mesmo ponto de vista que os Estados Unidos. EFE mv/sa