Países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) planejam reorganizar, e não aumentar a quantidade de tropas que mantêm no Afeganistão. No lugar de soldados para o combate, é preparado o envio de instrutores militares para treinar as forças de segurança afegãs. A informação é de autoridades dos Estados Unidos e da Otan.
A decisão de alguns membros da Otan de aumentar a proporção de instrutores nos seus efetivos militares no Afeganistão mostra a dificuldade que os Estados Unidos e a Otan enfrentam para convencer os países a se comprometer com novas forças de combate no território afegão.
Uma autoridade dos EUA havia dito antes de uma reunião da Otan em Istambul nesta semana que o secretário de Defesa americano, Robert Gates, pediria dos aliados mais do que 4 mil instrutores. Mesmo assim, representantes da Otan afirmaram que a França foi o único país a aceitar um novo compromisso nessa reunião da Otan, que terminou na sexta-feira. Os franceses ofereceram apenas 80 instrutores.
No entanto, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, se disse confiante que o fosso entre o que é preciso e o que há disponível será superado. Uma conferência em 23 de fevereiro se concentrará nisso.
“Já tive respostas positivas de aliados e parceiros sobre os nossos pedidos para mais equipes de treinamento. Virão mais de outros países,” disse ele, em entrevista durante uma conferência de segurança em Munique, na Alemanha.
O secretário Rasmussen afirmou também que fazia sentido o uso dos recursos existentes para treinar os afegãos. “Já podemos começar neste ano o processo de transferir responsabilidades para os afegãos.” “Faz sentido usar os nossos recursos para equipar as missões de treinamento,” afirmou ele.
“Acho natural assegurarmos que a composição das tropas que são enviadas para a missão no Afeganistão reflita essa estratégia.” Há hoje 120 mil soldados estrangeiros no Afeganistão, um número que aumentará nos próximos meses, quando chegarem as novas tropas dos EUA e da Otan.
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