EFE — Munique Alemanha – O vice-chanceler alemão e ministro de Exteriores, Guido Westerwelle, propôs hoje a criação “a longo prazo” de um Exército europeu, durante a Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha.
O chefe da diplomacia alemã considerou a cooperação como base para a segurança na União Europeia (UE) durante seu discurso no debate sobre o futuro da segurança europeia.
“A meta a longo prazo é a criação de um Exército da UE sob absoluto controle parlamentar”, disse Westerwelle perante os 300 estadistas e especialistas em segurança e defesa reunidos em Munique.
O titular de Exteriores alemão ressaltou que “a União Europeia deve fazer jus a seu papel político como ator global. Deve tratar das crises independentemente e deve poder atuar rapidamente, flexível e unida”.
“Para isso e em tempos de recursos cada vez mais escassos, a UE deve unir suas forças, determinar prioridades e repartir responsabilidades”, afirmou Westerwelle. Para o vice-chanceler alemão, “o projeto da UE de uma política comum de segurança e defesa será um motor para que o bloco cresça unido”.
Além disso, ele comentou em seu discurso que uma forte gestão das crises por parte da UE não representará “a substituição de outras estruturas de segurança”. Para ele, o continente não é uma ameaça a ninguém e, portanto, “ninguém deve temer a Europa”.
“A política de segurança e defesa comum será a resposta europeia à globalização”, acrescentou.
Sugestão: Konner
Fonte: UOL
Creio que este tipo de Exército torna-se inviável, visto que nem todos os países que compõem a UE tem a mesma ideologia geopolítica, por este simples motivo torna-se difícil a criação de uma única organização que seja comandada por vários países com ideais diferentes.
Abraço.
Sou de acordo Lucas, mas, tem sempre o mas, seria assim ou seria voltar a combater entre eles!!
So os próximos passos dirão o que será da U.E. na parte militar.
Mas concordo contigo, a ideologia é muito importante para um exército.
A algum tempo atrás eu disse a um amigo , o Clavis , q a UE é o embrião de um novo país , é q portugal e seu estado..só falto as FAs…vai viar um realidade , questão de tempo.Quem viverr verá.
Acho que é o rumo natural das coisas. A escalada de preços dos equipamentos militares vai chegar a um ponto em que poucos terão foraças armadas. Daria para citar vários exemplos que não conseguiriam com o tempo manter forças, Uruguai, Paraguai, Suriname, Letonia, Lituania, e uma hora dessa esses paises terao que ser defendido por outros.
No tocante as forças armadas comuns, o dinheiro é o argumento principal: os defensores da idéia consideram um monstruoso desperdício de recursos manter forças militares diferentes com arsenais e conjuntos de equipamentos distintos.
Na Europa o efeito cumulativo de investimentos é enfraquecido pela duplicação de tarefas nas diferentes tropas nacionais. Ao mesmo tempo, as modernas ameaças à segurança extrapolam, em geral, as capacidades das forças militares de um único país.
Terrorismo internacional, proliferação de armas de destruição em massa e conflitos regionais fora das fronteiras: são, todos, perigos que só se podem enfrentar juntos.
A Alemanha vê a França como parceiro essencial, dentro deste processo. Prova disto seria a brigada franco-alemã que existe desde o início da década de 1990.
Já em 2007, a chanceler declarara em entrevista ao jornal popular Bild: “Dentro da própria UE, teremos que nos mover na direção de estabelecer uma força militar comum européia”.
Tal concepção encontra eco junto ao presidente francês, Nicolas Sarkozy, e outros líderes e políticos de peso do bloco.
Embora as forças armadas da UE sejam uma meta perseguida de forma conseqüente pela política, para muitos europeus é desconfortante a perspectiva de abrir mão do próprio poder militar.
O tratado de reforma da UE prevê que cada membro cooperará em “tomar medidas concretas para reforçar a disponibilidade, interoperabilidade, flexibilidade e mobilidade de suas forças”.
Segundo Henning Riecke, que foi diretor do programa de política européia de segurança junto à Sociedade Alemã de Política Externa (DGAP), caso o tema seja tratado como um projeto delimitado, culminando num comando europeu fora da soberania nacional, será grande a resistência.
Por outro lado, se for apresentada como um processo de lenta integração militar, com a criação de novas instituições voltadas ao crescimento orgânico em direção a uma força armada comum, a iniciativa será mais bem recebida.
Os cabeças da UE e os maiores Estados europeus também vêem desta forma a questão, e preferem não alardear demais o tema, enquanto trabalham silenciosamente em prol dele.
Durante anos, muitos consideraram o euro como um sonho; as discussões foram longas e marcadas por ceticismo.
Hoje, a moeda única é uma realidade.