Espanha pede que países mediterrâneos não sejam esquecidos

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Munique (Alemanha), 6 fev (EFE).- O ministro de Assuntos Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos, fez hoje um apelo à comunidade internacional para não se esquecer em matéria de segurança e defesa da região sul do continente europeu.


“Não devemos perder de vista essa região” nem esquecer o continente africano, apesar da existência de outros temas relevantes como a proliferação nuclear, o terrorismo ou a provisão de recursos, disse Moratinos na Conferência de Segurança de Munique.


A Al Qaeda não atua só no Afeganistão, Paquistão ou Iêmen, mas sua presença é cada vez mais preocupante nos países do norte da África, continente “ao qual não prestamos atenção suficiente”, afirmou o chanceler da Espanha, país que assume a Presidência rotativa da União Europeia (UE).


Após comentar sua preocupação com os frequentes sequestros de cidadãos europeus em países como Mali, Moratinos reiterou que os problemas da segurança europeia não se limitam ao leste do continente ou a países mais afastados como o Afeganistão.


Além disso, o chanceler espanhol se referiu ao conflito do Oriente Médio, sobre o qual lamentou “a falta de progressos” para resolver a disputa entre Israel e os palestinos. O conflito entre Israel e o povo palestino “estará entre as prioridades de nossa agenda”.


“Necessitamos uma União Europeia mais forte”, assinalou Moratinos. Segundo ele, o Tratado de Lisboa que acaba de entrar em vigor “nos permitirá falar com uma só voz e ter uma política externa unificada”.


Moratinos pediu uma reforma da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ele mostrou convicção de que a cúpula da entidade em Lisboa será decisiva para levar adiante as novas mudanças.


Miguel Ángel Moratinos destacou a importância de desenvolver também novas relações com a Rússia. No entanto, o chanceler insistiu que as propostas de Moscou para a nova arquitetura de segurança europeia devem ser tratadas no seio da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE). EFE.

Sugestão: Gérsio Mutti

Fonte: G1