Sanções dificultariam solução diplomática com o Irã, diz China

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Asiáticos defendem mais negociações diretas com República Islâmica e não se mostra a favor de restrições.

PARIS – As discussões entre as potências mundiais sobre a imposição de sanções ao Irã podem complicar as relações diplomáticas entre os países envolvidos e podem eventualmente dificultar o consenso por uma solução, disse nesta quinta-feira, 4, o ministro de Exteriores da China, Yang Jiechi.

Durante sua visita à França, onde se encontrará com o presidente Nicolas Sarkozy pela tarde, o chanceler chinês disse que queria ver mais negociações diretas entre o Irã e a comunidade internacional sobre o controvertido programa nuclear da nação islâmica.

As potências ocidentais estão pressionando pela imposição de um quarto pacote de sanções da ONU contra o Irã para que o país volte a negociar sobre seu programa de enriquecimento de urânio. A China, porém, uma das maiores importadoras do petróleo iraniano, não se mostra a favor das novas restrições, o que pode dificultar as tomadas de decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Falar sobre sanções neste momento complicará a situação e poderá ser um obstáculo para chegarmos a uma solução diplomática”, disse Yang. “A China apoia o tratado de não-proliferação nuclear. Todos os países têm o direito de usar energia nuclear de forma pacífica, inclusive o Irã, se obedecerem as normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)”, completou o chinês.

O Ocidente teme que o Irã queira produzir armas nucleares, mas Teerã nega as acusações e alega que se programa nuclear tem fins puramente pacíficos. O governo islâmico, porém, restringe as inspeções da AIEA em suas usinas de enriquecimento de urânio.

O grupo que negocia com o Irã – EUA, China, Rússia, Reino Unido, França e Alemanha – está tentando engajar o país islâmico na mesa de negociações sobre seu projeto nuclear há anos, mas diplomatas afirmam que, virtualmente, nenhum progresso foi feito.

Sugestão: Gérsio Mutti,

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Fonte: Estadão

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