O Pentágono vai congelar uma soma de US$ 614 milhões que deveria entregar ao construtor aeronáutico Lockheed Martin por causa de problemas e atrasos no programa de compra de caças F-35, anunciou nesta segunda-feira o secretário da Defesa, Robert Gates.
“O progresso e a evolução dos F-35 nos dois últimos anos não cumpriram as expectativas”, explicou. O F35 é um caça construído pela Lockheed Martin para substituir os F16.
Sugestão: Gérsio Mutti
Mais sobre a polêmica do JSF
WASHINGTON (AFP) – Segundo afirmou nesta segunda feira dia 1 de Janeiro, o secretário de Defesa, Robert Gates, o Pentágono irá reter US$ 614 mi de dólares de pagamentos à Lockheed Martin pelos aumentos abusivos de custos e atrasos no programa do caça 5G F-35.
Segundo Gates “O progresso eo desempenho do F-35 ao longo dos últimos dois anos foi aquém do que deveria ser, um conjunto de objectivos-chave e critérios não foram cumpridos.”
Gates disse que ele tomou a decisão porque ” o contribuinte não deve ser penalizado e responsabilizado a custear a recolocação do programa JSF (Joint Strike Fighter) de volta nos trilhos“.
A medida foi tomada com o acordo do contratante principal, a Lockheed Martin, disse ele em uma coletiva de imprensa enquanto apresentava o orçamento de defesa do Pentágono.
Gates disse que o Departamento de Defesa também teve uma fração de culpa nos “problemas de performance e desempenho” uma vez que se encarregou de avaliar o programa Joint Strike Fighter, instalando um escritório do Pentágono para inspecionar o programa.
O F-35 é o mais caro programa de armas no orçamento do Pentágono vastas US$ 708 bi, e os contratantes atraso bem como elevação de custos tem se repetido e agravado a situação.
Gates, que não hesitou em demitir um número de oficiais superiores e funcionários durante seu mandato como secretário de Defesa desde 2006, disse que a medida era parte de seu esforço para definir “quando as coisas correrem mal, as pessoas serão responsabilizadas“.
Apesar dos problemas recentes, o programa F-35 foi “reestruturado” e a aeronave estava no caminho certo “para se tornar a espinha dorsal da Força Aérea dos EUA “, disse Gates na entrevista coletiva.
O orçamento de defesa de 2011 anunciado nesta segunda feira estipulava uma robusta parcela para o programa F-35 Joint Strike Fighter, algo como US$ 10.7 bi para 42 aeronaves.
Gates, também advertiu que ele recomendaria ao presidente Barack Obama vetar qualquer tentativa do Congresso de financiar um motor alternativo para o F-35, bem como para complementar a frota de aviões cargueiros C-17 aviões.
Quaisquer benefícios para a construção de um motor alternativo para o F-35 seria “compensado pelo excesso de custos, complexidade e riscos associados“, disse ele.
Quanto à aeronave C-17, ele disse que os estudos mostraram que “a Força Aérea já tem mais aviões do que precisa.“
Ele disse que estava ciente da pressão política no Congresso para financiar a C-17 e do segundo motor para o F-35, mas acrescentou: “Deixe-me ser bem claro: eu recomendo fortemente ao presidente que vetetodas e quaisquer legislações que sustentem a continuação desnecessária destes dois programas. “
Sugestão e colaboração: Hornet
Nota do Blog.
Todos sabem que programas militares deste nível de complexidade acarretam riscos e atrasos bem como elevações de custos, porém o programa JSF tem batido os Records, e parece não ter fim, ou melhor se continuar assim terá um fim em breve.
Curioso é que a mídia é bastante complacente com isto, ao contrário de outros programas de outras nações, que são taxados de atrasados e cujas demoras são motivo de piada.
Creio que as soluções serão tomadas e os problemas resolvidos, mas isto mostra para quem gosta de atacar e menospresar sem saber do que fala, que projetar e desenvolver um caça de 5ª geração não é coisa para qualquer um.
Aliás diga-se de passagem apenas dois países possuem esta capaciade um deles mais adiantado e outro no coaminho certo, o resto corre atrás do trem…
Até quem tem know how, copetência e experiência comprovadas sofre com isto, e para reforçar, apenas dois países no mundo tem esta capacidade.
Ao meu ver a complexidade do programa JSF é tal que o inviabiliza no seu orçamento, não sou especialista, mas vejo que querem demais deste avião.
Ele foi concebido para cumprir demasiadas funções, com demasiada agregação de sistemas complexos e inovadores, de forma que a Lockheed teve que prometer mundos e fundos, só que o cobertor é curto o problema agora é de fundos…
Há quem defenda o JSF por aqui nos céus brasileiros, mas a este custo nem os EUA o vão querer, paguem para ver, literalmente…
E.M.Pinto
Leia mais sobre
12 Comments