Forças estrangeiras devem sair do Afeganistão no final do ano

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AFP  —  O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, conquistou nesta quinta-feira (28), na Conferência de Londres, o respaldo político e econômico da comunidade internacional a seu plano de reconciliação com os talebans moderados – uma proposta que marcará uma nova fase em direção à soberania do país centro-asiático.

Os 70 países e organizações participantes “acolheram com agrado” o plano de Karzai de “oferecer um lugar honrável na sociedade a quem estiver disposto a renunciar à violência”, segundo a declaração final do presidente afegão, e prometeram mais de R$ 261 milhões (US$ 140 milhões) para financiar o primeiro ano.

A comunidade internacional espera que este plano de reconciliação contribua para estabilizar o país, o que organizaria o caminho para uma retirada das forças estrangeiras mais de oito anos depois do início da intervenção.

Neste sentido, foi decidido que as forças afegãs assumirão as responsabilidades da segurança o mais rapidamente possível e, em algumas províncias, possivelmente no final de 2010 ou início de 2011.

Para apoiar seu plano, que busca reinserir os talebans moderados que abandonarem suas armas, Karzai anunciou aos participantes reunidos na Lancaster House a criação de um conselho nacional pela paz, reconciliação e reintegração.

Karzai declarou:

– Teremos que chegar a todos os nossos compatriotas, especialmente nossos irmãos desacreditados que não são parte da Al-Qaeda ou outra rede terrorista.

Karzai espera a colaboração do rei Abdullah da Arábia Saudita, de seus vizinhos – principalmente do Paquistão – e da comunidade internacional.

Os participantes se comprometeram a criar um Fundo de Paz e Reintegração para financiar este plano, cujo custo está estimado em R$ 933 milhões (US$ 500 milhões).

O ministro britânico de Relações Exteriores, David Miliband, disse:

– Apenas nesta quinta-feira houve a promessa de mais de US$ 140 milhões para o primeiro ano do programa de reinserção e estamos comprometidos para que aconteçam.

O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, saudou esta reunião como o “início do processo de transição”, mas insistiu que isso “não marcará o fim do apoio ao Afeganistão”.

Sugestão e colaboração : Konner

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Fonte: R7

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