BRASÍLIA – O governo federal anunciou nesta quinta-feira que deve emitir medida provisória que libera R$ 375 milhões para os Ministérios da Saúde, Defesa e Relações Exteriores ajudarem o Haiti, país devastado por um terremoto de magnitude 7,0 no dia 12. Segundo o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, a Defesa receberá R$ 205 milhões, a Saúde R$ 135 milhões e o Itamaraty outros R$ 35 milhões.
Na verba destinada ao Ministério das Relações Exteriores, está incluída a doação de US$ 15 milhões prometida pelo governo brasileiro ao Haiti, logo após o terremoto que deixou em ruínas a capital haitiana, Porto Príncipe.
O montante destinado ao Ministério da Defesa será usado nas operações militares brasileiras no Haiti. O Brasil lidera as tropas militares da missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no país caribenho, a Minustah.
Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse em entrevista à Reuters que o governo pedirá ao Congresso que aprove o envio de mais 1.300 militares ao Haiti. Inicialmente, o Brasil pretende enviar 900 militares adicionais à Minustah.
Já os recursos que devem ser destinados pela medida provisória ao Ministério da Saúde serão usados na construção de dez unidades de pronto atendimento (UPAs) no Haiti.
Entre os mortos estão 22 brasileiros, sendo 18 militares que serviam na Minustah.
Também morreram o diplomata Luiz Carlos da Costa, segundo civil na hierarquia da missão de paz; a fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns; o tenente Cleiton Batista Neiva, de 33 anos, da Polícia Militar de Brasília; e uma civil não identificada a pedido da família. A menina era adotada por uma família europeia e possuía dupla cidadania.
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