A segunda aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou agora há pouco, às 16h20, da Base Aérea de Brasília, para Porto Príncipe, capital do Haiti, com 17 toneladas entre remédios, água e equipamentos médicos e de busca e salvamento.
O boeing 707 KC 137, do segundo esquadrão do segundo grupo de transporte (2º/2º), da Base Aérea do Galeão, levará a bordo 30 bombeiros do Rio de Janeiro, 21 bombeiros do Distrito Federal, 4 cães farejadores.
Além disso, segue também uma equipe médica da FAB composta por dois médicos e três enfermeiros do Hospital de Aeronáutica de Brasília (HFAB) e um médico do segundo esquadrão do segundo grupo de transporte. Os profissionais de saúde da FAB, especializados em UTI Aérea, serão responsáveis pelo atendimento médico a bordo de 12 militares feridos que devem regressar ao Brasil .
Ministro da Defesa elogia atuação da FAB no Haiti
O Ministro da Defesa Nelson Jobim elogiou a atuação da Força Aérea Brasileira na ajuda às vítimas do terremoto no Haiti. Ao desembarcar na Base Aérea de Brasília na madrugada de hoje, ele destacou o papel da FAB ao disponibilizar aeronaves para transporte de suprimentos e pessoas. Também ressaltou o impacto positivo que o Hospital de Campanha (HCAMP) vai gerar em Porto Príncipe, proporcionando atendimento médico à população.
“A atuação da FAB tem sido extraordinária. Vamos instalar o Hospital de Campanha no Campo Charle. Ele pode ser montado em até quatro a seis horas. Por meio dele, vamos ter condições de avaliar a necessidade de enviar um módulo hospitalar da Marinha”. Ele descreveu também uma situação dramática, na qual sete mil pessoas já foram sepultadas e um inúmero ainda não contabilizado de corpos continua preso entre escombros de edificações. De acordo com Jobim em vários locais ainda não é possível remover o cadáveres em função do risco de desmoronamentos, já que a região ainda está muito instável e não se pode conduzir instrumentos e maquinários pesados.
Outra preocupação é com a alimentação da população local. “O problema básico é que não se resolve enviar alimentos que dependam de cocção, ou seja, arroz, feijão que se tenha que cozinha. Tem que ser alimentos que se possa comer de imediato, enlatados, um chocolate, um biscoito, um pão”, lembra o ministro. Jobim ressalta, ainda, que há milhares de pessoas estão morando nas ruas porque suas casas foram comprometidas ou porque têm medo de voltar e elas desabem.