Chamo a atenção para a seção em destaque na matéria do IG, último segundo postada à pouco.
Poderemos ter novidades e se confirmadas estas prioridades, supor que, em algumas semanas muitos brasileiros estarão tristes e desapontados, claro, aqueles que pregaram e torceram pelo fim do programa FX-2.
E.M.Pinto
Durou cerca de duas horas e meia a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o grupo de coordenação política, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória do governo federal. Na saída, ninguém falou com a imprensa.
Participaram da reunião, Dilma Rousseff (ministra da Casa Civil), Luis Dulci (Secretaria Geral), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Nelson Machado (interino da Fazenda), além do vice-presidente José Alencar.
Lista de desafios
O presidente retornou nesta segunda-feira ao trabalho após 11 dias de descanso, com a tarefa discutir uma série de assuntos polêmicos. A lista de problemas que Lula tem para resolver vai desde a decisão sobre a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti até as definições sobre a compra dos caças, eventuais alterações Programa Nacional de Direitos Humanos e ainda liberação de recursos para os municípios atingidos pelas chuvas.
Em meio a tantos problemas, assessores de Lula afirmam que ele definiu prioridades. A primeira é liberar dinheiro para as vítimas das chuvas. Em seguida o presidente deve resolver os impasses envolvendo o Programa Nacional de Direitos Humanos e a compra de 36 caças para a renovação da frota aérea nacional do programa FX-2.
As divergências sobre rever pontos do Programa Nacional de Direitos Humanos, abrindo a possibilidade de punição a ex-torturadores, provocou a ameaça de renúncia coletiva do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dos comandantes militares. Eles resistem às mudanças defendidas pelos ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi.
Há controvérsia em torno da compra dos caças, uma vez que Lula seria simpatizante dos aviões franceses, enquanto os militares defenderiam os suecos. O relatório sobre as propostas foi concluído pelo Comando da Aeronáutica.
O governo decidirá por uma das três concorrentes – a sueca Saab, fabricante do modelo Gripen NG; a norte-americana Boeing, responsável pelo caça F-18 Super Hornet e o consórcio Rafale International, liderado pela francesa Dassault. O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, avisou que a decisão final será política e não apenas técnica. Lula decidirá sobre a compra dos aviões-caça em parceria com Jobim.
Até quarta-feira, Lula vai conversar com os governadores dos Estados atingidos pelas chuvas. No dia 13, tem reunião agendada com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB).
A ideia de Lula é liberar mais recursos para a Baixada Fluminense e a região de Angra dos Reis, no Rio. De férias, o presidente conversou com Cabral e a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB). Por sua determinação, foi acelerado o apoio do Ministério da Integração Nacional aos dois estados.
Também nos próximos dias, Lula deve decidir sobre a extradição de Battisti. Antes de voltar a Brasília, o presidente disse que aguardava o envio dos autos do processo pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-ativista teve a extradição aprovada pelo Supremo, mas cabe ao presidente a palavra final. O italiano é acusado de quatro homicídios, na década 70, quando participava do grupo Proletários Armados pelo Comunismo. Ele nega participação nos crimes.
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