Atentado mata cientista nuclear em Teerã

TEERÃ – Um professor universitário iraniano, especialista em energia nuclear, morreu nesta terça-feira com a explosão de uma bomba em frente a seu domicílio no norte de Teerã, informou a televisão estatal por satélite “PressTV” em seu site.

O docente, identificado como Massoud Mohammadi e professor na Universidade de Teerã, foi vítima de um atentado com uma motocicleta bomba acionada aparentemente por controle à distância.

Segundo a agência Borna News – filial da agência oficial Irna -, Mohammadi era “um alto cientista nuclear do país”.  A televisão estatal iraniana acusou “agentes sionistas e americanos” pela morte. “Agentes sionistas e americanos colocaram esta bomba que explodiu perto da casa do cientista nuclear”, anunciou a rede de TV.

O procurador-geral de Teerã, Abbas Jafari Dolatabadi, anunciou que Mohamadi era especializado em energia nuclear e morreu quando entrava em um carro. A moto-bomba, que explodiu acionada por controle remoto, estava estacionada ao lado do veículo do professor.

O canal estatal persa Al-Alam chamou Masud Mohamadi de professor revolucionário que se tornou mártir, atribuindo o atentado a contrarrevolucionários, o que indica que a vítima estava vinculada ao poder e tinha funções políticas.

Crise política

É o primeiro atentado destas características que se tem notícia em Teerã desde o último dia 13 de junho, quando começou a crise política e social que divide o país.

Na data, centenas de milhares de pessoas saíram às ruas do país para protestar pela reeleição do presidente, Mahmoud Ahmadinejad, que a oposição considera fruto de uma “fraude maciça”.

Desde então, as mobilizações se repetiram ao longo do país apesar de ações repressivas das Forças de Segurança e da prisão de milhares de pessoas, muitas delas responsáveis da oposição.

A crise se agravou no dia 27 de dezembro, dia sagrado da Ashura, quando os protestos voltaram a ter violência, com a morte de pelo menos oito pessoas, segundo números oficiais.

Além disso, nos dias seguintes foram detidos mais de uma centena de ativistas da oposição, jornalistas e estudantes universitários.

* Com EFE e AFP

Fonte: Último Segundo

6 Comentários

  1. A Coreia do Sul tem uma história parecida: Durante o governo militar do Presidente Park nos anos 60 e 70 a Coreia lançou-se à pesquisa nuclear para fabricar bomba atômica. Num belo dia o principal cientista responsável pela pesquisa no país foi assassinado a tiro e o seu assassino nunca foi encontrado. Formalmente foi considerado um crime comum, mas informalmente se comenta que foi assassinado por agente da CIA, pois os EUA se opunham a que a Coreia possuísse a bomba.
    Não me surpreenderia se no caso do Irã fosse o mesmo.

    • Salve Excel
      Compartilho da sua visão. Aliás, sabemos bem quem opera assim…
      dica não foi a velha compania.
      na minha opinião dos males o menor, antes a execução seletiva do que o extermínio em massa.
      Posso estar enganado mas se esta medidas que são condenadas por diversos tribunais internacionais, fossem tomadas na prévia do conflito com o IRAQ, inúmeras vidas teriam sido poupadas… enfim, não era esta a intenção… mas é a minha visão…
      grande abraço
      E.M.Pinto

  2. ..pois é o mossad já começou a caçar, deveriam fazer tbm o revide, localizar, identificar e eliminar;já q a guerra e ou o ataque frontal levarira a um contra ataque q levantearia poeira nuclear até o coração da europa, sem falar da destabilização do Irak, egito e com certeza os Palestinos ..os sauditas..etc ,etc ,esses srs são mt lerdos e vem + por aí..tem de contra a atacar no territorio deles e a moda deles e deixem pista falsas…

  3. Bomba nuclear: Ruim com ele, pior sem ele.
    É ruim pois é uma ameaça à paz mundial, mas é pior sem ele pois não dá para ficar sem um instrumento de dissuasão tão poderoso enquanto outros a possuem. Que dilema …

  4. É isso aí, que os detentores de armas nucleares venham e digam o diahora e ano p porem fim as suas armas nucleares, é ñ esqueçam de israel, então, talvez, terão alguma moral p exigir de outros países…

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