Iraque e Irã decidem normalizar relações após crise

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EFE  —  O ministro das Relações Exteriores do Iraque, Hoshiyar Zebari, e o do Irã, Manouchehr Mottaki, decidiram nesta quinta-feira (7) normalizar as relações e a situação na fronteira comum após a recente crise gerada pela incursão militar iraniana pelo Iraque.

Em entrevista coletiva conjunta realizada em Bagdá, os chefes da diplomacia fizeram o anúncio ao final de uma reunião, colocando um fim às atuais tensões bilaterais. Zebari afirmou:

– Acordamos a formação de comitês técnicos conjuntos para que a situação ao longo da fronteira volte à normalidade.

O ministro iraquiano afirmou que uma solução para a situação será abordada e que não é necessário recorrer à ONU para decidir sobre a questão.

Além disso, Zebari detalhou que os comitês se reunirão alternadamente com ambos os países com o objetivo de encontrar soluções para os atuais problemas fronteiriços.

Por sua vez, Mottaki, que chegou hoje ao Iraque e onde ficará por dois dias, ressaltou que sua visita atendia ao desejo iraniano de reforçar as relações bilaterais.

A recente crise explodiu em 17 de dezembro, quando um grupo de soldados iranianos invadiu o território iraquiano e içou uma bandeira de seu país no poço número quatro do campo petrolífero de Faka, na Província de Maysan.

Depois de vários dias, os militares retornaram ao Irã e a crise se extinguiu. Os problemas na fronteira entre as nações remontam aos anos 70, quando o então vice-presidente do Iraque, Saddam Hussein, e o xá do Irã, Mohammed Reza Pahlevi, assinaram em 1975 um acordo para delimitar as fronteiras, após mediação argelina.

A situação levou a uma mudança brusca com a invasão iraquiana do Irã um ano depois do triunfo da Revolução Islâmica do Irã de 1979 e a posterior guerra entre os países se prolongou até 1988.

Desde então, a delimitação das fronteiras comuns se transformou em uma questão espinhosa. Os Estados, porém, compartilham mais de 1.200 km de fronteira, na qual o subsolo em alguns pontos esconde importantes reservas petrolíferas, especialmente na Província de Maysan.

Fonte:  R7

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