Defesa & Geopolítica

Guerra nos Céus: A saga continua…e ” a verdade está lá fora”

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Autor: Luiz Medeiros para o Plano Brasil


Seriado Americano, Drama Francês ou Batalha Escandinava?


É público e notório o “dilema” que o país vive para a escolha do caça que irá ser a “linha de frente” da defesa área pelos próximos anos, e infelizmente é público e notório.

Gostaria de começar o comentário sobre esse assunto com um comentário talvez deselegante, mas enfim, o fato é que a opnião pública brasileira tem consciência mínima para a questão da escolha do governo e a imprensa brasileira é uma “Fantástica Fábrica de Notícias”, onde notícias que deveriam ser abordadas com muito cuidado e perícia, são abordadas da pior forma possível por pessoas com nenhum ou poquíssimo conhecimento técnico.


Qualquer apaixonado por aviação militar que acompanhe o meio de forma leiga assim como eu, seria capaz de prover notícias minimamente 10 vezes mais competentes que a imprensa nacional sobre o assunto, ao menos é o que penso, mas passemos da imprensa e vamos ao que interessa.

Recentemente, o próprio blog do Plano Brasil, teve a oportunidade de colocar a informação sobre os exercícios “Air Tactical Leadership Course” ocorrido nos Emirados Árabes Unidos onde o comentário é que o próprio F-22 A Raptor passou por apuros diante do delta francês, fora o fato de que o Eurofighter Typhoon (com todo seu peso e fama) perdeu em embate direto com o “pequeno” francês. Além disso podemos citar exercícios realizados entre a US Navy e Marine Nationale, onde o Rafale enfrentou o Hornet diretamente e o resultado foi favorável ao jato francês.

Mesmo que se diga que a notícia sobre os exercícios nos Emirados Arábes tenha partido de fonte francesa um forte ponto é que ninguém na Inglaterra ou EUA contestou.

Então vamos ao duro fator de decisão, o combate direto demonstra muito, mesmo que com o tempo os aviões sejam melhorados e que o nível de pilotos possa ser diferente, o combate direto diz muita coisa.

Minimamente nós temos no programa F-X2 três aeronaves com capacidades técnicas para atender as necessidades da FAB e factualmente qualquer uma delas representará um salto nas operações da Força, mas o que vale só isso (mesmo que isso já seja muito)?

Acredito que não podemos comprar o barato que poderá sair caro no futuro e acredito também que não podemos ficar com um aparelho que venha a depender de forma crucial de outros fornecedores fora do país fabricante, e sim, não quero falar de nada além dos EUA, tecnicamente são nossos aliados, mas sabemos bem que o Tio Sam dança a música que lhe agrada, se a música muda e ele não gosta ele simplesmente muda novamente a música ou acaba com a festa.

Acho que vídeo deve ser famoso mas segue um trecho de uma palestra do Brigadeiro Venâncio Alvarenga, que fala de compras de tecnologia com os EUA:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=GURWeWJsyR8]

Enfim, acho que isso mostra muito do que podemos ver com o Super Hornet, ou até mesmo com o (motor) Gripen. Claro que o tempo passa e relações comerciais bem amarradas podem ser feitas, e viver de desconfiança não leva a nada, claro também que os franceses podem não transferir nada de tecnologia direito e possam estar nos vendendo gato por lebre.

Hoje porém, mesmo com históricos ruins para aquisição de materiais franceses em outras situações, eu vejo que os nossos novos “amis” franceses ainda merecem muito mais crédito do que qualquer proposta norte-americana.

Ps..:: não sou anti-americano, adoro coca-cola e McDonald’s, mas o Tio Sam para esse tipo de negócio não é a melhor opção, não para o Brasil.

Atenciosamente,

Luiz Medeiros

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