WASHINGTON — ANSA – O porta-voz adjunto do Departamento de Estado norte-americano, Philip Crowley, explicou hoje que Washington mantém Cuba na lista de países considerados “patrocinadores do terrorismo” devido ao apoio dado pelo governo da ilha a “grupos radicais”.
“Acreditamos que é uma designação que foi bem conquistada por seu longo apoio a grupos radicais na região, como o ELN (Exército de Libertação Nacional) e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)“, argumentou ele, referindo-se às duas principais guerrilhas colombianas.
O Departamento de Estado norte-americano mantém Cuba em uma relação de nações suspeitas de apoiar o terrorismo ao lado de Irã, Síria e Sudão.
No início da semana, depois que um nigeriano ligado ao braço da Al-Qaeda que opera no Iêmen tentou causar uma explosão no dia 25 durante um voo que partiu de Amsterdã e chegava a Detroit, Washington decidiu endurecer as medidas de segurança para passageiros de 14 nações, entre elas Cuba.
Para estes casos, está em vigência um esquema especial de revistas, com uso de raios-X e verificação de bagagens de mão, entre outras medidas. Atualmente, contudo, não existem voos diretos entre Cuba e Estados Unidos.
Para Havana, as iniciativas norte-americanas são “discriminatórias e seletivas“, e teriam motivação política.
A diplomacia do país caribenho, que é submetido a um embargo pelos Estados Unidos desde a década de 1960, entregou um comunicado ao chefe da Seção de Interesses dos Estados Unidos em Havana, Jonathan Farrar, no qual explicita insatisfação com a medida.
“Rejeitamos categoricamente esta nova ação hostil do governo dos Estados Unidos, derivada da inclusão injustificável de Cuba na chamada lista de Estados patrocinadores do terrorismo“, diz o texto.
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Fonte: UOL
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