JERUSALÉM – O Exército israelense consultará seus assessores legais quando realizar operações de combate, e não só durante o planejamento, por causa das acusações de ter cometido crimes de guerra na Faixa de Gaza, informa nesta quarta-feira o jornal israelense “Ha’aretz”.
A ordem do chefe do Estado-Maior, Gabi Ashkenazi, desagradou vários comandantes das forças armadas israelenses, que preferiam seguir o esquema da última ofensiva israelense em Gaza, na qual cerca de 1,4 mil palestinos (na maioria civis) morreram. Na ofensiva, os assessores legais participaram do planejamento da operação, mas quase não foram consultados durante a execução.
Em setembro do ano passado, um comitê da ONU liderado pelo jurista sul-africano Richard Goldstone encontrou evidências de crimes de guerra cometidos pelo Exército de Israel e pela milícia do Hamas durante a ofensiva a Gaza, a maior do Estado judeu ao território palestino desde a Guerra dos Seis Dias de 1967.
Dois meses depois, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução na qual pedia ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que transmita ao Conselho de Segurança o relatório feito pelo comitê.
Neste contexto, Israel pretende mudar as leis internacionais de guerra para adaptá-las ao que considera que são as “novas necessidades”.
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