Otan pede mais cooperação da Rússia no Afeganistão

MOSCOU – O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o dinamarquês Anders Rasmussen, pediu hoje à Rússia que participe mais ativamente da pacificação do Afeganistão, proposta que Moscou aceitou estudar.

Propus à Rússia que reforce sua participação na normalização da situação no Afeganistão e entreguei propostas concretas sobre como o país poderia participar mais ativamente do processo“, afirmou Rasmussen.

Segundo o secretário-geral, os russos poderiam ajudar fornecendo mais helicópteros, peças e combustível, e treinando pilotos, policiais e militares afegãos.

Segundo a imprensa russa, os aliados pedem, especificamente, que a Rússia forneça às tropas afegãs blindados, lança-granadas, minas, caminhões e centenas de milhares de fuzis AK-47 a preços subsidiados.

Apreciamos a possibilidade de trânsito que a Rússia nos oferece e achamos que há potencial para uma cooperação maior“, disse Rasmussen.

Até o momento, a Rússia apenas cedeu seu espaço aéreo para o transporte de armas e liberou o tráfego terrestre para cargas não militares.

A Otan, no entanto, quer que a Rússia autorize a organização, seus países-membros e outras nações com soldados no Afeganistão a enviar por ferrovia cargas militares até o país asiático.

O ministro de Assuntos Exteriores russo, Serguei Lavrov, declarou que o presidente russo, Dmitri Medvedev, pediu que as propostas apresentadas por Rasmussen sejam estudadas.

Fonte: Último Segundo

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  1. Otan diz que não ameaça nem é inimiga da Rússia

    Moscou, 17 dez (EFE).- O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Rasmussen, afirmou hoje, em Moscou, que a Aliança Atlântica não representa uma ameaça para a Rússia nem considera este país um inimigo.

    “Quero assegurar ao povo russo que a Otan não vê na Rússia um inimigo e não tem nenhum plano contra ela”, declarou o dinamarquês em uma entrevista coletiva, na qual defendeu uma “cooperação estratégica” entre as partes.

    Rasmussen disse que ontem conversou com os líderes russos sobre assuntos delicados, como a ampliação da Otan em direção ao leste da Europa, à qual Moscou se opõe. Outro tema discutido foi o conflito entre Rússia e Geórgia travado em agosto de 2008, após o qual as autoridades russas reconheceram a independência das separatistas Abkházia e Ossétia do Sul, que ficam em território georgiano.

    “Seria insensato esconder as diferenças que temos”, afirmou hoje o secretário-geral, segundo quem a Otan, “em nenhum caso, aceitará compromissos” com a Rússia “em assuntos de princípio”.

    Ao mesmo tempo, o dinamarquês afirmou que tanto ele como o presidente russo, Dmitri Medvedev, chegaram à conclusão que, apesar das diferenças, Otan e Rússia devem focar os interesses que têm em comum.

    “Ambas as partes entendem perfeitamente que, nas atuais condições, devemos trabalhar juntas para fazer frente aos novos desafios”, como a luta contra o terrorismo, a proliferação das armas de destruição em massa, o narcotráfico e a pirataria, disse Rasmussen.

    “Devemos desenvolver uma verdadeira cooperação estratégica nestes campos, que atendesse aos interesses tanto da Rússia como da Otan”, acrescentou.

    O chefe aliado confirmou que apresentou ao Kremlin uma série de propostas para que a Rússia participe mais ativamente da solução do conflito no Afeganistão.

    Em particular, disse que pediu à Rússia mais helicópteros de transporte para o Exército afegão, que por enquanto só tem três aparelhos, e uma maior participação na formação de pilotos, policiais e soldados.

    Rasmussen também agradeceu à Rússia por permitir o tráfego de cargas militares ao Afeganistão por seu território. Porém, destacou que a Otan gostaria de ver essa capacidade de transporte ampliada e estendida ao espaço aéreo.

    Em outro momento da entrevista, o dinamarquês considerou desnecessária a assinatura de um novo tratado europeu de segurança, como proposto pelo Kremlin. Embora tenha dito que a Otan está disposta a “estudar essa ideia”, o secretário-geral ressaltou que o fórum mais adequado para isso é a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

    Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/12/17/otan+diz+que+nao+ameaca+nem+e+inimiga+da+russia+9248176.html

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