Para o Valor, de São José dos Campos
A estrutura de comando do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) será alterada a partir do próximo ano, com o desmembramento das atividades estratégicas e operacionais. O departamento voltará a se dedicar ao gerenciamento das grandes linhas de ação nas áreas de ciência e tecnologia da Força Aérea Brasileira (FAB), e a parte operacional ficará com o CTA, com sede em São José dos Campos.
O DCTA será, provavelmente, transferido novamente para Brasília, mas de acordo com o diretor atual do departamento, brigadeiro Cleonilson Nicácio, a questão ainda não foi definida.
Em 2006, houve uma fusão entre o antigo Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Aeronáutica (Deped), sediado em Brasília, e o CTA, que passou a se chamar Comando Geral de Tecnologia Aeroespacial. Com as mudanças previstas para o ano que vem, a denominação antiga do CTA, Centro Técnico Aeroespacial , será retomada e o órgão voltará a ser comandado por um general três estrelas.
Há quatro meses no cargo, o brigadeiro Nicácio deverá assumir a chefia do Estado Maior da Aeronáutica (Emaer) em abril do próximo ano. Atualmente, Nicácio é o oficial general mais antigo da Aeronáutica na ativa e um dos nomes mais cotados para ser o novo comandante da Aeronáutica em 2011, possibilidade que ele prefere não comentar
“A única certeza que tenho hoje é que no dia 31 de março de 2011 estarei indo para a reserva. A escolha do novo comandante é política e nem sempre se baseia no critério da antiguidade“, afirmou o brigadeiro.
De acordo com as diretrizes definidas pela Estratégia Nacional de Defesa (END) para o setor espacial, o DCTA elegeu três grandes prioridades em termos de projetos:
- O desenvolvimento de mísseis.
- Veículos aéreos não tripulados (Vants).
- Foguetes lançadores de satélites (VLS).
“São projetos que apresentam uma sinergia com as outras Forças Armadas, que, juntas, poderão somar esforços e recursos, tanto humanos quanto de equipamentos e de laboratórios, para acelerar o desenvolvimento das suas pesquisas“, avalia o diretor-geral do DCTA.
Nicácio cita como exemplo o fato de as três forças precisarem do programa de mísseis. “A Marinha precisa dos mísseis para autodefesa de navios e para os aviões de ataque. e o Exército, para seus mísseis antitanque.” (VS).