777 futura aeronave reabastecedora da USAF?

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Ao que parece sim, pois confirmando-se a saída da Northrop Grumman /EADS da corrida pelo programa KC-X da Força Aérea dos Estados Unidos (clique aqui para ler a Matéria), o concorrente  mais adequado, ou melhor, aquele que preenche os novos e controversos requisitos emitidos pela USAF é justamente o reabastecedor baseado na célula da aeronave comercial 777 do fabricante dos EUA, Boeing corporation.

Controverso porque, segundo a Northrop a USAF se viu pressionada a ter que modificar os seus requisitos para o Programa KC-X de forma a garantir a vitória do fabricante americano. As acusações são justas, uma vez que o KC-45 (Airbus A330 de reabastecimento proposto pela Northrop Grumman/EADS) já havia sido declarado vencedor da concorrência, entretanto, esta teria sido suspensa e novos requisitos como aumento da capacidade de carga, alcance entre outros itens incluídos, colocavam em desvantagens os  concorrentes tanto o KC-45 Northrop Grumman/EADS quanto o Boeing KC 767.

Claramente o pentágono e Washington teriam cedido ao assédio e pressão de congressistas que alegadamente viam a vitória do reabastecedor da Airbus como uma “fuga de divisas americanas para as nações européias, uma vez que 50% do KC-45 seria produzido na Europa e em  fornecedores de outros países”.

O programa KC-777 teve início em Setembro de 2006, quando a Boeing publicou um anúncio de que estava pronta e disposta a produzir o KC-777, se a USAF assim requisitasse uma aeronave reabastecedora de maior capacidade que  o KC-767, entretanto, nenhum protótipo chegou a ser construído ou avaliado uma vez que as regras e requisitos do programa KC-X  não abriam espaço para uma aeronave destas dimensões, sendo o KC 767  segundo a Boeing, a aeronave mais indicada a concorrer com adversário europeu.

A EADS e a Northrop amargam agora a mesma situação da brasileira EMBRAER e da Americana Lokheed Martin, que após vencerem a concorrência para o fornecimento de 51 aviões EMB-145 de sensoriamento remoto (ELINT/SEGINT) do programa ACS, assistiram à falência do programa sobre a alegação de mudanças nos requisitos de peso dimensões e autonomia das aeronaves.

Já deveriam estar acostumados e a saber que o Tio San sabe como subsidiar o seu parque industrial, e acima de tudo, que entre uma decisão “patriótica” e uma “técnica” o congresso americano faz questão de defender os  seus  eleitores os interesses da Nação.

Texto

PLano Brasil

E.M.Pinto