Política externa do Brasil ‘decepciona’ Obama, diz ‘Wall Street Journal’

Uma reportagem do jornal americano The Wall Street Journal afirma nesta quarta-feira que a política externa do Brasil “está decepcionando” o governo do presidente americano, Barack Obama.

Em uma reportagem que examina o que chama de “resistência às suas políticas (dos EUA) para a região“, o diário financeiro diz que a crescente influência brasileira e de outros países na América Latina é um “desafio” para Washington.

Ao mesmo tempo em que permanece o principal ator na América Latina, o poder dos Estados Unidos é contido por vários fatores, incluindo a ascensão do Brasil como uma potência regional, a influência de uma facção de nações antiamericanas lideradas pela Venezuela e a demonstração de força da China, que enxerga os recursos latino-americanos como chave para o seu próprio crescimento“.

Entre os episódios que, segundo o artigo, puseram o governo Obama em desafino com a região estão Cuba, o uso de bases militares na Colômbia e a crise política em Honduras.

Nesta última, diz o WSJ, os países latino-americanos “se ressentiram” de seus laços históricos com os EUA e demandaram inicialmente uma definição de Washington sobre a deposição do então presidente Manuel Zelaya em Honduras.

Quando definiu sua posição, entretanto, os EUA se distanciaram de grande parte da América Latina, incluindo o Brasil.

A divisão é um dedo na ferida das relações com a região“, sustenta o WSJ. “Washington ficou especialmente aborrecido com a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil como parte de um giro no qual também visitou a Venezuela e a Bolívia, e recebeu apoio para seu polêmico programa nuclear.”

Para o jornal, “a ascensão do Brasil como potência hemisférica está se tornando um desafio e – em termos de política externa – uma decepção para o presidente Barack Obama, que, como George W. Bush, desenvolveu um relacionamento próximo com o carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva“.

A reportagem avalia que “a América Latina está profundamente dividida entre nações pró-EUA, como México, Colômbia e Peru, e um bloco de países populistas que inclui Venezuela, Bolívia, Equador e Nicarágua. Chávez às vezes também encontra aliados na Argentina e no Brasil“.

Na avaliação do The Wall Street Journal, outra razão para o menor peso dos EUA na região é a presença cada vez maior da China, que “está financiando a estatal brasileira de petróleo (Petrobras) em US$ 10 bilhões“.

Fonte: BBC Brasil

4 Comentários

  1. Creio eu que não devemos nos tornarmos um anti-americano como Hugo Chavez, pois querendo ou não os EUA ainda tem muito peso no comércio exterior do Brasil, por isso, temos que ter cautela, e saber que em algumas situaçõe devemos se alinharmos ao governo de Obama, sendo assim grande parte de nossos conflitos seriam no mínimo parcialmente resolvidos.
    Abraço.

  2. Nosso maior parceiro comercial ainda é os chineses, então q os ianks vão arranjar um tanque de roupas.O q ocorreu em hondura foi sim um golpe de estado, q se prendessem o presidente após o impedimento legal dele…+ o ianks apoiaram o golpe, tanto q foram os primeiros a reconhecer o novo e seu fantoche a colombia…Tamos q cortar esse codão umbilical com os ianks…p ontem.

  3. Caríssimo amigo Carlos Argus Vieira, nãi disse que os EUA eram nosso maior parceiro comercial, só argumentei que eles tem um peso consíderavel em nosso comércio exterior, pois a China como você disse é nosso maior parceiro comercial, inquestionavelmente.
    Abraço.

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