Operação Laçador chega ao fim com aperfeiçoamento dos exercícios militares

 


Brasília, 27/11/09- A Operação Laçador- simulação de guerra realizada no Rio Grande do Sul (RS)- chega ao fim nesta sexta-feira (27/11) com a constatação de que houve um avanço consistente na complexidade dos exercícios, comparado aos primeiros coordenados pelo Ministério da Defesa. Esta é a sexta operação combinada realizada na Região Sul e a 28ª executada no Brasil.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, visitou a operação na última terça-feira (24/11), e constatou os avanços registrados. “A complexidade do exercício cria a simplicidade das operações reais”, comentou Jobim. Quanto mais difíceis forem as tarefas nas operações simuladas, mais fácil será a execução em uma operação real, argumentou.

A Operação Laçador envolveu ações combinadas de cerca de 10 mil homens da Marinha, do Exército e da Força Aérea, sob coordenação do Estado-Maior de Defesa, do Ministério da Defesa. O Exercício simula um conflito gerado pela disputa de fontes energéticas entre dois países fictícios, o Verde e o Amarelo. Para efeito do exercício, o território dos dois países foi traçado no estado do Rio Grande do Sul, com a fronteira localizada na região central do estado.

A defesa de infra-estruturas de energia tem sido uma constante das operações combinadas nos últimos anos. As jazidas petrolíferas no litoral do Sudeste foram objeto de disputa nas operações Atlântico (setembro de 2008), e Albacora (setembro de 2007); a retomada da hidrelétrica de Balbina foi o mote da Operação Poraquê (agosto de 2008) e as reservas de gás da Petrobrás em Urucu (AM) foram objeto de outro exercício (agosto de 2007).

Na Operação Laçador, a maior parte das forças militares foi alocada para representar o país verde, enquanto uma parte minoritária foi designada para representar o país Amarelo. Essas tropas amarelas foram complementadas por ações virtuais criadas pela direção do exercício e encaminhadas ao comando do país Verde, para que eles reagissem à situação criada. As fortes chuvas (reais) na região obrigaram os comandantes militares a diversos ajustes em seus planos, para superar os obstáculos surgidos, principalmente restrição a operações de aviões e de helicópteros, com retardamento no lançamento de paraquedistas.

De acordo com o roteiro da guerra simulado, o “conflito” surgiu quando o país amarelo, carente de energia após o esgotamento de suas reservas de petróleo, invadiu o território verde para se apossar da hidrelétrica de Itá e de uma plataforma de petróleo no litoral. O objetivo das forças verdes era fazer o inimigo voltar ao seu território, retornando ao “status quo” anterior às operações. Na terça-feira metade dos meios dos Amarelos já haviam sido destruídos.

No planejamento das ações, uma das premissas era a de não trazer danos desnecessários à infra-estrutura do país inimigo, para evitar sofrimentos desnecessários à população civil e facilitar ao máximo a consolidação da paz. Também houve ordens para não serem atingidas as duas “usinas nucleares (fictícias) existentes no país amarelo”, para evitar um acidente nuclear.

O exercício teve seu planejamento iniciado em 2008, e as operações começaram 16 de novembro, com encerramento previsto para essa sexta-feira (27/11). Foram empregados 18 navios, 2 submarinos, 50 aviões, 21 helicópteros, 161 blindados e 16 peças de artilharia.

Os 10 mil homens usados no teatro de operações participaram de operações que simularam o emprego de 85 mil homens, contingente que seria empregado em uma operação real idêntica.

O Comandante Militar do Sul, General-de-Exército José Carlos De Nardi, designado comandante do Teatro de Operações, enfatizou que o adestramento da tropa e a ação cada vez mais eficiente das três Forças em ações conjuntas, tem efeito dissuasório, pois mostra para o mundo a capacidade de defesa brasileira. E quanto mais capacitado for o país, mais condições ele tem de evitar um conflito real, custoso em vidas e em recursos.

Uma projeção feita pelo Estado-Maior de Defesa, mostra que, se a operação fosse real, o país Verde gastaria mais de R$ 1,3 bilhão por mês de conflito, apenas com comida, combustível e munição para os 85 mil homens envolvidos e seus equipamentos.

O subchefe de operações do Estado-Maior de Defesa, General-de-Brigada Marcelo Flávio Oliveira Aguiar, explicou ao ministro Jobim que, em uma situação real, ainda haveria custos com lubrificantes, uniformes, substituição de equipamentos destruídos, peças de reposição, e outros itens que multiplicariam esse valor. O general concluiu com a constatação de que é muito mais econômico para uma Nação ter uma capacidade dissuasória que desestimule agressões de terceiros, a ter que arcar com custos políticos, econômicos e humanos de um conflito real.

(Mais informações no site da Operação : http://www.lacador.eb.mil.br/ )

Ministério da Defesa
Assessoria de Comunicação Social
(61) 3312-4070/4071

Fonte: Ministério da Defesa

1 Comentário

  1. A capacidade de reação e defesa nossa foi melhora? estamos melhores q dantes? Otimo que se continue assim e mt mais, é os equipamentos , são melhores e mais modernos? Temos uma força de deslocamento rápido e profissional ? Parabéns.

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