Batimento de quilha do Navio-Patrulha “Maracanã”

No dia 25 de novembro, no EISA – Estaleiro Ilha S/A, ocorreu a cerimônia de batimento de quilha do Navio-Patrulha (NPa) de 500 toneladas que receberá o nome de “Maracanã” e que, após sua incorporação, ficará sediado no 4º Distrito Naval, em Belém/PA.

Esse é o primeiro de uma série de quatro Navios-Patrulha de 500 toneladas contratados pela Diretoria de Engenharia Naval ao EISA. Sua entrega está prevista para ocorrer em março de 2012 e os demais navios serão entregues em sequência, um a cada seis meses.

Os navios se destinam ao patrulhamento das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), devendo executar diversas tarefas, dentre elas:

– em situação de conflito, efetuar patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração/explotação de petróleo no mar e contribuir para defesa de porto; e
– em situação de paz, promover a fiscalização que vise ao resguardo dos recursos do mar territorial, zona contígua e zona econômica exclusiva (ZEE), de repressão às atividades ilícitas (pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho), contribuir para a segurança das instalações costeiras e das plataformas marítimas contra ações de sabotagem e realizar operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.

A decisão pela construção em estaleiro privado nacional se coaduna com a política governamental de incentivo à construção naval e de geração de empregos, bem como da necessidade estratégica da capacitação e fortalecimento do parque industrial de tecnologia militar.

O EISA foi selecionado para a execução dessa obra por meio de Concorrência Pública pautada estritamente nos ditames da Lei nº 8.666/1993, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. A construção está sendo realizada nas instalações do estaleiro, na cidade do Rio de Janeiro – RJ, e fiscalizada pela Diretoria de Engenharia Naval segundo mecanismos gerenciais e técnicos estabelecidos no Contrato de Construção, vinculados ao Edital de Licitação, baseados na boa prática da engenharia e conduzidos por uma equipe formada por profissionais com vasta experiência em construção naval militar.

Os navios em questão fazem parte de uma série de 27 navios, cujos dois primeiros se encontram em construção no estaleiro Indústria Naval do Ceará S/A – INACE, a partir de um projeto desenvolvido pela empresa francesa “Constructions Mécaniques de Normandie” – CMN, e possuem as seguintes características:

  1. Comprimento total: 54,20 m;
  2. Boca moldada: 8,00 m;
  3. Calado máximo: 2,48 m;
  4. Deslocamento carregado: 500 t;
  5. Velocidade máxima mantida: 21 nós;
  6. Tripulação: 35 + acomodações extras para 8; e
  7. Armamento: 1 canhão de 40 mm e 2 metralhadoras de 20 mm.

O primeiro navio em construção no INACE — NPa “Macaé” —, deverá ser batizado e incorporado à ARMADA no próximo dia 9 de dezembro.

Nota do Blog:

A Marinha do Brasil pretende construir entre 27 e 48 navios desta categoria os quais juntamente com outras 12 OPV constituirão a força de patrulha Naval da Marinha do Brasil.

A classe “Macaé” NAPA 500 será dotada de sistemas eletrônicos de ponta e devido a sua “tonelagem” são navios mais adequados para a patrulha costeira e segurança da “Amazônia Azul”.

E.M.Pinto


Fonte: Marinha do Brasil

4 Comentários

  1. esses patrulhas estao atrasados na sua cosntrução, a inocprporação do npa macé foi em dezembro de 2009, mas ainda encontra-se no estaleiro INCACE na capital cearense. fruto de uma um convenio com a TRANSPETRO e MARINHA DO BRASIL, o npa macaé está atrasaso para efetivar seus patrulhamentos em aguas brasilerias por motivo de desvio de verbas da sua construção, onde foram prasos alguns Almirantes.

  2. Achei muito bom o inicio da construção desses NaPa. Até porque para iniciar um projeto no Brasil demora uns 10 anos após tudo aprovado. O problema é que acho o poder de fogo dessas embarcações muito pequeno, principalmente para século xxi.
    Se elas fossem montadas para defesa com mísseis anti aéreos, ex. Avibrás, poderiam dar cobertura para as fragatas caso fossem atacadas e terem folga para responder. Mas acho que nem as corvetas fazem isso, ou elas tem mísseis embarcados???

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