Irã pode abandonar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, diz deputado

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O Parlamento do Irã pode votar a retirada do país do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares em resposta à sanção imposta pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na última sexta-feira.

De acordo com Mohammad Karamirad, um parlamentar da linha dura, o Parlamento considera também bloquear as inspeções da AIEA aos reatores de iranianos. Karamirad não fala pelo governo, mas suas declarações costumam ir na linha do que é defendido pelo regime.

A ameaça vem a público um dia depois da AIEA aprovar uma resolução exigindo que Teerã pare imediatamente de construir um reator na cidade sagrada de Qom e interrompa também o enriquecimento de urânio.

O Parlamento, em sua primeira reação a esta resolução ilegal e politicamente motivada, pode considerar a retirada do tratado”, ameaçou Karamirad.

O chefe da delegação iraniana na AIEA, Ali Asghar Soltanieh, por sua vez, disse que o país não vai cooperar além do previsto em suas obrigações legais e que Teerã não vai interromper o enriquecimento de urânio.

Em 2006, o Irã já havia ameaçado abandonar o tratado.

Colaborou Konner

Fonte: Estadão

Parlamento do Irã pede redução de cooperação com AIEA

Efe — O Parlamento iraniano pediu neste domingo, 29, ao governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad que reduza rapidamente o nível de cooperação nuclear com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e não interrompao desenvolvimento do programa nuclear.

Em carta lida por um dos deputados, a Câmara pediu ao Executivo que prepare um plano e o apresente à Assembleia em breve, informou a agência de notícias iraniana “Irna”.

Pedimos ao governo que, levando em conta a postura bélica do 5+1 (grupo de países negociadores), prepare rapidamente um projeto para reduzir o nível da cooperação com a AIEA e o entregue à comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Parlamento”, afirmava a carta, assinada por 226 deputados.

Os deputados estão convencidos de que a vontade política de algumas grandes potências, precisamente Estados Unidos e Reino Unido, forçaram este desvio no caminho”, acrescentou.

A demanda ocorre apenas 72 horas depois que o Conselho de Governadores da AIEA aprovou, pela primeira vez nos últimos três anos, uma resolução de condenação ao Irã devido à falta de cooperação e transparência em torno de seu polêmico programa nuclear.

O documento, impulsionado por Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha, contou com o voto favorável de 25 países, enquanto três – Venezuela, Cuba e Malásia – votaram contra e seis – Brasil, Turquia, Paquistão, Afeganistão, África do Sul e Egito – se abstiveram.

Em resposta, o regime dos aiatolás já anunciou na sexta-feira que reduziria seu nível de cooperação com a citada agência das Nações Unidas e deu a entender que buscará o urânio enriquecido de que diz precisar por outras vias.

A resolução política, que não foi adotada de forma unânime pelo Conselho de Governadores, foi divulgada apesar de o diretor-geral da AIEA (Mohamad ElBaradei) insistir no caráter pacífico do programa nuclear iraniano”, argumentaram hoje, em sua carta, os deputados.

O povo iraniano não tem dúvida de que, do ponto de vista jurídico, não existe desvio algum no programa nuclear da República Islâmica”, ressaltaram.

Neste sentido, os deputados insistiram em que o expediente iraniano deve “se normalizar e recuperar o caminho correta” da AIEA, e não prosseguir o “caminho errôneo” do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Obama não só não mudou nada, mas sua linguagem está na mesma onda radical que o dos conservadores que controlavam a Casa Branca durante a Presidência de George W. Bush”, afirmaram.

O Conselho de Governadores optou por uma política de dois pesos e duas medidas. Uma entidade profissional como esta deve evitar esse caminho, que deteriora seu prestígio e mostra à opinião pública internacional que está sob a pressão das grandes potências”, concluíram.

Sugestão e colaboração: Konner

Fonte: Estadão

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