O F-22A é o melhor caça da atualidade, mas enquanto caça-bombardeiro o avião é condicionado pelas suas características stealth, que o obrigam a transportar todo o armamento e combustível no interior da sua estrutura.
Cada avião deveria custar um pouco menos de 90 milhões de dólares, mas acabou por ficar ao estrondoso valor de 310 milhões de dólares por avião, e isso seria alias sempre o maior problema deste excelente avião, impedindo que fossem construídos todos os inicialmente previstos e que todos os F-15 fossem substituídos por F-22, como estava inicialmente previsto. Atualmente, pensa-se que apenas 187 aviões deste tipo serão construídos, com o último a ser entregue em 2011.
O avião consegue voar a uma velocidade ligeiramente superior a Mach 2, propulsado por dois motores Pratt & Whitney F119-PW-100 de 15 toneladas, com afterburners.
Uma das fragilidades mais estranhas do Raptor é a ausência de um datalink. Isto significa que o avião é excelente em dogfight, mas que num cenário mais realistas de “combate em rede” em que todos os aviões amigos sabem permanentemente o que fazem, se encontra em desvantagem, já que os seus pilotos apenas podem comunicar via radio. O F-22 também não tem uma mira montada no capacete e é também incompatível (de momento) com o novo míssil AIM-9X, algo que só será resolvido em 2016. Por outro lado, o canhão pode ser equipado com apenas 480 rounds, enquanto que o do F-15 (que ele supostamente deveria substituir) poderia transportar até 940.
No geral, as afirmações que colocam o Raptor como melhor caca do mundo correspondem à verdade. Mas existem demasiados compromissos para com o aspecto stealth do avião, para que seja um interceptor puro, como o Typhoon, ou um avião multi-missões, como o SU-30 russo. No total, o avião acaba embarcando um pequeno lote de armamento, o que condiciona a sua utilidade em combate… Será difícil ou mesmo impossível de ser abatido, mas é uma ameaça para apenas um pequeno numero de adversários de cada vez. E, sobretudo, ao ser construído em tão pequenos números nunca poderá substituir plenamente os Eagle sem que tal substituição não implique uma perda de capacidade por parte da projeção global de poder mundial dos EUA.
A informação que o F-22 não tem data link está incorreta. Na verdade ele usa um sistema de datalink chamado IFDL (Inter/intra Flight Data Link) que permite se comunicar, exclusivamente, com outros F-22. Sendo assim, incompatível com o sistema de data link em uso pelos E-3 AWACS e outros caças da USAF.
Salve Carlos.
Obrigado pela Participação e pela observação.
de facto tens razão, mas creio que o autor se enganou no fato do sistema ser quase que exclusivo dos F22.
ou seja, o F 22 não teria um Data link compatível com as demais aeronaves do inventário das forças armadas o que limitaria o seu uso em operações conjuntas.
boa observação
Grande abraço
E.M.Pinto
A informação que o F-22 não tem data link está incorreta. Na verdade ele usa um sistema de datalink chamado IFDL (Inter/intra Flight Data Link) que permite se comunicar, exclusivamente, com outros F-22. Sendo assim, incompatível com o sistema de data link em uso pelos E-3 AWACS e outros caças da USAF.
” O F-22A é o melhor caça da atualidade “, tudo indica, porém, falta a prova final — Combate Real.
Mas, “o avião é — condicionado — pelas suas características stealth ” (…), ao extremo. Em minha opinião.
É importante ficar cláro que, a contrafurtividade, chamado de CLO [ Counter Low Observable ] em inglês, inclui — mais de 50 propostas de sistemas para detectar aeronaves furtivas — [ A tecnologia furtiva é otimizada para radares monoestáticos de alta frequência ] com algumas já testadas experimentalmente como:
— Sistemas acústicos,
— Radares biestáticos,
— Infravermelho,
— Interação com raios cósmicos,
— Detecção de sombra radar,
— Detecção de anomalias magnéticas,
— Radar espacial biestático,
— Radares OTH,
— MAGE,
— Detecção radiométrica,
— Detecção de turbulência,
— Radar de banda ultralarga,
— Conceitos de rede distribuída,
— Estudo de retorno e propagação e,
— Exploração da assinatura com processadores de sinais avançados.
Estes sistemas são usados em conjunto pois tem deficiências e a capacidade de um cobre a deficiência de outro.
Os sistemas de defesa aérea de certa forma já fazem isso pois usam radar, laser, sensores IR e TV ao mesmo tempo.
Os meios antifurtivos devem cobrir todo o espectro de assinaturas: radar, térmico, visual, sonoro e detecção de sinais.
Depois de iniciarem o uso de aeronaves furtivas, os EUA bem como outros países, logo passaram a testar tecnologias para detectar aeronaves furtivas.
E estes novos meios já poderão estar em uso num futuro não muito distante.
Olhando com base neste contexto, 310 milhões de dólares por avião, é um valor muito alto.