Em quem acreditar ??

Oficiais dos Emirados Árabes Unidos (EAU) estão preparando os requisitos operacionais para a compra de novos caças para substituir os já obsoletos 63 exemplares do Dassault Mirage 2000-9. As conversas para o novo vetor de superioridade aérea estão sendo feitas com a própria Dassault, num contrato que deve chegar 10 bilhões de Euros para a compra de um número indeterminado de jatos de combate Rafale.

Segundo o general da reserva dos EAU, Khalid al Buainnain, o contrato poderá ser firmado em meados de 2010, com as primeiras unidades sendo entregues apenas em 2013. “A força aérea está trabalhando para preencher todos os requisitos operacionais, técnicos e de logística”, disse.

Além dos 63 Mirage 2000-9, os EAU operam com 80 Lockheed F-16 block 60, umas das versões mais modernas do mundo, em serviço naquele país desde 2004.

Buainnain comentou ainda que o país não tem pressa em fechar o contrato, pois além de ser uma decisão difícil, que inclui o estudo de diversas áreas técnicas e de logística, os Mirage 2000-9 e F-16 estão operando com boa disponibilidade e capacidade. Além disso, os Mirage em serviço poderão ser devolvidos à França, como parte das negociações com aquele país. “Existem muitos países do Oriente Médio interessados em caças como os Mirage 2000-9”, completa.

Os EAU tem como doutrina diversificar os seus fornecedores de equipamentos militares, evitando sofrer limitações e até mesmo sanções. “A tecnologia fornecida pelo EUA, por exemplo, precisa de uma série de regras e aprovações para ser exportada para outros países. No caso da França isso não ocorre, pois a sua política permite, com maior facilidade, o repasse de equipamentos para países sem muitas restrições”, declarou o doutor Theodore Karasik, diretor de pesquisa e desenvolvimento do Institute for Near East & Gulf Military Analysis (INEGMA).

Assim como os EAU tem feito com outros equipamentos, acredita-se que a versão do Rafale, caso seja adquirido pelo país, seja mais avançada até mesmo que os modelos em operação na própria França. Em setembro, durante algumas conversas, os EAU manifestaram o interesse em possuir turbinas mais potentes, novos tipos de mísseis ar-ar e radar mais avançado.

Colaborou Konner

Fonte: Revista Asas