Embaixador venezuelano na Colômbia diz que há “situação de pré-guerra”

O embaixador venezuelano na Colômbia, Gustavo Márquez, afirmou que seu país deve se preparar para a guerra porque há “uma situação de pré-guerra” que ameaça a Venezuela e não descartou uma invasão dos Estados Unidos.

Em declarações publicadas hoje pelo jornal colombiano “El País”, de Cali, o diplomata disse que, quando o presidente venezuelano, Hugo Chávez, convoca os militares e o povo de seu país a se preparar para a “defesa da nação”, não procura agredir alguém.

“O que o presidente Chávez disse exatamente é que tínhamos que ‘nos preparar para a guerra’, porque há uma situação de pré-guerra: está sendo construído um cenário de guerra que ameaça a Venezuela e todos os países da região”, disse.

Para Márquez, o acordo militar assinado entre Colômbia e EUA, pelo qual tropas americanas poderão usar bases militares em território colombiano, é “inconveniente, embora respeitemos essa decisão soberana do Estado colombiano”.

“Hoje, os fatos nos dão razão: este convênio ameaça a soberania regional”, afirmou.

O embaixador venezuelano acrescentou que é necessário fazer uma reflexão sobre estes fatos para encontrar um caminho estável que permita recompor as relações bilaterais entre Venezuela e Colômbia, congeladas desde agosto por ordem de Chávez.

“Como consequência da falta de transparência, não há confiança, e quando não há confiança, não pode haver relações estáveis”, afirmou o diplomata.

A detenção de quatro militares venezuelanos em território colombiano e sua posterior deportação é o incidente mais recente nas tensas relações diplomáticas e comerciais entre Colômbia e Venezuela.

O Governo colombiano apresentou ao Conselho de Segurança da ONU e à Organização dos Estados Americanos (OEA) uma nota de protesto por “ameaças” do Executivo da Venezuela.

A tensão entre os dois países aumentou desde que Chávez alertou seus compatriotas para a possibilidade de uma guerra por causa do acordo militar entre Colômbia e Estados Unidos e pediu para que estivessem preparados.

Chávez vê o convênio, que permite a militares americanos o uso de bases colombianas, como uma ameaça para seu país e a região.

Dias depois da polêmica declaração, o presidente da Venezuela disse que apenas fez uma reflexão baseada no ditado latino “si vis pacem, para bellum” (“se queres a paz, prepara a guerra”) e atribuiu a “uma manipulação midiática” a compreensão de que era uma convocação a um confronto.

Fonte: EFE Via Defesa Brasil

1 Comentário

  1. Chavez não consegue nem produzir comida para o povo venezuelano, e ainda pensa em guerra, mas fico me perguntando, com que dinheiro ele se manteria em um conflito armado, visto que praticamente a economia de seu país basea-se nos petrodólares que os EUA compram dele, então basta os EUA imporem um embargo por algum tempo ao petróleo venezuelano e pronto, desestabilza-se toda a Venezuela e sendo assim Chavez não conseguiria manter-se no poder.
    Abraço

Comentários não permitidos.