Com o moral da tropa em baixa

Atirador pode ficar paralítico

WASHINGTON. O moral das tropas americanas no Afeganistão caiu, num momento em que os soldados enfrentam o mais alto índice de violência no país em oito anos de guerra. No Iraque, a relação é inversa. A saúde mental dos soldados melhorou e a violência diminui, segundo duas pesquisas divulgadas ontem pelo Exército dos Estados Unidos.

As pesquisas mostram que soldados em sua terceira ou quarta missão em guerra têm moral mais baixo e mais problemas psiquiátricos – como depressão e ansiedade – do que os mobilizados menos vezes. Além disso, mais soldados enfrentam problemas conjugais e há poucos profissionais em saúde mental para atendê-los.

As pesquisas foram divulgadas quando o presidente Barack Obama define a estratégia para o Afeganistão e quando se discute a saúde mental dos soldados após o ataque de um psiquiatra do Exército em Fort Hood, no Texas, que deixou 13 mortos. Ontem, o advogado do major Nidal Malik Hasan disse que ele pode ficar paralítico. Hasan, que levou quatro tiros da polícia, não sente as pernas e as mãos doem muito, disse o advogado.

Fonte; Resenha CCOMSEX

3 Comentários

  1. Os norte-americanos estão profundamente divididos quanto à estratégia correta para o Afeganistão – eles deveriam enviar mais tropas ao país ou retirarem-se completamente?

    Em uma entrevista a “Der Spiegel”, o ex-coordenador estratégico da Casa Branca no Afeganistão, Bruce Riedel, diz que até o momento a guerra tem sido feita de forma barata.

    Ele argumenta que é necessário enviar mais tropas e comprometer-se mais com a missão.

    ” Nós não podemos nos dar ao luxo de esperar.

    Muito em breve poderemos presenciar uma verdadeira insurgência nacional em vez de uma rebelião que está confinada ao sul e ao leste do país.

    Estamos em um estágio decisivo.

    A situação na guerra está se deteriorando tão rapidamente que daqui a um ano poderíamos nos ver em uma situação irrecuperável na qual a única questão seria:

    — Como nos retiraremos com o mínimo de baixas?

    É evidente que existe um tremendo cansaço em relação a essa guerra, e o povo, com razão, está se perguntando, porque nós não estamos fazendo nenhum progresso?

    A equipe de segurança nacional de Obama precisa garantir que não deixará os políticos norte-americanos dirigirem a guerra no Afeganistão.

    Este é o desafio.

    Seria um grande erro, no momento em que o Paquistão está começando a fazer a coisa certa ao combater os extremistas no Vale Swat e no Waziristão, enviar um sinal de que estamos desistindo da luta bem ao lado, no Afeganistão.

    Agora, temos que investir recursos na guerra, e dar ao general McChrystal mais dois anos para que ele trabalhe.

    Depois disso deveremos avaliar se a estratégia funcionou. ”

    [ Bruce Riedel estudou história e diplomacia na Universidade Harvard.
    A sua carreira teve início há cerca de 30 anos e ele trabalhou para a CIA, para o Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca e para dois secretários de Defesa dos Estados Unidos.
    Atualmente, ele é especialista em Paquistão e Afeganistão na respeitada Brookings Institution. ]

  2. EUA não querem ficar por muito tempo no Afeganistão.

    Os Estados Unidos não querem continuar no Afeganistão por muito mais tempo, afirmou neste domingo a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em entrevista ao canal ABC.

    “Continuar no Afeganistão não nos interessa. Não temos interesse lá a longo prazo”, declarou a chefe da diplomacia americana, enquanto o presidente Barack Obama prepara a estratégia para o país, que pode incluir o envio de dezenas de milhares de tropas extras.

    Hillary Clinton garantiu que o presidente Karzaï e seu governo podem fazer mais para dirigir o país.

    “Passamos a mensagem. Agora que a eleição terminou, queremos ver provas tangíveis de que o governo responde às necessidades dos afegãos”, insistiu.

    Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2009/11/15/mundo,i=154842/HILLARY+CLINTON+EUA+NAO+QUEREM+FICAR+POR+MUITO+TEMPO+NO+AFEGANISTAO.shtml

Comentários não permitidos.