Apoio do Reino Unido reforça a oferta

É esperado que, no final de novembro, o Brasil faça o anúncio oficial sobre a negociação inicial de 36 caças para o programa FX-2, após uma avaliação que incluiu os caças Boeing F/A-18E/F Super Hornet, o Dassault Rafale e o Saab Gripen NG.

De acordo com fontes da indústria, a seleção da plataforma deverá ser confirmada pelo Conselho Nacional de Defesa do Brasil – presidido por Luiz Ignacio Lula da Silva – após a entrega de um relatório com 26.000 páginas, compilado pela Aeronáutica, sob a supervisão de seu comandante, o Brigadeiro Juniti Saito.

Com a proximidade da decisão final, a Saab montou uma operação final, com o objetivo de promover o Gripen NG que, segundo a empresa, é o candidato preferido da FAB e da Embraer, a futura parceira da empresa vencedora na fabricação da aeronave selecionada.

Ultimamente, os esforços envidados pela empresa sueca ganharam também o apoio do governo do Reino Unido, que lançou todo o seu peso em respaldo ao Gripen, após a escolha, para o modelo NG, do radar AESA (active electronically scanned array) Vixen 1000E/ES05 Raven, fabricado pela Selex Sensors & Airborne Systems.

Segundo o órgão de Comércio & Investimentos do Reino Unido, o conteúdo britânico do Gripen NG, no momento, é igual a 20% de seu valor, sobretudo em função da seleção feita pelo radar, sendo que outras possíveis integrações poderiam aumentar esta taxa para 25%.

Tudo indicava que o resultado da disputa pelo contrato do FX-2 já havia sido determinado, em 7 de setembro, quando o Presidente Lula e seu colega francês, Nicolas Sarkozy, participaram juntos de uma coletiva de imprensa, quando foi manifestada a preferência pelo Rafale.

Rapidamente, o Ministro da Defesa do Brasil se distanciou desta declaração e convidou as três empresas participantes para uma segunda rodada de melhores propostas.

De acordo com uma fonte do setor, a Saab teme que razões políticas dêem a vitória ao Rafale, no Brasil, com uma escolha que fortaleça ainda mais a relação estratégica do País com a França.

O governo do Presidente Lula já firmou acordos, no valor aproximado de US$ 12 bilhões, para adquirir equipamentos dos franceses, incluindo os helicópteros Eurocopter EC725 e submarinos.

A Saab promove os menores custos de aquisição e operacionais do Gripen NG, em comparação com seus rivais bimotores, além de fazer promessas significativas de natureza industrial e técnica.

“Nossa única intenção é compratilhar nossa tecnologia”, diz um executivo da empresa, acrescentando ainda: “podemos fazer uma diferença considerável para a sua indústria”.

A oferta final da Suécia vem acompanhado de um pacote de contrapartida, avaliado em 175% do valor do contrato do programa FX-2, incluindo também atividades conjuntas de desenvolvimento do Gripen NG. A intenção da Saab é viabilizar, para 2014, a produção dos primeiros exemplares, saindo simultaneamente das linhas de produção, montadas no Brasil e na Suécia.

Sua oferta incluiria ainda a possibilidade da Embraer de liderar futuras campanhas de exportação, na América Latina. A Saab já identificou possíveis oportunidades de vendas na Argentina, Colômbia, Equador, México e Peru.

Fonte: Defesa@Net

2 Comentários

  1. Sou cada vez mais pelo Grippen. Ignorantemente achava que o fato de ser monomotor era, como defende a Dessault, um handcap para a aeronave. Mas aparentemente não o é: o f35 também é monomotor, e substituiu o f22 devido à enorme diferença de custo, em parte certamente devido a ter apenas uma turbina. Ainda, a grande vantagem do Rafale, que supostamente era 100% francês, afinal não é totalmente verdadeira. Há componentes americanos, sobre a venda dos quais os EUA tem sim poder de veto.

  2. Esses componente são mínimos, diferentemente do gripen ,pelo q se sabe extra oficialmente, o refale virá com o mínimo de componentes ianks; já p dar-nos maior flexilídade de fabricação aqui, em terras BRAQSILIS…mt bom, eles nos empurraram p fora de sua orbita, por estúpidez e burrice, mt obrigado.

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