O governo brasileiro negociou um empréstimo internacional no valor de 320 milhões para equipar a Polícia Federal. A conclusão da operação só depende da aprovação do Senado, disse ontem o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa.
Segundo Corrêa, o financiamento é bancado pelos governos e instituições financeiras da França e da Alemanha e será utilizado principalmente nas áreas de perícia, inteligência e imigração.
“O empréstimo será para aplicação em cinco anos no reequipamento da Polícia Federal”, disse.
Um acordo semelhante foi assinado em 1998 e resultou, desde 2000, na aplicação de cerca de US$ 425 milhões, em valores da época.
Corrêa afirmou que no empréstimo anterior “havia um forte compromisso de compra de produtos alemães e franceses, mas no atual é mínimo o compromisso de compra”.
O diretor-geral disse ainda que, “no ritmo que estamos, o investimento feito há dez anos começaria a sucatear”.
No final do congresso da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), em Fortaleza, a entidade divulgou manifesto dizendo que “é preciso mudar a cultura jurídica de tolerância com o crime do colarinho branco”.
A associação atacou também o excesso de recursos judiciais previstos no sistema judicial brasileiro e a atuação do Ministério Público nas investigações criminais.
(FLÁVIO FERREIRA e ANDREA MICHAEL).