Polônia Receberá SM-3

Após o anuncio há um mês de que o projecto de instalação de mísseis «GBI» pertencentes ao programa norte-americano de defesa anti-míssil, após uma visita do vice-presidente norte-americano à Polónia, as autoridades daquele país europeu revelaram que estão muito interessadas na nova visão sobre o sistema de defesa contra mísseis balísticos.

Os novos planos de defesa, prevêem a instalação de mísseis do tipo SM-3 na mesma base de Redzikowo no norte da Polónia onde inicialmente se deveriam instalar os enormes mísseis GBI, cuja instalação se previa até 2015.

Na verdade, tanto o suspenso GBI quanto o míssil SM-3 têm uma função idêntica e fazem parte da camada intermédia de defesa.
Segundo esse principio um sistema de defesa anti-míssil é constituído por três camadas:

Uma primeira camada defensiva em que se pretende destruir os mísseis logo após o seu lançamento
Uma segunda camada defensiva em que se procura destruir os mísseis durante o trajecto.
Uma terceira e última camada defensiva em que se pretendem destruir os mísseis que tiverem conseguido escapar às duas anteriores, e que tentará destruir os mísseis na sua fase final de voo.

O SM-3, tem por isso aproximadamente a mesma função que o suspenso GBI[1] e a principal diferença está relacionada com o facto de o SM-3 ser um míssil derivado de um sistema naval, além de ter um alcance inferior.

É por causa deste alcance inferior, que a vizinha Rússia terá menos razões para se preocupar, pois o SM-3, em principio não poderá servir para interceptar os seus próprios mísseis balísticos.

A Polónia, como vários outros países da Europa de leste, olham os Estados Unidos como uma garantia de segurança contra as pressões e chantagem do governo russo sobre os seus respectivos países.

A dependência dos países da Europa Ocidental, especialmente da Alemanha, orquestrada em conjunto por Vladimir Putin e pelo antigo chanceler alemão Gerard Schroeder, transformou a Alemanha num satélite da Rússia em termos energéticos, retirando qualquer relevância àquele país do ponto de vista geoestratégico.

Países como a Polónia, Roménia, República Checa ou Ucrânia, esperam que caso a Rússia se torne mais agressiva, uma aliança com os Estados Unidos seja a melhor garantia de segurança, embora mesmo essa seja em muitos casos duvidosa.

Fonte: AreaMilitar

2 Comentários

  1. [ ” O SM-3, tem por isso aproximadamente a mesma função que o suspenso GBI[1] e a principal diferença está relacionada com o fato de o SM-3 ser um míssil derivado de um sistema naval, além de ter um alcance inferior.

    É por causa deste alcance inferior, que a vizinha Rússia terá menos razões para se preocupar, pois o SM-3, em principio não poderá servir para interceptar os seus próprios mísseis balísticos. ” ]

    Quem pode fazer tal afirmação?

    O míssil SM-3, é um derivado do SM-2 e é um componente naval do sistema norte-americano de defesa anti-míssil.

    O sistema no seu conjunto evoluiu no sentido de dispor de várias plataformas (distintos tipos de mísseis e sensores) que podem ser utilizadas em conjunto, com o objetivo de destruir as ameaças nucleares de eventuais inimigos.

    O míssil SM-3 deriva do míssil SM-2 Block IV de longo alcance, ele pode ser considerado uma evolução do SM-2, pois utiliza o mesmo sistema propulsor do SM-2 Block IV.

    No entanto, ao contrário do SM-2 Block IV, este míssil tem como objetivo interceptar alvos a grande altitude podendo até atingir alvos fora da atmosfera.

    Um terceiro estágio propulsor, dispara quando o míssil atinge grande altitude.

    Ele é extremamente preciso, consegue distinguir o alvo pela sua forma, e impacta diretamente a hiper velocidade, destruindo o alvo.

    Orientado pelo sistema AEGIS é capaz de “seguir” mais de cem alvos aéreos de forma simultânea.

    Este é considerado o primeiro passo dentro de um sistema global de defesa anti-missil, que tanto o Governo dos EUA desejam implantar para melhorar a sua segurança contra a cada vez maior proliferação de misseis balisticos e inclusive de cruzeiro.

    É óbvio que não é fácil abater um satélite em órbita, embora seja mais fácil abater um satélite do que um míssil balístico.

    Contudo, foi feito com esta criança.

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