GPS para foguetes de sondagem

UFRN desenvolve GPS exclusivo para foguetes
21/10/2009
Uma parceria entre o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) poderá garantir melhor desempenho nos lançamentos de foguetes. O receptor de GPS, projetado pelo professor Francisco Mota, do Departamento de Engenharia da Computação e Automação da UFRN, substitui as plataformas inerciais, que têm a função de informar a posição e a velocidade dos foguetes.
Patrocinado em 2004 pelo programa Uniespaço, da Agência Espacial Brasileira (AEB), este GPS – específico para artefatos espaciais – leva vantagem pelo baixo custo e pela alta precisão. “O uso do GPS é uma tendência mundial e por restrições de outros países não tínhamos acesso a essa tecnologia”, comenta Mota. O GPS da UFRN custa apenas 10% do valor de um equipamento, caso fosse comprado no exterior.
O professor estuda a possibilidade de incorporar este novo sistema nos futuros lançamentos dos foguetes de treinamento – o segundo lançamento está previsto para hoje (21) às 17 horas no CLBI. “Os FTBs são mais freqüentes, com condições mais dinâmicas e severas, e o GPS seria um componente perfeito”, diz o professor da UFRN.
O primeiro protótipo do GPS foi embarcado, em dezembro de 2007, no VS-30 durante a operação Angicos. Além da possibilidade do dispositivo ser utilizados nos FTBs, o GPS, com software nacional, deve ser embarcado no lançamento do VSB 30.
Na tarde de ontem, o primeiro FTB foi lançado, com sucesso, da plataforma do CLBI. O foguete atingiu o seu apogeu com 32 quilômetros de altitude, a uma velocidade de 4.200 km/h (quatro vezes a velocidade do som), caindo a 16 km da costa.
Conforme o chefe da Divisão de Operações, tenente coronel aviador Ricardo Rangel, a operação também visa certificar foguetes instrumentados para o aprimoramento, além da manutenção da capacidade operacional do Centro e do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Nesta quarta-feira (21), às 17 horas, está previsto o lançamento do segundo do FTB, fabricado pela empresa brasileira Avibras.
A operação Fogtrein 2, além dos efetivos do CLBI e do CLA, conta ainda com a participação da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE).

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