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  1. Analistas como John Mearsheimer da Universidade de Chicago proclamaram abertamente que a China não pode crescer pacificamente e previram que “é provável que os Estados Unidos e a China se envolvam numa competição intensa pela segurança com um considerável potencial de guerra”.

    Os otimistas realçam que a China se empenhou em políticas de boa vizinhança desde a década de 90, resolveu disputas de fronteiras, desempenhou um maior papel nas instituições internacionais e reconheceu os benefícios do uso do ‘soft power’.

    Mas os cépticos respondem que a China está apenas à espera que a sua economia proporcione as bases para a futura hegemonia.

    Quem tem razão?

    Não saberemos durante algum tempo mas, as partes em desacordo devem recordar o aviso de — Tucídides — há mais de dois milénios de que a crença de que o conflito é inevitável pode tornar-se uma das suas principais causas.

    Ambos os lados, ao acreditarem que acabarão em guerra um com o outro, põem em curso preparações militares de vulto que são lidas pelo outro lado como a confirmação dos seus piores receios.

    De fato, o “crescimento da China” é uma denominação errada.

    “Re-emergência” seria mais correto, uma vez que pelo seu tamanho e história o Reino do Meio é desde há muito, uma grande potência na Ásia Oriental.

    Técnica e economicamente, a China foi o líder mundial (apesar de não ter alcance global) entre 500 e 1500. Apenas na segunda metade do último milénio foi ultrapassada pela Europa e pela América.

    A China tem ainda um longo percurso pela frente e enfrenta muitos obstáculos.

    A China está muito longe de colocar o tipo de desafio à preponderância americana que a Alemanha do Kaiser colocou quando ultrapassou a Grã-Bretanha nos dias que antecederam a I Guerra Mundial.

    Além disso, a economia chinesa é penalizada por empresas estatais ineficazes, um sistema financeiro instável e infra-estruturas inadequadas.

    Enquanto a economia chinesa estiver em crescimento é provável que o seu poder militar aumente, fazendo assim com que a China pareça mais perigosa aos olhos dos seus vizinhos e com que os compromissos da América na Ásia se tornem mais complicados.

    Seja qual for a precisão de tais previsões do crescimento militar chinês, o resultado dependerá também daquilo que os EUA e outros países fizerem.

    A incapacidade da China de competir com os EUA numa base global não significa que não possa desafiar os EUA na Ásia Oriental ou que a guerra pela soberania de Taiwan seja impossível.

    Não há necessidade de os EUA e a China entrarem em guerra em um ponto futuro.

    Se o crescimento da China continuar pacífico, promete trazer grandes benefícios para o seu próprio povo e para os seus vizinhos – e para os americanos.

    Mas, recordando o conselho de Tucídides, será importante não confundir as teorias dos analistas com a realidade e continuar a fazer notar isso mesmo aos líderes políticos e ao público em geral.

  2. A China sem dúvidas é a potencia do século XXI, o contra ponto será a India, e isso só será possível se a politica de “um” filho continuar, se cair ,a china vai dominar td a asia ;pelo número cresecente da população ; alvos: Formosa ,por direito., Siberia , por ser vazia. .O dragão está alçando voos…

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