Navantia e DCNS são convidados para concorrência na Rússia

O comandante da Marinha Russa, almirante Vladimir Visotski, anunciou que os estaleiros Navantia, da Espanha, e DCNS, da França, foram convidados para fazer parte da concorrência que prevê o fornecimento de navios porta-helicópteros para a Rússia.

Segundo o comandante, vários países como França, Holanda e Espanha possuem o know how necessário e poderiam participar da concorrência, desde que estejam dispostos a transferir tecnologia. Visotski descartou os Estados Unidos por razões óbvias, uma vez que o governo de Washington é muito sensível a respeito de transferência de tecnologia a outros países.

Caso a participação da Navantia no processo de seleção seja confirmada, o grupo espanhol deverá propor aos russos os LHD (Landing Helicopter Docks), uma embarcação de 27 mil toneladas que tem 230 metros de comprimento e é capaz de transportar 1.200 militares em operações de desembarque anfíbio ou de assalto com a utilização de helicópteros.

O Ministério da Defesa francês confirmou o interesse em participar da licitação no início de setembro, informando que vai ofertar o porta-helicópteros da classe Mistral, construído pela DCNS.

Fonte: Tecnodefesa

3 Comentários

  1. Ivan tem pressa em ter novos porta aviões, deve ser em face ao crescimento da marinha chinesa em querer o mesmo e projetar seu poder.Os Rússos então estão acelerendo para se manterem no cenário mundial e se pojetando emantendo-se como interlocutor importante;+ p isso tem de demonstar sempre o seu poder militar.Daí a pressa …e fazer bem feito, evitando os erros do passado.Eu acredito em uns cinco NAEs ,até atômicos..o dragão está vindo aí…tem de se aprontarem p os trancos e empurrões .A siberia está na mira dos sinos ,e formosa;ñ necessariamente nesta ordem, + pode ser td ao mesmo tempo.Quem viver verá.

  2. O conceito de assalto helitransportado começou a ser testado pelos Estados Unidos logo em 1948 e o porta-helicópteros de assalto pareceu ser uma boa opção.

    Mas o conceito, acabou por não ser um sucesso, ele ficou restringido ao desembarque de forças ligeiras e fracamente protegidas, tornando o conceito inviável.

    Mas, o forte componente do porta-helicópteros de assalto, com a forte capacidade de desembarque de veículos anfíbio do tipo LPD/LSD acaba por levar ao desenvolvimento dos navios de assalto anfíbio.

    Neste tipo de navio, junta-se a capacidade de vários navios diferentes, podendo somar as vantagens de todos eles.

    Nos finais dos anos de 1990 e já no século XXI, a incorporação nas marinhas europeias deste tipo de navio passou a ser considerada com mais seriedade, mesmo considerando que as suas dimensões são maiores.

    O navio de projecção estratégica da Espanha, é também um LHD, mas terá capacidade e provisão para operar aeronaves de asa fixa em caso de necessidade e seis helicópteros simultaneamente.
    A sua dimensão, 230m, transforma-o no maior LHD europeu.

    Mas o desenvolvimento e aceitação deste conceito de navio, não é apenas olhado como o futuro por algumas marinhas europeias, pois na Ásia, tanto o Japão como a Coreia do sul já lançaram os seus navios logísticos, incluindo o especial cuidado de os dotar com grande capacidade para a utilização de helicópteros, o que implica a utilização de um convés corrido.

    Na Coreia do Sul, embora classificado como LPD, foi entregue à marinha o Dokdo, que é caracterizado pela existência de uma coberta por todo o seu comprimento. O navio tem um deslocamento máximo de 19000 toneladas.
    O Dokdo, caracteriza-se ainda pela sua maior capacidade autónoma de defesa.

    Os LHA são porta-helicóptero para transporte e desembarque de 1.800 tropas com as aeronaves orgânicas e combinam as principais características do navio de carga de assalto, navio de transporte de helicópteros e o transporte anfíbio em um só casco.

    Essas características incluem uma cobertura de aterrissagem em toda extensão, um depósito dique para toda extensão, uma grande superfície de depósito de caminhões e veículos blindados e para alojamento de um batalhão reforçado.

    Também possuem um Sistema de Guerra Anfibia Integrado de apoio computadorizado para o controle dos helicópteros, aeronaves, armas a bordo dos navios, sensores, de navegação, embarcações de desembarque e guerra eletrônica.

    O estado de arte em termos de navio de assalto é o LPD-17 americano.

    Posso estar enganado mas estes navios irão dominar o cenário das batalhas no futuro.

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