Por: Luíz Pinelli
O Velho Patriota
A compra de aviões da caça para a FAB é assunto altamente especializado, e, de política correlata deve haver apenas o necessário e o suficiente para garantir, imediatamente, a sua aquisição para o pronto emprego nas funções que lhe competem, que é a segurança territorial.
As negociações, aqui no Brasil, se prolongam por um tempo exagerado, visto a crônica indisponibilidade de recursos financeiros e orçamentários, por motivos, já amplamente, comentados. Uma tragédia nacional anunciada com data marcada.Agora um governo dizer que vai “decidir quando quiser”, porque é competência exclusiva do Sr. Presidente, parece outra brincadeira de mau gosto.
Mesmo a condição de Presidente da República do Brasil não lhe assegura a posse de todos os tipos de conhecimentos que envolvem uma Nação, e, deve ser para isso que, ele tem dezenas de ministros e secretários. Ainda mais quando o assunto é de alta especialização, e exige o fornecimento de informações técnicas e estratégicas necessárias à compreensão da matéria e a tomada de decisão.
Entendemos que no governo a decisão final de um assunto possa ser política de uma única pessoa, mas, a natureza estratégica da questão devem envolver escolhas e decisões parciais de especialistas dos órgãos que receberão os equipamentos bélicos. Riscos de uma escolha errada e uma decisão precipitada são grandes, todavia, não podemos admitir a afirmação presidencial que citou o seguinte: “ temos muito tempo e eu decido quando eu quiser”.
O Brasil não é um grande sindicato ( Sindicato dos Ladrões, talvez ), e não tem um único dono, mas, 190 milhões de donos; o povo, a nação e a sociedade brasileiras são os seus verdadeiros proprietários, a qual todos os políticos devem explicações. Entretanto, esqueceram de avisar isso para estes políticos incapazes e para esta sociedade ignorante, que não tem iniciativa de cobrar dos governos e dos políticos, “respeito e responsabilidade já.”
Se “ decidir quando eu quiser” for para valer, é muito melhor apanhar todo o Plano Estratégico de Defesa Militar do Brasil, que já foi assinado pelo próprio governo, e, atirá-lo na lata do lixo bem grande, onde deverá caber toda decepção e frustração dos brasileiros dignos. Com segurança e soberania nacionais de uma Nação, não podemos perder tempo e nem vacilar.
Parecer que estamos tratando com um conjunto governamental que não tem nada de sério, se a palavra de um homem costuma na vida ter valor, imaginemos nós, de um governante, terá muito mais, pois, representam 190 milhões de cidadãos de um País. Então, como uma Nação pode combinar com o Presidente da França a assinatura de um contrato de compra de caças Rafale para a FAB, envolvendo este compromisso, além, da inclusão da transferência irrestrita de tecnologia correspondente para a fabricação destes caças, a produção de helicópteros e submarinos.
Na verdade, nas análises iniciais estão (ou estavam ) envolvidos os caças F-18 da Boeing e da Sueca Saab. A decisão do governo da França em transferir a tecnologia, de maneira irrestrita, motivou os concorrentes para apresentarem propostas, aparentemente, mais vantajosas para o Brasil, como o caso da Boeing. Mas parece que evidências bem claras e definidas, de forma a não deixar quaisquer dúvidas, de fato e direito não existem.
O EEUU só entraram no assunto para causar a maior confusão possível no meio do Ministério da Defesa. Num passado recente do Bush ( o Hitler da modernidade ) as atitudes do seu governo, o desacreditaram, vergonhosamente, por tudo de estúpido que fez no Iraque, e, em termos da incompetência de sua política internacional criminosa, realmente, não permite que se acredite nas palavras oficiais do EEUU. Além do que a legislação norte americana só permite a “ transferência limitada” de tecnologia militar, acrescente-se, ao assunto sob análise, a nota informativa da embaixada americana no Brasil, que o Congresso aprovou a “tecnologia necessária” na eventual venda dos caças da Boeing à FAB.
No governo do Bush ele ofereceu os caças americanos à FAB “ desarmados”. Por estas e outras aberrações do relacionamento internacional, é que a reação comercial do Brasil, deveria ser pela NEGATIVA total. Com os EEUU nada de acordos, tratados, convênios ou ajudas militares de quaisquer espécies. Sinceramente, não devia interessar ao Brasil, no caso atual dos caças F-18, as demais vantagens, supostamente, embutidas na oferta feitas pelos EEUU.
O “Grande Amigo do Norte” não é digno de confiança e respeito pelas países livres e soberanos !!! Por décadas o Brasil foi um aliado fiel dos EEUU, merecia mais respeito e consideração por parte do governo norte americano, mas acreditem, o próprio IRAQUE também foi um aliado permanente e importante dos EEUU, aliança que se formou não apenas por causa do petróleo, mas, pela aliança contra a atual Rússia, e recebeu o tratamento que todos nós sabemos.
Em relação à França, além do conjunto das ofertas que fazem parte do pacote militar ( helicópteros e submarinos ) que atendem as aspirações brasileiras, consideremos que os pilotos da FAB tem um amplo domínio técnico dos aviões franceses, e, com ajuda da França poderemos evoluir, como o Estado de Israel, para os nossos próprios modelos militares, embora o Brasil não tenha pretensões de corsário internacional, mas, deve preocupar-se com sua defesa territorial ( Terra e Mar = Amazônia azul ).
O Ministro Jobim manifesta sua opinião de que os EUA têm de explicar, em detalhes, a proposta sobre os caças F-18, porque, muito provavelmente, ele tem memória curta.
Espero que, agora, todos vocês me compreendam. Não estou fazendo nenhum tipo de propaganda política e nem religiosa, mas reconheço que o Presidente Lula tem uma certa capacidade espiritual de conduzir uma nação ou um povo, por entre uma crise sem medo, com muito otimismo e entusiasmo, se não fosse um politiqueiro seria um legítimo LÍDER nacional.
Particularmente, não gosto de “conversa sindicalista nem de “entendimento político” em assunto de soberania e segurança nacionais. Quanto ao dar “palpites” sobre segurança nacional, como disse O Sr. Lula da Silva, tenho que lhe responder, embora não sendo um especialista militar, baseio meus comentários no Orçamento Público do qual sou especialista e ( é a mola mestre para aquisições ou produções de toda espécie de armamentos e equipamentos requeridos por nossas FAs), além do mais, sou cidadão brasileiro quite com todas as minhas obrigações e deveres cívico-triibutários, com sérias preocupações no futuro do meu País. Em função disto, dou e darei, sempre minhas opiniões em aulas na Faculdade ou no meu livro didático.
OK !!Se não houver um planejamento estratégico na elaboração orçamentária que sinalize para a disponibilização de maciças reservas financeiras que permitam a aplicação do Plano Estratégico Militar, não haverá nada de Plano Militar. Conversa política pura não arma nem fortalece ninguém, e, tão pouco, não vai acionar nenhum processo estratégico de defesa militar.
Falando em palpite, fico com a opinião do Sr. Secretário da FAB, a soberania e segurança do Brasil, da Amazônia e do Pré-Sal, precisam, não, apenas, de trinta e seis (36) caças, mas de cento e cinqüenta (150) no mínimo, embora, eu não consiga entender a demora da liberação do relatório técnico da FAB sobre a melhor opção de compra dos caças, se da França, dos EUU ou da Suécia. A demora nas decisões militares são o nosso pior inimigo que confronta com a nossa soberania. A organização estratégica militar se faz com a rapidez das medidas que assegurem a segurança desejada da Nação.
Num jornal do RJ de 13/09, temos a manchete: “ Brasil não garante soberania do Pré- Sal com pacote bélico – FAs discutem vulnerabilidade do espaço marítimo do País, ou melhor, os últimos gastos militares do governo federal – incluindo um submarino nuclear e a promessa de comprar 36 caças – estão longe de garantir a soberania brasileira sobre as reservas petrolíferas do Pre´-Sal.”, pessoalmente, olhando-se o nosso cenário territorial e marítimo, entendo que deviam ser 300 aviões de caça e oito bases fortes espalhadas pelo Brasil. E vai além, continuando informar que para a gestão de 2010, o Orçamento contempla investimentos militares para o Exército de 361 milhões, para a Marinha de 2,7 milhões e para a FAB de 1,3 milhões.
Conforme este jornal, o Exército ainda lamenta que para o Orçamento de 2010 não consta a renovação da frota de blindados estimada em 5 bilhões para a fabricação de 1.000 unidades, a montagem de um sistema de defesa antiaérea, e o aumento da presença militar do EB nas fronteiras da Amazônia. Em outras palavras é, apenas, um Plano Militar Político, só existente no papel !! Dos cinqüenta helicópteros a serem construídos pela França no Brasil, somente, 16 serão entregues ao EB. –“Como ficarão as futuras escoltas aéreas para nossos blindados sobre lagartas e sob rodas ?”
Neste esquema militar do governo com a distribuição quantitativa do orçamento para a nova organização estrutural e estratégica das FAs, parece que o governo se esqueceu do chamado Exército Móvel, do Urutu III e da Fábrica Militar ENGESAER. Infelizmente, as previsões negativas estão se realizando com a ausência de um planejamento estratégico compatível com estas necessidades, os orçamentos militares não conseguem satisfazer as deficiências das FAs.
Por falar em Orçamento Público do Brasil, a proposta de 2010, enviada ao Congresso mostra 10 bilhões de despesas sem a contra-partida das receitas. Na área militar, algumas unidades do EB farão economia de despesas com alimentação da tropa(??) fazendo ½ expediente nas suas atividades. Enquanto isso na Venezuela, Chávez gastará US$ 2,2 bilhões em armas russas.
Se o governo do Brasil não mudar a sua prioridade, e através de um sólido planejamento estratégico permanente nos Orçamentos, para reorientar as nossas necessidades bélicas, continuaremos, num crescendo cada vez mais acentuado, um MERCADO CATIVO sob o julgo da potência militar do norte. Luiz – O Velho Patriota.
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Temos os mesmos problemas que tem a maioria dos paises sul americanos que não podem deixar de gastar em educaçao saude moradia para aplicar em tanques e caças . e diga de passagem que a anos voce comprava um caça novo por 35 milhoes de dolares hoje custa 110 cada e digamos que precisa de dezenas . e dois os equipamentos ficam obsoleto rapido.
Transferência de Tecnologia do F-18…
simples, faz um contrato..paga-se a metade…só se paga a outra metade se toda a TT for feita no prazo combinado…
se os EUA se recusarem ai sim deixa eles de lado…