A nova geopolítica na América do Sul e o PEAMB

O texto que apresentamos é um artigo exclusivo do Blog Poder Naval sugerido pelo nosso amigo e participante Roberto Carvalho, no qual são dispostas as perspectivas da Marinha do Brasil para os próximos 30 anos.

Chama a  atenção no entanto, o fato de que o PEAMB, Planos de Equipamento e Articulação da Marinha do Brasil considerar uma força naval numericamente superior ao que vinha divulgando aqui no Plano Brasil, o que para mim é uma surpresa agradável.

Leia  sobre o Programa de reaparelhamento da Marinha nas matérias do Plano Brasil, e compare com os números apresentados pelo Poder Naval.

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A nova geopolítica na América do Sul e o PEAMB

Texto exclusivo Poder Naval

A América do Sul passa por um momento de transição. À medida que cresce sua importância no mundo, principalmente devido às suas grandes reservas de petróleo e gás, sua imensa biodiversidade, tanto no continente, quanto nos oceanos Atlântico e Pacífico, e, principalmente, abundância de água potável, tem feito com que os interesses das “Nações Centrais” se voltem para nossa região.

Hoje, é possível perceber um movimento das “Nações Centrais” para criar áreas de influência na região. A Rússia, nos últimos anos aproximou-se da Venezuela e tenta expandir sua área de influência também para o Equador, Bolívia e Paraguai. Os Estados Unidos mantém fortes laços com a Colômbia e o Chile, e tenta uma aproximação maior com o Peru. Já há algum tempo, a China tenta uma aproximação com a Argentina e o Uruguai.

O Brasil, que tem sua própria visão para o futuro do continente, com maior independência para os países, tem procurado não entrar em nenhuma dessas áreas de influência. Dessa forma, buscou uma parceria estratégica que permitisse à Nação, se contrapor a essa nova geopolítica. Como resultado dessa visão, foi assinado o acordo com o Governo Francês.

Para manter sua autonomia e representatividade, não só na região sulamericana, como, também, no restante do mundo, o Governo Brasileiro entendeu que é necessário manter Forças Armadas bem equipadas e treinadas, com quantidade de meios suficiente para fazer valer seus interesses.

Nesse contexto, o Ministério da Defesa solicitou às Forças Armadas, a elaboração de seus respectivos Planos de Equipamento e Articulação (PEA). Cada plano deveria conter as necessidades de meios para os próximos anos e as ações de articulação com a indústria de defesa.

O PEA da Marinha do Brasil, conhecido como PEAMB, apresenta a necessidade de meios para os próximos 30 anos. Orçado em cerca de R$ 250 bilhões, é bastante ambicioso, nele a MB apresentou suas reais necessidades para fazer frente a esse novo contexto.

O PEAMB, prevê a necessidade de 2 navios-aeródromo com cerca de 40.000 toneladas; 4 LHD com cerca de 20.000 toneladas; 30 navios de escolta; 15 S-BR; 5 SN-BR; além de 62 navios de patrulha.

São números ambiciosos que objetivam acabar com o perigoso vazio de poder existente no Atlântico Sul. A MB tem consciência da necessidade de preencher ostensivamente o vácuo estratégico em nosso Teatro de Operações, pois se não o fizer, certamente alguém o fará.

Fonte: Poder Naval

1 Comentário

  1. Esses equipamento novos comprados pelo BRASIL, ñ vai alterar o equilibrio militar na AL, + vai ter mt especulações, tendo em vista que o país ñ se olhava como despreparado militarmente , e está se reequipando,+ é só isso. Sem levar perigo aos nossos vizinhos é hermanos. Somos ainda uma potencia herbivora, do bem ,sem idéias expansionista.

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