Submarinos russos navegam próximo às costas dos Estados Unidos

O diário estadunidense New York Times, citando fontes do Pentágono, informou nesta quinta-feira (06) que os militares do país estão monitorando dois submarinos de propulsão nuclear russos Projeto 971 Shchuka (Akula na classificação da OTAN) presentes em águas internacionais próximos à costa oriental dos Estados Unidos.

Segundo informações do Pentágono, esses submarinos estão manobrando próximos aos limites das águas territoriais dos Estados Unidos, fato que não acontecia desde o final da Guerra Fria.

Procurado pela imprensa, o Estado Maior Naval da Rússia não deixou claro o objetivo da presença de seus submarinos na área e declarou que apesar de estar ocorrendo com menos freqüência que em épocas anteriores, os submarinos da Marinha dos Estados Unidos se comportam da mesma maneira seguindo missões de patrulha ao longo das costas da Rússia.

Por outro lado, o porta voz russo comunicou o espanto dos militares de seu país pelo fato do Pentágono desconhecer o rumo que um desses submarinos tomou. Segundo o New York Times, um dos dois submarinos russos foi detectado ocupando uma posição 320 km ao leste do litoral estadunidense e as informações obtidas a respeito do paradeiro do segundo são conflitantes. Um representante do Pentágono informou que a embarcação dirigiu-se para Cuba enquanto outro funcionário informava que o mesmo seguiu para o norte.

Criados na era soviética, os submarinos do Projeto 971 Shchuka (Akula) são extremamente silenciosos e podem navegar em grandes profundidades, característica que dificulta operações de detecção de sua presença. Sua velocidade na superfície é de 20 nós e imerso ele pode navegar a 35 nós. Os Akula estão armados com quatro tubos para torpedos de 533 milímetros que podem lançar torpedos Tipo 53 ou o mísseis anti-navio SS-N-15 Starfish. Adicionalmente, há mais quatro tubos para torpedos de 650 milímetros para uso de torpedos Tipo 65 ou mísseis anti-navio SS-N-16 Stallion. Os Akula melhorados receberam mais seis tubos montados externamente.

Fonte: tecnologia&Defesa