A decisão sobre a escolha do novo caça de alta tecnologia destinado a reequipar os esquadrões de elite da Força Aérea Brasileira (FAB), um negócio estimado em 2,2 bilhões, será anunciada na segunda quinzena de agosto. A encomenda prevê o fornecimento de 36 aviões. O processo de seleção, conhecido como F-X2, chegou ao fim envolvendo três supersônicos, o americano F-18 E/F, o francês Rafale C e o sueco Gripen NG. De acordo com fontes da Aeronáutica, cada um deles, conforme suas características, é capaz de cumprir a missão pretendida. Segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, “a escolha se dará por meio de critérios sofisticados, como seja a transferência irrestrita de conhecimento sensível”.
O Comando da Aeronáutica já concluiu a análise técnica. O formato da divulgação ainda está sendo ajustado entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve convocar o Conselho Nacional de Defesa, formado pelos presidentes do Senado e da Câmara, ministros, comandantes militares e representante do Gabinete de Segurança Institucional.
A formalização, antes do dia 7 de setembro – e com distância razoável da data nacional -, é vista como protocolarmente necessária à diplomacia. O presidente da França, Nikolas Sarkozy, vai assistir, em Brasília, ao desfile comemorativo dos 187 anos da Independência. Este é o ano da França no Brasil.
A indicação do novo caça não encerra o processo. Resta à Aeronáutica escolher o sistema de armas – bombas e mísseis muito modernos para provimento de 36 aviões. O custo dessa fase da empreitada começa em 1 bilhão e pode superar a faixa de 2 bilhões, conforme as especificações das cargas de combate. Atualmente a FAB emprega mísseis brasileiros Piranha e israelenses Phyton. Está investindo cerca de R$ 100 milhões no desenvolvimento de uma arma de médio alcance, o A-Darter, em cooperação com a África do Sul.
Os grupos de superioridade aérea que serão criados a partir do advento da nova geração de caças vão exigir sistemas mais sofisticados, como o Apache, míssil de cruzeiro de várias denominações, padrão na Europa, com alcance entre 120 quilômetros e 300 quilômetros. Ou ainda bombas inteligentes de até 900 quilos com capacidade para atingir os alvos, depois de um voo planado de até 30 km, com precisão de oito metros.
O objetivo do programa F-X2 é definir uma plataforma única para as tarefas de superioridade aérea – como a conquista e a preservação do espaço – e de interdição de operações ilícitas ou de um inimigo. Na prática, significa que toda a frota de ataque da aviação militar será substituída pelo que resultar da seleção. A aeronave vai substituir os Mirage 2000C/B (a desativação começa em 2015), os F-5EM (entram em desmobilização ao longo de 2021) e bombardeiros leves AMX (por volta de 2023). No total, a projeção envolve entre 120 e 150 novos aviões produzidos até 2025.
O Comando da Aeronáutica está mantendo a transferência de tecnologia como um dos focos do programa, “de forma a capacitar o parque industrial nacional e também permitir um nível de participação efetiva em futuros avanços durante o ciclo de vida do equipamento escolhido”, afirmou o brigadeiro Juniti Saito, comandante da Força. O projeto de construção de um caça próprio de 5ª geração faz parte de um planejamento de longo prazo.
Fonte: por Defesa Brasil- texto original ( O Estado de São Paulo)
Espero o fim desta novela, + td pelas nossas combalidas FAs ;q venham logo esses caças.
Bom, que se defina o que melhor proveito trouxer para nossas Forças