Chegou ontem a Suape o gigante que vai agilizar a construção dos navios no Estaleiro Atlântico Sul. O navio Saga Morus, com bandeira de Hong Kong, atracou às 10h no cais de acabamento do EAS, trazendo a bordo o equipamento fabricado pela WIA. O descarregamento das 170 partes do superguindaste vai demandar sete dias, e serão necessários mais quatro meses para sua montagem. Em funcionamento, o Goliath terá 100 metros de altura (o equivalente a um prédio de 30 andares), vão (distância entre as “pernas”) de 164 metros e capacidade para içar 1,5 mil toneladas.
O EAS encomendou dois Goiliaths à WIA ao preço de US$ 68 milhões. O que chegou ontem começará a operar em novembro, no dique seco do estaleiro. Já o segundo chegará no final de outubro e entrará em operação em março de 2010. Os guindastes estão entre os maiores do mundo e possuem a mesma capacidade dos que estão instalados nos estaleiros mais modernos da Ásia. Em Suape, eles poderão operar conjuntamente, de forma sincronizada, com dois operadores cada.
“Esses superguindastes vão reduzir bastante o tempo de construção dos navios no dique seco. A montagem de um Suezmax, que duraria entre seis e sete meses, será feita entre 2,5 e 3 meses a partir de megablocos”, explica o presidente do EAS, Angelo Bellelis. A montagem tradicional de um Suezmax, que tem 274 metros de comprimento, seria feita com 92 blocos. Com os superguindastes, serão apenas 12 megablocos.
O EAS possui em carteira dez petroleiros do tipo Suezmax e cinco Aframax encomendados pela Transpetro, subsidiária da Petrobras na área de transporte, além do casco da plataforma P-55. O primeiro Suezmax deverá singrar os mares em abril de 2010. Em agosto deverá acontecer o batimento de quilha, quando os primeiro blocos de aço são levados para o dique seco para serem montados. Neste mesmo mês, chegará ao cais de acabamento a porta-batel, que faz o fechamento do dique, que tem 400 metros de comprimento, 74 de largura e 12 de profundidade.
O estaleirorepresenta um investimento de R$ 1,4 bilhão. Atualmente, 6,5 mil pessoas participam da construção civil do empreendimento, que termina em dezembro deste ano. No momento, 70% da obra foram concluídos. Outros 2,5 mil trabalhadores atuam na operação, pois as duas coisas correm em paralelo, número que deverá chegar a 3 mil até o final do ano. De acordo com Bellelis, já foram cortadas 14 mil toneladas de chapas de aço. “Elas já foram jateadas e pintadas. Entram agora no processo de soldagem e submontagem”, explica o executivo.
Promef 2
Além das embarações já contratadas, o EAS aguarda o resultado das negociações da segunda fase do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) da Transpetro. O estaleiro pernambucano disputa a construção de mais sete navios – mais quatro Seuezmax e outros três Aframax.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, comemorou a chegada do Goliath. “É mais uma etapa que vai sendo vencida. Significa que o estaleiro segue dentro do cronograma e que Pernambuco a cada dia ganha mais importância na área naval”, observou. Nesta segunda-feira, Bezerra Coelho lança no Empresarial JCPM o Suape Business, evento que deverá ser realizado entre outubro e novembro, reunindo players importantes nas áreas de petróleo, gás, naval e offshore.
Navios da Marinha
Outra oportunidade que poderá surgir para Pernambuco na área naval são embarcações que deverão ser licitadas pela Marinha brasileira. Especula-se que, em dez anos, serão licitadas 32 fragatas, sendo oito numa primeira fase, além de 50 navios-patrulha. Se o negócio não interessar ao EAS, poderá interessar ao segundo estaleiro que vem sendo negociado para Suape, fruto de uma parceria entre a Galvão Engenharia e a Alusa.
“Essas encomendas vão gerar mais negócios e mais empregos, delineando uma indústria militar importante no Brasil. Queremos fazer parte disso”, defende o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho. Os poucos estaleiros que atendem a esse tipo de encomenda estão concentrados em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. “A hora agora é de definir a tecnologia, dominada hoje pelos franceses, alemães e espanhóis”, completa o secretário.
O protocolo de intenções para construção do segundo estaleiro foi assinado no final de abril em Houston, nos Estados Unidos. Para tanto, o governo do estado reservou uma área de 75 hectares na Ilha de Tatuoca (mesmo local do Atlântico Sul). O investimento poderá chegar a US$ 350 milhões. As coreanas Komac e Samgdong ficarão responsáveis pelo projeto e gerenciamento da construção. Já a holandesa SBM Off Shore NV comparece com seu “know-how” na fabricação de sondas – e aqui o interesse é na licitação de 28 plataformas pela Petrobras. As obras devem começar no início de 2010.
temos de buscar tecnológia q nos leva a ser melhor entre os melhores..é esse o caminho.
Bom trabalhei na construção do Goliath, sabe é muito bom fazer parte dessa historia!
OBS: trabalhar com os Coreanos foi uma Esperincia muito Interessante fiz muito amigos.
olá gostaria de umas informação sobre a questão de emprego na aria de contruções de navio,sou saldador e gostaria de ser informado de como andas as oportunidades de emprego de trabalho nos setores de montegens e fabricação de navios.grato.
GOSTARIA DE SABER INFORMAÇÃO DE COMO MANDAR CURRICULO PARA O ESTALEIRO QUE ESTA CONSTRUINDO ESTES NAVIOS
GOSTARIA DE SABER COMO ENVIAR CURRICULO PARA ESTEM ALEIRO A ODE ESTA CONSTRUINDO NAVIOS POREM TENHO CURSO DE SOLDA PELO SENAI E SUPERIOR EM ANDAMENTO LOGISTICA. GRATO!!!