O novo governo de Honduras rejeitou pedidos internacionais para reconduzir ao poder o presidente deposto Manuel Zelaya.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) deu prazo até o fim de semana para que as autoridades hondurenhas dessem passos nesse sentido, dizendo que, caso contrário, o país poderá ser suspenso da entidade.
Zelaya, que está no Panamá para a posse do presidente Ricardo Martinelli, adiou o seu plano de voltar ao país nesta quinta-feira e disse: “Eu vou respeitar aquelas 72 horas que a OEA pediu.”
O toque de recolher imposto em Honduras tornou-se ainda mais rigoroso, permitindo a detenção de indivíduos por 24 horas sem acusação, em meio à continuação de protestos pró e contra a reinstauração de Zelaya.
O Exército depôs Zelaya no domingo por causa dos planos do então presidente de realizar uma reforma constitucional. Opositores dizem que a medida tinha o objetivo de prolongar a permanência dele no cargo.
Roberto Micheletti, presidente do Congresso empossado como presidente interino do país, reagiu ao ultimato da OEA dizendo: “Nós não podemos negociar nada.”
“Nós não podemos chegar a um acordo porque há uma ordem para a captura do ex-presidente Zelaya por crimes que ele cometeu quando era uma autoridade.”
Micheletti voltou a negar que a deposição de Zelaya tivesse sido um golpe de Estado.
“O Congresso todo tomou uma decisão e decidiu substituí-lo, e é por isso que é chamado ‘sucessão constitucional’ e eles me escolheram para substituir Zelaya”, afirmou.
A expulsão do presidente vem sendo amplamente condenada por líderes que vão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aos aliados regionais de Zelaya, inclusive o presidente venezuelano Hugo Chávez.
Os Estados Unidos suspenderam a cooperação militar com Honduras e disseram que vão decidir na próxima semana se vão suspender a ajuda ao país.
O Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento suspenderam novos empréstimos para Honduras e alguns países europeus chamaram seus embaixadores em Tegucigalpa de volta.
O diretor da OEA, José Miguel Insulza, condenou o que qualificou como “um golpe no velho estilo”, depois de uma reunião de emergência do agrupamento regional na terça-feira.
“Nós precisamos demonstrar claramente que golpes militares não são aceitáveis”, afirmou.
Nota do Blog
A OEA já deu seu ultimato, os governos do Brasil e dos EUA já condenaram o suposto golpe, os demais membros da OEA também se manifestaram contra a ação.
Está na hora do atual governo de Honduras considerado ilegal pelos demais membros parar e refletir, vale a pena levar esta confusão adiante.
Apenas lembro aos leitores que a OEA é o organismo máximo dos estados Americanos, se o atual governo Hondurenho não acatar as decisões dos demais membros, sanções e até mesmo ações desproporcionais poderão ser postas em prática, quem perderá será o povo Hondurenho, o mesmo que elegeu o outro e não este presidente de forma democrática e legal.
a jurisprudência assumida pela elite Hondurenha jogou para o lixo todas as argumentações e suposições de violações constitucionais atribuidas ao presidente Zelaya. perdendo toda a sua razão para criticá-lo ou mesmo condená-lo se fossem comprovadas as violações supostamente a ele atribuidas.
A mensagem é clara, com o ou sem razão as nações Americanas não aceitarão absolutismos e autoritarismos novamente no continente americano e que isto sirva de lição para todos os projetos de ditadores que permeiam o continente, estamos no século XXI e a América como todo aflora em bloco para o futuro, não para o passado…
pense bem senador Micheletti…
E.M.Pinto
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